Fui
Me perdi em seu olhar
me perdi tentando me encontrar
a sabedoria dos Deuses fui buscar
e nos ensinamentos
vou guardar
no coração que é o seu lugar
da esperança transformar
um mundo novo vou criar
mas não me iludi em acreditar
que o amor á de chegar!!!
Fui convidada há participar de um amigo secreto, sabe quando vc diz não sem tutibiar??? Foi isso que fiz, tenho trauma de amigo secreto. Sempre recebi porcarias, quando digo porcarias não estou me referindo a valores e sim quando vc nota que aquilo foi comprado sem carinho, de qualquer maneira...... independente de valores sei quando algo é comprado ou feito com o coração... não sei como posso chamar isso: sensibilidade, intuição? Só sei que simplesmente sei!
A chácara e a avó
Ontem, 09-08, dia dos pais, fui à chacará em Pirituba. Nem de longe se parece com aquela chácara daqueles bons tempos de infância. Tá certo, as coisas mudam, mudam muito mais do que poderia imaginar ou desejar. Tem os seus pontos positivos e negativos. Olho ao redor, não vejo mais o verde que alegrava meus finais de semanas, não vejo aqueles babuzais dos tempos de pipas, não vejo nas a jaboticabeira com sua generosidade trasmudada em frutos. Ah, sim, aquela jaboticabeira...que às vezes debaixo dela eu ficava para descansar, ou que por vezes subia para olhar de um lance só toda a chacara. Já não existe mais. Somente na alma, em um tempo onde a traça não pode corroer. Quando cheguei, me deparei com aquela portinha de madeira, que antes era azul e que hoje está pintada de bege. Lembro-me das vezes que chegava, que a minha avó Haydée me esperava, debruçada gritando de lá de cima da casa: "Cado, que saudade de você!" Mas vi que ela não estava lá. Por um momento, parei para esperar que viesse e me recordei que me esperavas na portinha de madeira, por aquele farto café da manhã, com sabor de família, simplicidade, como se estivesse no interior. E realmente estava. O almoço, a tarde conversando, passando a limpo a intimidade em família. Me lembrei que me esperavas no hospital, na UTI para que rezassemos o pai-nosso, a ave-maria, para que horas depois, se despedisse do tempo. E por isso que penso que não basta ser parente, é preciso ser amigo, intimidade que não me mede com palavras, mas com olhares que sabem fazer a leitura de uma alma. Invoco Mario Quintana: "De que me adianta os livros, se ainda não aprendi a ler as pessoas que estão ao meu lado?" A saudade é grande, mas a gratidão também é. A segurança de ter passado na vida das pessoas e ter vivido com intensidade cada momento com elas, é o segredo que preciso aprender cada vez mais. As pessoas também. Não adianta violentar o ser depois que a morte nos ceifa alguém especial e amado. É sintoma de que não houve um aproveitamento qualitativo. O amor no qual amamos as pessoas não nos autoriza transformá-las em propriedade particular. Pelo contrário, ensina-nos que o amor passa pelo crivo da liberdade, mas que deve ser vivo nos detalhes, intensamente, entretanto, as pessoas que amamos não nos pertencem. Indo mais longe, nem a nós mesmos nos pertencemos! Tive a experiência de amar minha avó que não mais encontra-se no tempo. Mas está no meu coração e nas recordações mais lindas que me fizeram ser homem e ser pessoa. O verde pode ser plantado novamente na chácara, mas a ausência dela povoa meu coração, mas não é mais forte do que a certeza de que ela vive no pensamento de Deus!
Hoje quando fui para a crisma de Aline e de Severino eu vi que Denise teve uma quedinha por mim, ficou morrendo de ciúmes porque eu fiquei perto de Daniela.
Quero descubrir quem SOU,mas porem fui e sei que serei tudo o que eu dizer... explicar isso ainda nao sei
Sou quem quiser, a minha conviniencia, me guia,deversas veses ja fui,duas, continuamente me estranho por nunca porem consegui ser uma, a vida,por convinienca,me deu a certesa disso
Amar não é pecado.
Tremulo e com medo do pecado, eu pequei de corpo e alma, fui pecando com beijos, abraços, fui temente ao pecado, minha alma tremula saciava o meu subjetivo pecado, meu corpo tremulo de desejo não cansava de pecar.
Foi pra mim o reviver, o pecado que deveria ter cometido, foi pecado, Confesso que, pequei e peco quantas vezes houve chamamento, e não posso me arrepender desse, arrependo-me de não ter cometido-o antes, pois se amar é pecado viverei o resto da minha vida como pecador.
"Hoje enlouqueci de vez.
Comprei um frasco do teu perfume.
Quando fui dormi.
Derramei-o todo sobre mim.
Durante toda noite.
Amei-te em meus sonhos.
Estes sonhos.
Que já não me pertencem.
E ao mesmo tempo.
Me tiram da solidão
E me deixa tão feliz.
Ao ponto de não querer despertar.
Não sei o que estar acontecendo.
Se eu já era louco.
Ou foi você.
Que me enlouqueceu de vez.
Acordei sem vontade de fazer nada...
Pensem que estava doente...
Fui ao hospital...
Falei com o medico...
E ele diz...
....Que estava com saudades tuas...
A LIÇÃO DE MARNO
Aos doze anos de idade fui com minha mãe visitar o tio Marno, ao qual dedicava muita afeição.
Marno era destes, que no segundo ano primário abandonou a escola, achando que a professora só o fazia perder tempo. Ao falecer em 1988, conhecia pelo menos oito idiomas, falava quatro e era consultor de mecânica, física, música, pintura e quase todo o conhecimento humano possível para uma só cabeça captar.
Naquela visita, íamos conhecer a máquina que ele inventara, para uma indústria de velas. Ela era alimentada com os ingredientes num extremo; no meio entrava água para a refrigeração e as velas saiam prontas na outra ponta, com extrema rapidez.
Elogiei a invenção e o Marno me disse que tivera pouco tempo para fazê-la e por isto não pudera concluir a etapa de empacotamento automático. Era demais para um adolescente! Não resisti e exclamei: "Tio, queria ser como você e inventar as coisas. Como você faz?"
Em sua inesgotável paciência ele me explicou: "É fácil, você começa com uma idéia simples, como por exemplo: - De que se compõe uma vela? Após saber seus ingredientes, e como fundi-los, sua primeira reação será a de inventar uma forma, que lhe dará a modelagem da vela, com um cordão no centro como pavio. Seu passo seguinte será tentar fazer a forma resfriar, para solidificar os componentes fundidos. Se o produto final estiver bom, você certamente quererá fazer várias velas de uma só vez. Próximo passo? Idealizar uma forma que faça mais velas. Depois um processo de resfriamento mais rápido. Melhorando a idéia, você irá descobrir um processo integrado de fundir os componentes e a forma de interligar os diversos processos. Aos poucos, amadurece-se o projeto, acrescentando-lhe melhores idéias Daí se parte para as consultas aos manuais técnicos, aos cálculos e eis você com a sua máquina, talvez melhor que a minha".
Contra argumentei: "Parece fácil, mas requer muito estudo antes se tentar fazer uma coisa destas, não?"
A resposta: " O estudo é uma conseqüência da busca ao aperfeiçoamento e por isto mesmo, fácil de ser dirigido no sentido certo. O maior problema que você terá que enfrentar é o medo, que quase sempre nos impede de tentarmos achar alguma solução, para os nossos problemas.
Entendi, mas levei alguns anos, para compreender o que ele realmente me ensinara.
Na faculdade de medicina, fui obrigado a usar esta técnica, mas creio, que apenas uma parte dos professores da escola, sabiam que estavam ensinando o método científico, com suas etapas e conclusões. Faziam suas aulas intuitivamente, sem despertar nos alunos, o raciocínio mais óbvio que se podia concluir: “Ser médico é aplicar constantemente um método, o mesmo, que se aplica para encontrarmos a solução de qualquer problema, que possamos achar”.
Este óbvio “Marniano" vem nos mostrar uma porção de contradições que, se quisermos, poderemos identificar em nosso dia a dia. Na educação, por exemplo, somos levados a estudar, sem entendermos que não estamos sendo castigados e que isto é tão bom, como brincar, por exemplo.
Não tornaram o nosso objetivo claro. Ficamos boiando à deriva, até‚ que algum salva-vidas surja e nos coloque numa profissão, onde nem sempre o objetivo é claro, salutar, ou realizador.
Com medo de errarmos, sermos reprovados e marginalizados, muitas vezes sequer tentamos, para não termos que assumir nossos “fracassos”. Comemos do pasto ralo, com medo de não gostarmos de brioches.
Viramos "comportados cidadãos", exemplos da comunidade! E a nossa criatividade? A inibimos cada dia mais, para não assumirmos responsabilidades. "Hoje se compra quase tudo pronto, para que esquentarmos a cabeça?", este ‚ o nosso lema.
Em todos os ramos de negócios, esta regra não é exceção. Via de regra prefere-se comprar pronto fora, do que estimular pessoas a uma troca de idéias, para achar uma solução. O medo ronda a decisão.
Se somos capazes, por exemplo, de fazer uma máquina que fabrique duzentas velas por dia, que fantasma poderá nos assustar, se hoje quisermos fazer dois milhões? Na prática, um assusta: o medo de crescer e se tornar vulnerável.
Isto tem um nome: insegurança. Tem a ver com a falta de crescimento interno. Tem a ver com os diversos "cuidado menino, não se arrisque, não vá errar", que tanto levaram a crer no perigo sempre eminente e levou ao ser muito cauteloso. Tão cautelosos a ponto de parar e ser esmagado pelos caminhantes em avanços e recuos; estes a imensa e esmagadora maioria tentando acertar e acertam.
O Marno estava certo: "fazer é fácil; difícil ‚é crermos que somos capazes de fazê-lo".
Vejo profissionais com elevado potencial, se transformarem em "vaquinhas de presépio", a troco de salários minguados, para sentirem-se seguros. Pelo menos até‚ que seus "donos" descubram sua ineficiência para evoluir.
Conversei estes dias com um empresário, que me disse ser concordante com um pensador que lera há algum tempo e que dizia que, procurar demais confunde. Novamente o medo se torna estampado. A procura‚ o meio de se conseguir um aperfeiçoamento, nem é tentado.
Tenho certeza de que se formos capazes de entendermos que todo o conhecimento humano, só foi obtido, depois de várias tentativas de erros, veremos que errar é a forma mais comum de aprendizado.
Quem conhece esta verdade insofismável, pode se considerar muitos anos à frente, de noventa por cento da população. No mínimo!
Quem a coloca em prática, tem uma chance enorme de acertar, pois eliminou a possibilidade de errar, por estar por estar certo de que o erro não é limitante, mas oportunidade para rever e crescer.
Gratidão
É um sentimento nobre
Que alegra o meu coração
Outrora por ti
Fui recebido com toda atenção
Não me conheciam
Nunca me viram
E nem sabiam quem sou
Mas mesmo assim
Demonstraram por mim consideração
Se te dissesse que és um amigo
Ainda seria pouca esta expressão
E não existem versos que expressem
Por ti a merecida gratidão
Em um mundo capitalista
Cheio de artistas consagrados pelo sucesso
Não existe espaço para um principiante
Assim como eu
Então me conformo pela composição da nossa amizade
Pois na verdade é isto
Que me faz ser o que sou
Um poeta, um compositor
E agradeço aos amigos por isto que sou.
É o fim... O meu fim...
Voê simplesmente dizer, que não foi feliz
Dizer que fui apenas mais um
Que nada valeu
Que seu amor nunca foi meu
E que se um dia eu partir
Você nem vai chorar por mim...
Mas eu sei que não é bem assim...
Sei que você ainda pensa em mim
E também sei, que
Sua última lágrima pura
Que derramou antes de acabar comigo
Escorreu e está congelada em teu coração...
A palpitação dos seus olhos
Não negam que eles querem me encontrar.
A angustia na sua voz
Não esconde a sua necessidade de me amar.
A mão que esfria e soa ao me ver
Mostra seu anseio por me ter.
A lágrima congelada em seu coração
É a tristeza por saber que não há mais ‘Eu e Você’!
Sei que você grita por nós
Eu consigo ouvir sua dor
Talvez seja tarde de mais...
Agora, meu obsoleto amor
Não precisa mais de você
O que passou... São águas passadas.
Um rio poluído, de dor e de prazer...
A lágrima congelada em seu coração
Sujo... Obtuso!
Um dia irá aquecer, e a lágrima irá derreter
Fazendo você ver que foi o mais feliz
Fazendo você perceber que tudo valeu
Que seu grande amor fui Eu!
E que ao me ver partir, chorou por me perder...
Dessa vez, será o seu fim...
Sendo apenas mais um para mim...
Sinto falta de ter sido qualquer coisa certa, boa, que não fui. Ninguém me avisou do desvio no caminho e muito menos das descobertas feitas sobre o inevitável de cada um que surge. Nem lembro quando foi que permiti essas invasões sendo que ninguém nunca devolveu nada, nem a companhia e as palavras. Surgiu, qualquer chama, que vem e vai, me leva e traz, como se soubesse que não sei mais remar a favor ou contra. Barco parado, ao sabor dos acasos.
No anoitecer da noite me pego pensando
Como eu fui me apaixonar
No teu pensamento viajo a noite inteira
É uma das coisas que vem a me acalmar
Como no céu, as estrelas mais belas
A mais linda é como você
Menino mais lindo que vem
No meu pensamento sem eu perceber
Encontro
A casa estava vazia
Sozinha, caminhando pelo jardim
Fui ao encontro da paz
Fugi para dentro de mim
Pensamentos agitados
Como as ondas do mar
Não era eu
Não era nada
Inebriada pelo jasmim
Corri para a calçada
Não era eu
Não era nada
Retornei para a casa
A paz estava ali.