Fui
►Beijos Fantasmas
Junto a minha tia eu fui a capela, por que ela queria
Talvez fora o destino, mas de longe vi uma menina
Linda, a pele branca como as nuvens do dia
Estava distante, estava sozinha
Eu fiquei fascinado pela sua beleza
Deixei minha companhia e parti,
Ao encontro da pequena sereia
Ela me disse que morava nas redondezas
Perguntei se não tinha medo do cemitério,
Ela respondeu dizendo que era bobeira,
Muitos de seus parentes descansavam lá
Quando percebi, o tempo havia passado,
Eu acabei por ficar enfeitiçado pelo seu charme
Minha tia já estava terminando,
E por aquela garota eu estava me apaixonando
Ao término, perguntei se poderia vê-la novamente
Eu conhecia aquela rua, e em concordar, fui embora contente.
No dia seguinte, lá estava ela, no mesmo lugar
Comecei a pensar que ela talvez gostasse mesmo de rezar
Eu não iria critica-la, cada vez mais eu estava a me maravilhar
Conversávamos sobre tudo, sobre as flores, sobre o mundo
Me lembro que ela me perguntou uma vez,
Se eu sabia quantos túmulos havia depois do muro
Eu não fazia ideia, ainda disse que sentia muito.
Nossos encontros se tornaram diários
Meus professores da escola se espantavam,
Com a rapidez que eu entregava os trabalhos
Apenas para subir aquela rua de pedra,
E me encontrar com a linda donzela.
Depois de algum tempo, sobre o olhar da Lua,
Nossos lábios finalmente se encontraram
Me senti como se pudesse iluminar aquela noite escura
Eu a segurava em meus braços,
Sentia toda a sua ternura,
E tentava aquecê-la, pois era fria a sua pele
Os beijos seguintes foram leves, mas nada breves
E estavam carregados com sentimentos esbeltos
Eu queria que aquele momento fosse eterno,
Mas para sempre ele estará vivo, escrito neste caderno.
Ao nascer do dia seguinte, não a vi
A capela ainda permanecia, mas ela não estava mais ali
Eu voltei nos dias futuros,
Meu coração começará a ficar inseguro, sentia sua falta,
E eu sempre chorava quando voltava para casa
Eu sentia uma grande saudade
Ela havia criado em mim uma fragilidade.
Alguns meses depois fui, junto a minha tia, ao cemitério
Era o aniversário de minha vó
Eu estava um pouco imerso, com pensamentos no deserto
Enquanto nos retirávamos, eu notei, lá de longe,
Um senhor de idade, ajoelhado, diante de um túmulo belo
Ao nos aproximar,
Indaguei aos meus olhos se eles estavam cegos
Não aguentei e simplesmente despenquei
Aquela a quem me beijará, jaz a mais de uma década naquele túmulo
O meu amor fora ou não real? Eu ainda era puro?
O tempo me obrigou a superar
Às vezes eu acordava e me lembrava
E com ela eu sonhava, nunca consegui acreditar
Até que a velhice veio me falar,
Que meu tempo haveria de chegar.
Me apaixonei por outra pessoa,
E junto a ela, tive uma vida duradoura
Nossos filhos deram, aos filhos, os nossos nomes
Eu sempre amei minha esposa,
Mas nunca quis esquecer daquela minha juventude,
Da garota especial, de quando estávamos juntos
Nunca se foi da lembrança seu beijo, apesar de tudo
Sessenta anos se apoiaram em meus ombros
E, lá no fundo, continuei amando ela, talvez esperando,
O dia em que eu fosse encontra-la, assim como antes.
Eu voltei a ser aquele mesmo rapaz,
Quando Deus finalmente me deu a eterna paz,
Fui descansar no fim da rua de pedras
Quando abri meus olhos, eu vi ela
Permanecia a mesma, e eu perdi uns setenta anos
Éramos novamente dois jovens se abraçando.
Ela esticou sua mão para mim, e partimos
Pelas ruas caminhávamos sorrindo
Me despedi pela última vez de minha esposa e filhos,
E subi, em direção aos céus, com aquela mesma garota,
Que conheci na capela, e que hoje comigo voa.
-Fui obrigado a CRER,
Julgado ao ESCOLHER,
Traído ao CONFIAR,
Escolhido sem SABER, escultado
palavras que DOI, tive Sentir sem QUERER, com a
Dor sem reclamar.
E Ainda Estou de PÉ.
Hoje fui ao portão com olhos de manhã. Miúdos, como quem apertasse pra ver melhor. Olhando além das janelas.
Procurando Ela.
...e nessa marcação de ferro em brasa, fui me levando, me amando e aprendi a fabricar minha espada com as flores dos campos por onde passei e onde a colheita era farta e o abraço do vento, não era falso.
erotildes vittoria/
Você me prendeu como as teias de uma aranha. Mas, eu fui bobo de pensar que seria seu amor, na verdade eu não passava de sua presa.
“FELICIDADE”
Alguns dias atrais fui perguntando pelo um senhor, morador aqui da Vila Estrela, o que seria felicidade para mim, francamente não dei contar de responder aquela pergunta simples, pensei e pensei, mas, nada de vim uma resposta coerente para oferecer aquele velhinho. Eu com apenas 25 anos de idade e ele já passava dos seus 60 anos de sofrimento, dava para notar suas marcas na pele que o tempo foi responsável por marcar cada dia que ele ficou trabalhando debaixo de sol quente com muitos calos nas mãos. Eu notei também que ele demonstrava uma felicidade fervorosa amava a vida e vivia cada segundo dela como fosse último. Fizemos um acordo, que na próxima vez que ele viesse da fazenda iriamos tomar uma cerveja juntos e eu iria responder sua pergunta. Depois de alguns dias fiz uma viagem para Goiânia, eu tive a felicidade de conhecer o parque Vaca Brava, ali deitado na grama numa tarde de segunda avistei um senhor com a sua neta, e fiquei observando, notei que aquela criança abre um sorriso quando vê a folha cair na cabeça do velhinho, o velhinho sorrir por contribuir com aquele sorriso meigo da netinha. Já me disseram que a felicidade não existe, nunca estamos satisfeitos, queremos sempre algo que nunca temos, admiramos algo que nunca teremos. Esse prazer estampado nesse sorriso é muitas vezes resultado de benfeitoria em nós mesmo, nunca nos outros. Talvez a felicidade esteja nos pequenos gestos, nas pequenas atitudes que possamos fazer para agradar alguém. E toda felicidade deve ser compartilhada com as pessoas que amamos, não basta eu está feliz ser meus amigos estão tristes, para quer serve a minha felicidade ser não tenho ninguém para compartilhar. Quando o meu parceiro vim da fazenda, tenho a resposta na ponta da língua. Na minha concepção a felicidade não é apenas a ausência da tristeza, vale mais que isso.
RECOMEÇO
Por alguém eu fui ignorado,
Eu sei, não vou argumentar.
Conheço meu defeitos, meus erros e limitações.
Mesmo tendo tempo pra amar, não o fiz com perfeição.
Seu amor me conduziu,
Você investiu em mim até se amarrotar, e se cansar com meu fracasso.
Não aprendi amar, sem deixar sequelas.
A dor de amar foi maior que o desamor,
Sem custo adicional fui conduzido ao final .
A esperança de um final feliz desabou,
E logo passou.
As vezes penso se tudo que passou terá sido somente um sonho,
E se ao acordar eu tivesse a chance de recomeçar.
Com certeza faria tudo diferente.
Se houvesse tempo de reconquistar você...
Esse fim que agora vejo, seria um começo.
As armas que preciso, eu as teria, e as usaria sem medo de errar,
E nada deste mundo seria capaz de nos afastar.
Agora que estou a beira da falência, (de amor).
Sem chances para recomeço,
Olho para o horizonte vejo o sinal e fico trêmulo,
Vejo densas nuvens rubras e o começo,de um vermelho escuro de um adeus final.
Ray leite
Quem eu era ?
Não!
É quem eu sempre fui
Eu não mudei eu cresci
Meu corpo ?
Só está readequado
Aos meus gosto.
Minha fé ?
Se eu não há
Tivesse eu não
Estaria aqui
Agora.
Eu entendi. Não era por eu ser diferente, é por que eu sou inexata, sempre fui, e acho que sempre serei. É porque esperar de mim doses de mim é esperar em vão, é que eu moro nas rebeldias mas não falo aquelas línguas, é que a minha pureza é subversiva e eu gosto de protestos em vão, é que ainda que soe contraditório eu não uso batom e saltos e roupas provocantes porque gosto de ser vista, e me interesso pelos defeitos dos outros mais do que pelas qualidades, é que a minha humanidade é tola e eu nunca realmente acreditei num Deus, e onde há espera eu sempre fui inesperada, e amor nenhum nunca me roubou de mim. Eu sou inexata porque construí cercados para os meus cercados e me entreguei a homens sem nunca realmente me entregar, porque sempre questionei altruísmos e acreditei em egoísmos, porque imperfeições me comovem e tudo que passa do ponto me atrai. Eu sou inexata porque os orgasmos duram pouco e sempre me senti a passageira de um trem fora dos trilhos, é que há entre a minha garganta seca e a minha unha encravada algum poema barroco de Gregório de Matos que ironiza nossos mais relevantes aspectos sociais. Eu sou inexata porque a minha veracidade é torta.
5/365...
Apenas 5 dias que começou o ano e nada de bom aconteceu... Já fui parar no hospital, já desmaiei, tive reações alérgicas do nada, desmaiei de novo... E hoje pra ajudar descubro que você já marcou seu casamento com ela.... Esse ano não podia ter começado pior... Socorro!!!!
Eu nunca fui um garoto estiloso, eu nunca quiz seguir o padrão, eu era o nerd que usava uma jaqueta escrota e vivia com um livro na mão. Eu sempre fui um cara ingênuo, um cara sem noção, sofria bullyng na escola e eu nunca sabia a razão. As pessoas me achavam estranho, ninguém queria andar comigo, eu era diferente vivendo em meu próprio mundo, criando o meu próprio abrigo. Os livros sempre foram minha companhia, meu refúgio, meu lazer. Enquanto os garotos comuns jogavam bola na escola, ler era a minha única coisa a fazer. Eu sempre fui tímido, não falava com ninguém! Não conseguia fazer amigos, mas tinha q ter aquele "porém"... Era uma terça a tarde, eu entrei pro teatro, e me perdi naquele mundo, naquela arte. Pouco a pouco eu fui mudando, me tornando um outro alguém, surgiram novas conquistas, novas oportunidades e tudo além. Hoje eu sou uma nova pessoa, tímidez já não tenho mais, fiz muitos amigos, mudei meu estilo, hoje me deixam em paz. .....
Deus me colocou em um caminho dificil, fui policial durante 20 anos, achei que tinha visto de tudo, enfrentei o povo marginalizado supostos bandidos reflexo de toda sociedade corrompida por aqueles que tinham a obrigação de semear a liberdade, o direito e a paz...Hoje enfrento o pior de todos os males: os homens de colarinho, os famosos politicos corruptos, o pior de todas pragas, fazem os "supostos bandidos" parecerem formiguinhas perante a voracidade que roubam e destroem os direitos da humanidade...
nene policia
Quando somos "jovens" tudo é grande.
A distancia é maior, o tempo voa.
Fui tolo em achar que a tua família estava conspirando para o nosso fracasso.
Queria que hoje a distancia da nossa separação fosse somente os 2110 km, temos laços pra todos os lados, raízes nas famílias de nossos cônjuges, desejo que uma patrola passe por cima de tudo isso, ou então que o mundo acabe.
Quem sou eu além daquele que fui um dia?
Perdido entre florestas e sombras de ilusão
Guiado por pequenos passos invisíveis
Jogado aos chutes pelo engano, engano que eu mesmo criei na minha mente?
Salvo pelas mãos delicadas de Deus
Reerguido, mais forte, redimido,
Me salvei!!!
Pelo o que acredito luto, por nós ainda luto...
E no amor? Ah novamente? só dúvidas, eu não sei se é, o que acho que é
Não quero me machucar, não sou qualquer um, não mais que ninguém
Quem sou eu neste imenso planeta?, conto com a minha caneta
Não sou puro, não sou um sábio, mas de espírito em paz
Justo, mesmo que por um instante seja tentado
Graças aos céus sou muito forte, mesmo sem muitos músculos...
Mas será que vivemos outra realidade?
Mas será que estou enganado? Será?
Voei bem alto, mas, nunca soltei da sua mão. Quando você me puxou para seus voos, eu fui. Contudo, quando precisamos voar sozinhos, nos permitimos, afinal, todo amor precisa de um pouco de solidão.