Fui
Cansei, sinceramente, cansei. Sempre amei você, e não esperei nenhum amor em troca, sempre fui tão depende por você, sempre larguei tudo por você, sempre briguei por você. Cansei de te amar mais do que me amava. Eu odeio olhar para trás e ver como eu fui estúpida e me deixei levar por algo que não me levava a nada. Você acha que eu sou o que? Um brinquedo? Não, eu não sou um brinquedo que você usa quando quer e depois deixa de lado. Eu me iludi, com a esperança de que pudesse dar certo, de que você realmente teria mudado e que finalmente ficaríamos juntos. Eu me iludi com a esperança que essa dor de não te ter acabaria. Me apaixonei por você, e isso foi meu grande erro. Me apaixonar por você era como pular de um prédio bem alto: Seu cérebro lhe diz “Isso não vai dar certo, não faça isso”, mas seu coração diz “Você pode voar”. Aprendi com você, que o meu amor nunca era o suficiente, acho que nada era suficiente para você. Você não acreditava nos meus sentimentos por você, mesmo depois de tudo, mesmo depois de todas as lagrimas, depois de todos os ciúmes, depois de todas às vezes, que você me deixava de lado e eu otária ia correndo atrás de você, te esperava, pedia desculpas, implorava o seu perdão, ou até mesmo depois de todas as vezes que eu passei em claro. Diga-me, agora, por quê? Eu não sou boa o suficiente? É isso? Ou será que o meu amor não é o suficiente? Ninguém nunca vai ter amar como eu, ou o tanto quanto eu. Por que o meu amor não é o suficiente? Você já percebeu que você um dia me faz feliz e no outro me machuca? Afinal, me diz… O que aconteceu? Antigamente, eu era o amor da sua vida, a sua paixão, a sua garota, a sua futura esposa e hoje o que eu sou? Era tudo mentira? Por que antes de começar acabou? Diga-me. Cansei, cansei de esperar que tudo der certo, cansei de me humilhar, cansei de acreditar que “nós” um dia iria acontecer. Eu te amo, eu te amei, vou te amar… Mas, talvez agora seja realmente o afim.
SINTO SAUDADE
Sinto saudades do que fui outrora,
Rapariga alegre, feliz e descuidada
De alma sã, crente e acostumada,
Aos pobres socorrer, aos tristes consolar,
Verdadeira antítese do que sou agora.
Nem quero crer, sequer, que possa ser
Aquela desumana e fria criatura
Irónica, descrente e imperturbável
Com o sofrimento alheio.
Pois sou EU! Meu outro EU!
Aquela que o Destino adverso em mim criou
Aquela que o Desprezo tem alimentado,
Aquela, que o meu verdadeiro EU matou!
P'ra que hei-de Eu ser Humana, e dar meu coração?!
Se em troca só encontro
Cinismo... Ingratidão!...
Porque hei-de Eu chorar a Dor que não é minha?!
Se a minha propria Dor, lhes é indiferente!...
P'ra que hei-de Eu confortar os estranhos prontamente
Se as minhas tristezas as conforto Eu, sozinha?!
Não! Eu quero ser quem sou agora...
E se algum dia, no decorrer da Vida
Meu Eu, voltar, dir-lhe-ei ainda dessa vez,
Que me deixe... Que se vá embora!
_ Mas quanto mais o tempo vai passando
Mais a saudade do que fui, me invade!
A mascara cai, da minha falsidade...
E ao recordar quem fui... MEUS DEUS! Fico chorando.
Sou carcaça. Oca. Foi que sobrou, foi o que deu pra resgatar. Não fui forte o bastante para sair imune, não deu. Sinto muito.
MEU MENINO
O menino que fui está distante
Andando sobre algum lajedo,
Vendo o resto das águas acumulado em poças
Buracos que ainda cabem peixes,
Proporcionais, ao tamanho de mim.
Falo das poças dos peixes de ornamento
Querendo saltar o menino, que por aí chora.
E tudo eu faria para ir buscá-lo,
Ter sua companhia, minha que falta
Um pedaço que ficou, melhor
Do que o que se ajoelhou , rezou e partiu.
Eu queria o menino aqui comigo,
Mas como reverter as luas, transgredir as estrelas,
Os invernos que começaram e findaram,
Tantos peixes que no fim morreram.
Mas eu, se me conheço,
Não me dei tempo, e assim mereço.
O menino chora, a essas horas,
Em que as cigarras cantam pro além.
Onde pisam aqueles pés riscados de urtigas,
Onde transportam o menino, que a mim fustiga,
Sua desaparição, seu conforto de algodão,
Suas conversas longas e boas,
Tempos sorrindo à toa.
Com quem ele se parece agora?
Com as mudanças
Que à ele não se assentaram,
É do mesmo rosto, dos mesmos olhos,
É dos mesmos dias, que não se passaram,
Dos mesmos sonhos que não aconteceram.
As estacas de unha-de-gato
Devem estar ainda encostadas no pequizeiro,
Não suportam mais a casa que sonhávamos fazer.
Uma morada de quinze palmos de largura
E nove mãos de altura.
Lá íamos morar agregados de meu pai.
Mas quem para me ajudar agora,
Cavar, fincar estacas, subir a cumeeira,
Bater o piso de malho,
Pendurar as baladeiras, os bodoques,
Espalhar as esteiras
Para dormirmos ao meio dia.
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naeno*comreservas
Eu sempre fui de lembranças, lembra? Você de atos. Por isso que demorei tanto a perceber que minha memória me confunde e me ilude. Eu tinha esquecido o quanto você é desprezível ao vivo e a cores. Lembrava de você mais como um príncipe encantado mas olha onde o rio foi desaguar.
Gostaria de saber o que você faz agora...
Queria saber se fui mais uma em sua vida...
Se eu sou mais uma em seu passado.
Dias de tempestades estão passando por minha vida.
Sinto-me só como, nunca havia me sentido.
Meus olhos olham e não enxergam nada, só consigo,
ver essa dor que você me deixou.
Não consigo esquecer, Seguir em frente, o caminho parece longo.
Começar de novo... do zero, parece impossível .
Quando eu te perdi, meu amigo...
Com o passar do tempo
fui substituindo, aos poucos, a tua presença.
Repousei meus beijos em outros lábios
e entreguei sorrisos e sentidos a novos abraços.
Quando te perdi, meu amigo,
preenchi toda a tua ausência
e aprendi a conviver com aquela antiga saudade,
mas a paz que a tua voz me trazia não consegui.
Alguém já perdeu de si mesmo? Já aconteceu comigo, e eu queria saber onde eu fui. Posso até não saber, o importante é que voltei!
Eu sempre fui meia de Lua, de ter mania, cheia de venetas, mas com o tempo fui me descobrindo, fui me renovando, fui aprendendo comigo mesma, eu uma garota tão imperfeita, tão inexperiente e tão menina, com o tempo me tornei mulher
Já fui para a praia,só sei que faz muito tempo, mais tenho certeza que com meus pés na água eu posso nadar...
Não lembro a hora que fui e nem a que voltei, não sei se deveria ter ido ou se mesmo cheguei, não sei se era tarde ou se mesmo fiquei.
Em um instante confesso que fui feliz, mais agora tudo passou e me resta as lembranças, mais me arrependo sim, de não ter levado a vida mais a sério e aproveitado cada segundo ao máximo.
Seu sangue pulsa no coração alheio, pois não resisto em se doador, pois fui liberto pela aula de amor.