Fugir de Si Mesmo
"Olhe mais pra dentro, olhe menos pra fora; o que está dentro, tá dentro do seu controle, o que está fora, do seu alcance tá fora."
Se tudo está relacionado, também o estado de saúde das instituições duma sociedade tem consequências no ambiente e na qualidade de vida humana: "toda a lesão da solidariedade e da amizade cívica provoca danos ambientais".
A aceitação do próprio corpo como dom de Deus é necessária para acolher e aceitar o mundo inteiro como dom do Pai e casa comum; pelo contrário, uma lógica de domínio sobre o próprio corpo transforma-se numa lógica, por vezes subtil, de domínio sobre a criação.
A ecologia integral exige abertura a categorias que transcendem a linguagem das ciências exatas e biológicas e se conectam com a essência do homem.
Uma ciência, que pretenda oferecer soluções para os grandes problemas, deveria necessariamente ter em conta tudo o que o conhecimento gerou nas outras áreas do saber, incluindo a filosofia e a ética social.
O fato é que o homem moderno não foi educado para o uso adequado do poder, porque o imenso crescimento tecnológico não foi acompanhado pelo desenvolvimento do ser humano no que diz respeito à responsabilidade, aos valores e à consciência. Em especial, a sua liberdade adoece quando se rende às forças cegas do inconsciente, das necessidades imediatas, do egoísmo, da violência brutal. Neste sentido, o homem está nu e exposto diante do seu próprio poder que continua a crescer, mas sem ter as ferramentas para controlá-lo. Falta-lhe uma ética adequadamente sólida, uma cultura e uma espiritualidade que realmente lhe deem um limite e o contenham dentro de um lúcido autodomínio.
A educação ambiental tem vindo a ampliar os seus objetivos. Se, no começo, estava muito centrada na informação científica e na consciencialização e prevenção dos riscos ambientais, agora tende a incluir uma crítica dos "mitos" da modernidade baseados na razão instrumental (individualismo, progresso ilimitado, concorrência, consumismo, mercado sem regras) e tende também a recuperar os distintos níveis de equilíbrio ecológico: o interior consigo mesmo, o solidário com os outros, o natural com todos os seres vivos, o espiritual com Deus.
Entre os componentes sociais da mudança global, incluem-se os efeitos laborais de algumas inovações tecnológicas, a exclusão social, a desigualdade no fornecimento e consumo da energia e de outros serviços, a fragmentação social, o aumento da violência e o aparecimento de novas formas de agressividade social, o narcotráfico e o consumo crescente de drogas entre os mais jovens, a perda de identidade. São alguns sinais, entre outros, que mostram como o crescimento nos últimos dois séculos não significou, em todos os seus aspectos, um verdadeiro progresso integral e uma melhoria da qualidade de vida. Alguns destes sinais são ao mesmo tempo sintomas de uma verdadeira degradação social, de uma silenciosa ruptura dos vínculos de integração e comunhão social.
Em meio as muitas amizades que passam em nossas vidas percebemos o quão cada uma deixa um pouco de si e leva um pouco de nós, e assim carregando consigo um pouco de muitos chegamos a fórmula chamada "você" que tem total controle do que pode se deixar influenciar e do que deve descartar.
Eu não ando desconfiando do que a gente pensa ou fala contra mim apenas, faço anotações sobre as atitudes que cada um teve contra mim, que no final de tudo eu pagarei dobro por cada ação.
Se você não puder reconhecer as tristezas e alegrias que cada um carrega em si, você não terá a empatia de condenar seus atos!
"Se você consegue manter sua integridade para com aquilo que você é, aquilo que acredita e aquilo que sabe, você não é apenas livre: é alguém dono de si, que não podem controlar".