Fugir
Descobrimos que sumir por um tempo não significa fugir e sim nos avistar de longe, ver o erro para abandoná-lo e assim nos encontrar novamente.
Antes íamos aos estádios de futebol para fugir da dura realidade do dia-a-dia; hoje, somos assaltados por ela.
Virus Amor
Fugir do amor, tolice pura
quando menos esperamos
amando já estamos,e com tanto
ardor,que chega a ser pura loucura.
Não há quem do amor escape, desde
os mais intensos aos mais suaves.
Amor é um vírus fatal quando menos
esperamos, contagiados já estamos.
Imunização, não existe.
Há quem dele tente fugir,escondendo-se
em outros lugares.
No entanto nada adianta, por ser um virus
quem assim age,sempre acaba com uma sequela,
chamada saudades.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Já tentei fugir
Mas
Não rolou
Estou dentro de mim
Não posso me deixar
Meu ego
Sozinho
Surtou e foi dançar
"Me diz até quando vai fugir do que você sente pra eu saber quanto tempo eu vou ter que esconder o que eu sinto por você."
Juro, eu tentei fugir, desviar, esquivar e até mentir.
Mantinha os pés na porta e a frase pronta na ponta da língua, uma decisão firmada, até seu olhar me desmontar, até seu beijo me recuperar.
Aí seu jeito manso de dizer que me ama, com sua voz de veludo a me cantar, seus lindos e grandes olhos negros a me fotografar.
Você pediu com um jeito doce, e eu voltei por não saber mais te negar.
"Você vive fugindo... Claro, porque fugir é muito mais fácil do que simplesmente assumir o que sente."
DESCOBRI
Descobri que uma das coisas que mais gosto de fazer nesta vida é escrever. Mesmo que o que escrevo seja desordenado e desalinhado para uns, uma loucura ou uma idiotice para outros. Que as frases sejam sem nexo e sem uma direção certa. Não importa. Só sei que escrever me alimenta. Alimenta e relaxa meu coração poético.
Queria escrever algo banal, tranquilo que apenas me levasse a fugir deste corre-corre da vida. Não sei o que eu quero com isso. Talvez atingir o cume da montanha mais alta. Não sei.
Talvez me perguntem, por que a montanha? Talvez pudesse ser a mata, ou o deserto, ou o mar, quem sabe o céu. O que importa quando não sabemos se a direção é certa ou incerta como o tempo?
Escrever atinge o ilimitado. É como a vida, ilimitada, sem uma coordenação. Quero atingir todos os limites, o cume, o ápice, a adrenalina constante.
Estou ainda tentando escrever algo sereno, algo que deixasse um pouco de lado meu apogeu. Mas não encontro. Na verdade nem quero encontrar, quero continuar buscando cada vez mais.
A outra coisa que gosto de fazer é amar. Amar quer dizer algo? Amar nunca foi algo. Amar é tudo. Eu gosto de amar as pessoas, amar me deixa feliz. Saber que as pessoas estão felizes me deixa extremamente feliz.
Meu instinto de mulher quando amo fica tão estável que eu poderia descrever detalhes que talvez inundasse esta pagina com palavras de amor...mas o que importa isso tudo se ninguém se importa mais com o amor.
Amar é tão vasto que eu poderia me perder amando. Escrever e amar são uma junção que combinam. Em meus versos escrevo amando sem uma noção certa do que quero deixar na página, apenas amo escrevendo e escrevo amando.
Quanto mais eu fujo de você mais te encontro nas esquinas dos poemas, nos becos das músicas de amor e nos sussuros mudos da noite.
E eu sinto a sua falta, mas não quero assumir
Só de pensar nisso dá vontade de sumir
Foi daí que eu fugi
E eu tentei melhorar, mas só me perdi