Frutos
Você pode plantar uma árvore à beira do caminho, mas todos usufruirão de seus frutos e suas sombras.
Deixo pro mundo em meus versos provas da minha existência
Cultivo frutos de agoras,
de horizontes e devenir
sóis nascentes no porvir
sementes de justa aurora...
no presente de minhas horas
rastros d'intensas vivências
vem n'alma a efervescência
de sentimentos abstersos...
deixo pro mundo em meus versos
provas da minha existência.
Aquele que chegar na velhice,colherá os frutos que plantou em sua juventude,dependendo das ações passadas poderá ser de paz.
Viver pelo correto, esquecer caminhos errados, plantar bons frutos no presente, e apagar da mente os deslizes do passado.
PRECONCEITO, RACISMO e DISCRIMINAÇÃO, são frutos do EGO do SER HUMANO. Quando se manifesta o ego, o amor incondicional não tem lugar.
Seja o melhor que você puder ser e não se importe com as críticas. Lembre-se: Pé que dá frutos é o que mais leva pedradas.
Para dar frutos, teve que ser árvore; para ser árvore, teve que ser tronco e folhas; para ser tronco e folhas, teve que germinar; e para germinar, teve que ser semente... Se não deu frutos, se não foi árvore, se não foi tronco e folhas, se não germinou... Houve, o mais importante, a intenção.
Cada pessoa tem uma razão na alma pra fazer tudo aquilo que lhe traria bons frutos, então cada pessoa machucava outra alma esperando que colheria bonança no futuro.
Mente e alma bagunçadas pelo reprimir, nunca produziram frutos bons e duradouros. A descoberta e a libertação da aprendizagem, levam ao original... E o original é o que se eterniza.
"Há se tu soubesses como são amargos os frutos da impaciência que plantamos diariamente...A impaciência eh um fruto que só se pode provar depois da perda! E posso garantir que o sabor eh mais amargo que o fel!Se pudesse dar um conselho, diria plante paciência...plante fé por que quem planta fé colhe milagres...
Cinzas
Talvez o verão tenha queimado os frutos.
As mãos, ressequidas, apenas recolhem restos.
Cinzas, ardores, ossos.
Havia ali,
não se lembra?,
um rumor de desejo,
que nenhuma palavra salva:
todo poema é póstumo.
Botei a boca no mundo,
não gostei do sabor. Ostras e versos
se retraem
ao toque ácido das coisas tardias.
Na sombra insone do meu quarto,
o vazio vigia, na espreita do que não há:
por aqui passaram
pássaros que não pousaram. Fui traído
por ciganas, arlequins e cataclismos.
De nada me valeram
guardar relâmpagos no bolso,
agarrar nas águas as garrafas náufragas.