Frutos
A paciência é uma virtude daqueles que colhem os melhores frutos, e não ficam colhendo e tropeçando em frutos podres do caminho. Sabem cultivar as melhores sementes, e esperar para então sentir o sabor único do mais doce mel.
Ego(ismo)
Quem há de querer dividir fatias de angústias
Cultivar ramos de mágoas
Colher frutos de desilusão?
Quem há de doar suas forças
Oferecer seu sossego
Repartir uma boa impressão?
Engoistou-se o outro
Esqueceu-se o altruísmo
Vagou-se a alteridade
E deram-se seres solitários
E deram-se seres heremíticos
Somente
Exclusivamente
Apenas
Um corpo egresso consciente.
Quem planta árvores têm a obrigação de cuidá-las, para que seus frutos nem verdes ou maduros, não apodreçam antes da colheita de suas próprias empreitadas.
Semeie com esperança para colher com fé teus Frutos. E se mesmo assim a vida ceifar tuas raízes, não deixe de crer na multiplicação do amor.
Os frutos de um Mestre de raiz são multiplicados aos pés daqueles que o amam, mesmo sem "O" (compreendê-lo).
A árvore, quando maligna, deve ser extirpada pela raiz antes que gere frutos, caso contrário toda a floresta será desvalorizada.
Mesmo que tentem te ferir cortando tuas folhas e arracando os teus frutos se a tua raiz for forte poderás florescer novamente ainda que tu estejas ferida.
Por mais que traçamos metas em nossos caminhos, e semeamos nossos sonhos para colhermos frutos. Não somos donos profundamente do destino de nossa vida. Mesmo que planejamos, sonhamos, não controlamos as entrelinhas do viver; A vida a qualquer momento pode nos predestinar, nos entrelaçando a trilhar suas vielas. E através dos seus percursos, podemos encontrar a felicidade, o brilho, a luz, a tristeza, a despedida, a pedra, o incômodo, a fratura... Mas também encontraremos o amor, que junto a esperança; Não deixará que os nossos sonhos sejam dissipados, mesmo que os rumos sejam incontroláveis...
A mesma terra que dá frutos
também dá flores e sarças
a mesma lua dos poemas
traz maremotos e problemas
as mesmas flores que as abelhas
beijam pra fazer o mel
produzem espinhos
enquanto recolhem
inocentemente
os raios de Sol que vem do Céu
na mesma noite em que
alguns descansam
outros, felizes, dançam
alheios àqueles
que em outros cantos
nada mais esperam
somente se desesperam
a mesma terra que alimenta
muitas mulheres e homens
muitas vezes traz a fome
e no final, invariavelmente
recobre tudo isto
alegrias e tristezas
embaixo da terra somem.