Fruta
Oh! Deus não me deixe intoxicado! Não quero ser a fruta podre que envenena seus predadores. Mas por último ser-lo-ei, e a morte já experiente de fazer cobaias os meus inimigos levar-me-á cruelmente, mas já muito tarde.
A
Casa
Amiga.
Fruta madura,
Bebe sem assadura,
Doença que cura.
Abraço apertado,
Sorvete fiado,
Carro lavado.
< >.< >
Poder sonhar,
Se por a cantar,
Não ter medo de um dia acabar.
Sorriso de criança,
Guerra sem matança,
Noticia de esperança.
Salário com aumento,
Dia de pagamento,
Finados sem lamento.
Nuvens do meio dia,
Sorrisos de alegria,
O fim da agonia
Perfume de flor,
Dente sem dor,
E finalmente... Amor!
A dança das cabeças
Uma cabeça sobre o seu pescoço
Feito um caroço
Em sua própria fruta
faz a luta
E o campo de batalha
E na batalha
As cabeças rolam por aí
O pensamento
É vento, fogo e sina
Que ilumina
E faz escuridão
É pura saga cega de batalha
É navalha
E as cabeças rolam por aí
Uma palavra
Crava e crava forte
Cheirando sorte
Amor e traição
Cuidado língua com sua cabeça
Não esqueça
Que as cabeças rolam por aí
As cabeças rolam...
Soltas nas dunas de areia
Cabeças de vento se deixam rolar
As cabeças rolam...
Doidas na selva de pedra
Na perda do sol,na cinza do ar
as cabeças rolam...
pelas escolas, nas colas
Nas bolas em tudo o que possa rolar
As cabeças rolam por aí...
Menina dos olhos verdes,
fruta tropical...
sabordescomunal...
morena de riso sereno...
e sorriso contagiante...
de onde apareceu?
Veio do céu...
veio do mar...
veio dos sonhos...
não sei de onde veio...
entrou na minha vida...
invadiu-me os pensamentos
tomou posso dos meus sonhos...
Morena tropical...
que deixa com vontade
de ficar perto...
de ficar junto...
de tocar a pele...
de beijar tudo...
quem essa morena...
que me seduz num olhar...
que vive um momento e
que me faz rastejar...
enfeitiça meus olhos...
seduz meu coração...
e me deixa louco
Morena dos olhos verdes...
que me seduz
e me faz desejar...
que quer ficar perto
e que longe não quer estar...
Morena que me seduz
e que há beleza em seus olhar...
escrevo por seus olhos
e escrevo por sua beleza,
teu coração reflete um sentimento
traduz tuas vontades...
devora o meu ser...
quer mais...
quer tudo...
quer me manter recluso
no brilho cristalino
do brilho verde esmeralda
do teu olhar...
és morena...
é fruta doce da minha vida...
és sorriso maroto
és cor do pecado...
quem és tu que me seduzes...
vem beijar meus lábios,
vem invadir minh'alma...
vem morena...vem!!!!
Sentir amor sem apreciar o ser amado é como não comer uma bela fruta por medo de deformá-la. Tê-la não significa aproveitá-la, pois ela vai apodrecer e quem a guarda, além de não consumi-la, vai perdê-la.
A fruta que eu mais gosto é manga.
Manga madura.
Daí você come, lambuza boca, braços, rosto, e depois pra tirar os fiapos dos dentes, Deus nos acuda!
Amor pra mim é como manga.
Se for difícil pra tirar os fiapos depois, por melhor que seja o gosto, eu como só de vez em quando!
Seja a sua melhor metade, mesmo que te falte a outra, pois nem sempre a fruta estraga por inteira. Um lado terá que estregar, não deixe que seja o seu
Cada dia que você vive é como uma porta aberta, um livro contemplado, uma fruta desejada. Por isso escolha seguir. Apenas siga.
Vida no campo.
Na Selva de minha alma...
O limite é desconhecido...
Mata bruta...
Campos de frutas e arvoredo florido...
Vida no campo...
Minha vida lá foi prometida...
Açudes de peixes...
Lagos e cachoeiras...
Oh prazer...
Não deixei nada na cidadezinha...
Voltar lá...?
Só se for pra comprar sal e farinha...
Não quero reviver...
O que a cidade me deu...
Foi só desprazer...
Sentimento matuto é o meu...
As pessoas no campo são batutas...
Trabalham muito...
É suor que não derramam prantos...
Esta vontade de está no sítio...
As vezes foge até de mim...
Aqui eu planto...
Aqui eu semeio...
Aqui eu cultivo...
Aqui eu colho e como....
Aqui eu pesco...
E em falar tudo isso...
Não sou desonesto...
Acreditei na alvenaria...
Paredes blindadas e gradiadas...
Será mesmo que só assim..?
Poderemos viver em paz...?
Não...!
Minha casa de sapê...
Ou de madeira serrada...
O soalho é avermelhado...
Madeira de lei que peguei lá no serrado...
A árvore foi cortada...
Mas as sementes foram brotadas...
O tempo trará outras..
Enquanto isso...
As galheiras é para a fogueira...
A panela é de barro...
E o quintal tem galinha aos bocados...
Porco no chiqueiro...
Gado no curral e são tudo leiteiros...
Aqui eu me encontro...
Sem precisar me humilhar...
E pedir descontos...
Aos domingos...
Vou na igreja...
E quando volto...
Arreio o meu alazão...
E passeio no grotão...
Armo a arapuca....
Esperando a saracura....
Franguinho do mato para remediar...
E depois eu volto pra cozinhar...
Sou assim....
Sensível com os pássaros na floresta...
A coruja pia e a noite faz sua festa...
Na mistura do barulho...
Faço canção e poesia...
E ouço o gado berrar la no pasto...
E também chia a cutia......
Sou caboclo do mato...
Tenho uma inspiração e é nela que me regalo...
Tudo aqui é verde e amarelo...
O ar é puro é singelo...
O azul caí do céu...
E o vermelho é o sangue de minhas veias...
Uma mistura de cores que não são alcalinas...
Minha parceira é gente fina...
Minha flor nega menina...
Lava roupa no Ribeirão....
E estende debaixo da mangueira...
Cascavilhei esse tema...
Porquê sou apaixonado pela Natureza...
Não chamem isso de poesia....
Chamem de iguaria...
Na pradaria do lajeado que piso...
Falo e repito...
Não há nada que possa...
Substituir tudo isso....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
#DEPOIS #JAMAIS
Depois....
A comida esfria...
A fruta apodrece...
O pão mofa...
Se esvaindo...
Nada mais importa...
Depois...
É hora de dormir...
Esquecer...
Nada mais sentir...
Quando a tarde cair....
A noite chegar...
A madrugada é fria...
E já se anuncia...
Um novo dia...
Depois...
As horas vão embora...
O tempo antes tão longo...
Já não é...
Já é tarde...
Não volta mais...
Depois...
Esqueceu de sonhar...
Alguns sonhos nem nasceram...
Outros se acabaram...
Perdeu o querer...
Tem medo de amar...
Depois...
A estrela já não brilha tanto...
Depois...
Nada importa...
Nem de um pássaro ouvir seu canto...
A magia perdeu o encanto...
As pedras são a única companhia...
Depois...
O horizonte não agrada...
A felicidade sempre tarda...
Até os ventos mudam de direção...
E quem diria...
O que poderia ser...
Já não importa mais...
Depois...
Não viva...
Sinta o agora...
Essa é a hora...
De ser feliz...
Sandro Paschoal Nogueira
Quando subimos mais alto em busca de uma fruta mais bonita, corremos o risco do galho quebrar-se e ficarmos caídos ao chão!
Nem todo beijo é roubado
Nem toda fruta é maçã
Nem todo réu é culpado
Nem toda culpa é cristã
Nem toda carta é marcada
Nem toda lente é ray-ban
Nem toda noite é noitada
Nem toda luz é manhã.
CULTOR
Do campo sou cultor
Com ternura cultivo
A terra por amor
A hortaliça e a fruta
Para a mesa de todos
É portado pelo suor da labuta
Não tenho diploma
E isso para mim não é
Motivo de vergonha
Minha escola foi a vida
Minha caneta foi a enxada
Nesta estrada comprida
Velho sou de idade
E de caminhada
Não sei o que é cidade
Aqui tenho o cheiro da terra
A bela chuva e o ar que refrigera
Daqui não saio, morrerei nela
Sou iletrado não sei lê
Só sei meu nome
Acho tudo complicado de entender
Aqui no final do dia
Ouço o cantar dos pássaros
Que me aprecia
Mãos ardidas do sacho
Pela manhã e pela tarde
Uma deleitosa água tomo do riacho
Com vontade no labor
Não troco minha vida de lavrador
Por um diploma de doutor.