Fruta
maturIDADE
Na natureza, a fruta madura revela o ponto certo do doce sabor e tenrura;
Na fase do ciclo vital de um lago registra o equilíbrio entre o recebimento e a perda de suas águas.
Quando a juventude mostra o viço da cútis, acredita-se ser a melhor fase da vida.
Tudo é novidade e mais colorido. O vigor reluz nos olhos prontos a descobrir o que o mundo
está a oferecer e o que de bom pode-se desfrutar. O medo não faz recuar, segue-se em frente
sem nada temer, tudo pode-se enfrentar.
Crê-se que não se deva rejeitar nada que se apresente, porque quando o tempo passa a graça da vida o acompanha.
O tempo passa e tal pensamento, também. A mocidade se vai, a maturidade se ganha.
Não é presente fabuloso, é real e definitivo, não tem como se devolver.
A maturidade é momento em que se ganha e se perde.
Ganha-se em experiências, em conhecimento, até um pouquinho de sabedoria.
Conquista-se alguns sonhos, realiza-se o que há tanto se queria.
Mas, com os ganhos vem as perdas...
da pele viçosa, daquela energia, das pessoas queridas.
Isso dói, esperava-se que isso não estivesse no script.
Feliz daquele que consegue sentir o perfume do que perdeu.
Ficam as lembranças, doces recordações, eterna saudade,
que em determinada idade haverá de ser suprida.
Pois, haverá o reencontro com os que já partiram e restará
saudade aos que ficarem.
Maturidade é sinal de aprimoramento; no figurativo, de prudência, firmeza e perfeição.
É claro que o perfeito não se alcança, mas em muitos dos defeitos há correção.
A tonicidade dá lugar às marcas da vivência e o que o espelho revela é muito mais
que simples sinais do tempo. É vida de quem amou, que foi amado, que caiu e levantou, não foi respeitado,
talvez não se fez respeitar.
Mas, o que conta é esse tempo de decepções e vitórias e que ao se equacionar sai-se no lucro, porque
cada ruga, cada lágrima de tristeza ou alegria torna mais rico quem se dispõe a enfrentar a vida de forma
mais prudente.
Fragrâncias, aromas, perfume de vida. Vida que se tempera e cabe a cada um , o sal corrigir.
Conversando Obséquios com Chico César.
"A fruta em seus lábios,
A alma saindo pela boca.
Os lábios de sua fruta calma,
Derramando em calda,
A polpa." - ( da canção Caracajus de Chico César)
Me poupa de tanto sofrimento,
Minh'alma acalma no vermelho
de teus cajus lábios.
Essência minha derramada rainha.
Pequena 'Princípa' no principado
do meu reino falho.
Loucas louças quebrando em estalos,
do nosso sorriso saudade,
em que me olho agora frente a um espelho,
sendo minha maior vontade verdade,
saciar-me mais uma vez em teus frutos lábios.
escorrido no idioma bossa nova de saudade.
Vinicius Rocha-Brasil
O caminho para a sabedoria muitas vezes é árduo e pedregoso, mas para alcançar a melhor fruta da arvore quando esta é muito alta, é preciso também se arriscar.
Não espere a sabedoria chegar até você para fazer algo de bom e útil, pois a inutilidade chega sempre na frente do esforço...
Abre a porta do quintal podes entrar
Sou fruta de vez no teu pomar
Toma logo esse açaí mata a vontade
Devora esses olhos castanhos do Pará.
Aroma... Ah!! O Amor!!!
A mora, eis a fruta dos enamorados
R omance, eis a estória dos apaixonados
O dio, eis o mal, dos desconsolados
M agia, o encanto inusitado
A mor, é o aroma, escrito ao contrário!!!
Teu cabelo perfumando o vento
primavera bem antes do tempo
tua pele de fruta tem cheiro de flor
e eu que ontem vivia os invernos do amor
hoje colho um outono de paz
amanhã um verão de calor
são fenômenos da natureza em nós.
Dor de amor é como fruta que amadurece,
Lá no alto da árvore e não conseguimos pegar.
Simplesmente observamos calados o seu despencar.
Menina dos olhos verdes,
fruta tropical...
sabordescomunal...
morena de riso sereno...
e sorriso contagiante...
de onde apareceu?
Veio do céu...
veio do mar...
veio dos sonhos...
não sei de onde veio...
entrou na minha vida...
invadiu-me os pensamentos
tomou posso dos meus sonhos...
Morena tropical...
que deixa com vontade
de ficar perto...
de ficar junto...
de tocar a pele...
de beijar tudo...
quem essa morena...
que me seduz num olhar...
que vive um momento e
que me faz rastejar...
enfeitiça meus olhos...
seduz meu coração...
e me deixa louco
Morena dos olhos verdes...
que me seduz
e me faz desejar...
que quer ficar perto
e que longe não quer estar...
Morena que me seduz
e que há beleza em seus olhar...
escrevo por seus olhos
e escrevo por sua beleza,
teu coração reflete um sentimento
traduz tuas vontades...
devora o meu ser...
quer mais...
quer tudo...
quer me manter recluso
no brilho cristalino
do brilho verde esmeralda
do teu olhar...
és morena...
é fruta doce da minha vida...
és sorriso maroto
és cor do pecado...
quem és tu que me seduzes...
vem beijar meus lábios,
vem invadir minh'alma...
vem morena...vem!!!!
Devaneia só.
Utopia, loucura total, saudade sanada numa parada qualquer, sabor de amor, fruta que se fez mulher
um capricho do coração, um aperto de mão, suave demais para quem não quer confusão. Desejo escondido, banido, largado em um canto qualquer, solidão que se fez um gemido e formou-se refrão,
um grito abafado por ti, uma voz de mulher.
Coração devaneia só, sabe ele que a escuridão é abstrata demais para quem não tem nada a perder
e amar é desvanecer no abismo do pensamento confuso sem cheiro e sem rumo, sem cor e sem sumo
como flor sem perfume e o sorriso sem jeito por não lembrar de sorrir direito, esquecido no tempo,
choro calado, choro afastado de ti, não reconheço quem está no espelho, uma sombra quase perdida,
fina cortina de fumaça, um resvalo do suor da madrugada, com pingos de saudade, o vento frio tenta esquentar a noite que rejeita a espera do amanhecer. Ela diz ser você, pobre saudade, não sabe mentir.
tinha um pé de quebra queixo.
era esse o nome que meu avô, dava a fruta.
que até hoje ainda nao emcontrei de novo.
depois de grande, voltei no lugar.
lá pelo meio da chácara da infância. e procurei a árvore.
o que antes, era verde e vivo. como minhas corridas de um canto a outro na infância.
estava seco e diferente. morrendo.
e a árvore ja não florescia mais.
eu não sei bem, se por que naquele dia.
ali pelos meus 6 anos de idade.
meu primo tinha feito uma casa de árvore la em cima.
dessa bendita árvore que tinha uma casa de joão de barro e essa fruta.
e eu me lembro bem daquela tarde cheia de sol em que a gente brincava la.
e minha avó, berrava meu nome pra descer. lá da outra casa.
um eco longe e repreendedor.
eu só sei. que quando alguem me pergunta:
fruta preferida.
eu minto.
digo: morango, kiwi, maça, siriguela.
qualquer coisa que venha na hora.
afinal, quem aqui já viu um pé de quebra-queixo?
(Crys de Almeida)
MORANGUITOS
Morangos
Moranguinhos
Moranguitos
Fruta doce e tão gostosa
Nascem em flor
Passam a verdes
Se tornam amarelos
Ficam vermelhos
Tal como o amor
Nasce do conhecer
Passa a amizade
Se torna paixão
Toca o coração
Morango vermelho
Coração vermelho
Morango doce
Coração melado
Come o morango
Vive o amor
Não deixes estragar um
Não percas o outro
Aproveita a doçura do morango
E o prazer de amar e ser amado (a)
Tal como os morangos têm a sua época
O amor tem seu momento
Não deixes de comer os morangos
Nem de viver o amor
Tua Falta
Sinto falta de você...
do teu beijo apaixonado
do teu gosto de fruta madura
do teu corpo quente e dourado
do teu olhar cheio de doçura.
Sinto falta de você...
da tua forma de me olhar
da tua mão a me acariciar
da tua comida a me encantar
da tua voz a me incendiar.
Sinto falta de você...
do teu amor a me querer
do teu olhar de desejo
do teu calor a me aquecer
do teu galope matreiro.
Sinto falta de você...
da tua mansa suavidade
da tua forma de me cortejar
da tua doce sensibilidade
do teu jeito de me amar!
Fruta doce
Gosto de mel, não tire o baton
Seus beijos me levam ao céu
Sinto sua pele, branca e macia,
Seus olhos fechados, ingênua menina,
Me conquistou, Arrebatou esse coração,
De pés descalços, nariz empinado, sorriso perfeito
Princesa, mulher
Se envolve, em meus braços,
Esta protegida, adoro morango viciei em você
Vida no campo.
Na Selva de minha alma...
O limite é desconhecido...
Mata bruta...
Campos de frutas e arvoredo florido...
Vida no campo...
Minha vida lá foi prometida...
Açudes de peixes...
Lagos e cachoeiras...
Oh prazer...
Não deixei nada na cidadezinha...
Voltar lá...?
Só se for pra comprar sal e farinha...
Não quero reviver...
O que a cidade me deu...
Foi só desprazer...
Sentimento matuto é o meu...
As pessoas no campo são batutas...
Trabalham muito...
É suor que não derramam prantos...
Esta vontade de está no sítio...
As vezes foge até de mim...
Aqui eu planto...
Aqui eu semeio...
Aqui eu cultivo...
Aqui eu colho e como....
Aqui eu pesco...
E em falar tudo isso...
Não sou desonesto...
Acreditei na alvenaria...
Paredes blindadas e gradiadas...
Será mesmo que só assim..?
Poderemos viver em paz...?
Não...!
Minha casa de sapê...
Ou de madeira serrada...
O soalho é avermelhado...
Madeira de lei que peguei lá no serrado...
A árvore foi cortada...
Mas as sementes foram brotadas...
O tempo trará outras..
Enquanto isso...
As galheiras é para a fogueira...
A panela é de barro...
E o quintal tem galinha aos bocados...
Porco no chiqueiro...
Gado no curral e são tudo leiteiros...
Aqui eu me encontro...
Sem precisar me humilhar...
E pedir descontos...
Aos domingos...
Vou na igreja...
E quando volto...
Arreio o meu alazão...
E passeio no grotão...
Armo a arapuca....
Esperando a saracura....
Franguinho do mato para remediar...
E depois eu volto pra cozinhar...
Sou assim....
Sensível com os pássaros na floresta...
A coruja pia e a noite faz sua festa...
Na mistura do barulho...
Faço canção e poesia...
E ouço o gado berrar la no pasto...
E também chia a cutia......
Sou caboclo do mato...
Tenho uma inspiração e é nela que me regalo...
Tudo aqui é verde e amarelo...
O ar é puro é singelo...
O azul caí do céu...
E o vermelho é o sangue de minhas veias...
Uma mistura de cores que não são alcalinas...
Minha parceira é gente fina...
Minha flor nega menina...
Lava roupa no Ribeirão....
E estende debaixo da mangueira...
Cascavilhei esse tema...
Porquê sou apaixonado pela Natureza...
Não chamem isso de poesia....
Chamem de iguaria...
Na pradaria do lajeado que piso...
Falo e repito...
Não há nada que possa...
Substituir tudo isso....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.