Fronteira
Vou me largar pra fronteira!
Sentir o cheiro do que é meu.
Recarregar minha guaiaca de "grussuras"
E matar a saudade de quem sou eu!
Quando volto pra querência;
Sinto de novo a essência,
Daquilo que já fui.
Lembro até da minha fala,
Pausada, e misturada.
Com palavras dos paisanos
Que trazem os orelhanos,
Embaralhando, versos pampeanos
Com cúmbias, em ritual.
Me sinto de novo bagual;
Como se nunca tivesse o buçal
Da cidade, me domado.
O minuano é meu regalo,
Por ter voltado pra casa.
Assobiando uma vaneira;
Trazendo o cheiro de chirca
Que guardarei pra mais uma temporada
Sem voltar pra minha morada
Perdido pelo mundão...
Lembro dos tempos de liberdade
Uma cachorrada barbaridade
Que eu mantinha de esquadrão
Pitoco, bolinha, bocão!
Eram todos batizados...
Cada um com servidão:
Uns pra mulita, outros de ratão
Tava sempre preparado
O meu fiel batalhão.
Saia de manhã lá pro morro da antena
Passava o dia inventando peleias
E lidas que de verdade, só tinha os "grito"
No mais, era coisa de piazito
Que não tinha ocupação...
Só em dia de vento que não!
Vento quente, que embaraça os cabelo
Te resguarda e cuida o pelo;
Que hoje é dia de cruzeira!
Me dizia a conselheira,
A velha vó, missioneira;
Que de tudo tinha formação.
Podia perguntar sem receio!
Na tampa e sem floreio
Ela vinha com a verdade,
De tudo sabia a utilidade;
E pra cada pergunta,
Uma explicação!
De engenheiro e doutor
De peão a vagabundo,
Ela tinha o mesmo segundo, pra avaliar o valor...
Pra tudo isto que retorno,
De tempo em tempo a resgatar
Vou buscar aquele piá
Que um dia sonhador, pensou em ser "viajador"
E agora vive pra sonhar...
Mas preciso sempre lembrar;
Que tenho um poso, neste lugar.
Onde sou: aquilo que sou.
Queria poder de abraçar, transmitir todo o afeto e carinho que anseias, mas essa fronteira, a que você criu, precisa ser superada. Superação, sim, depois o risco, sem medo, apenas o desejo de se jogar neste desconhecido, que é puro amor.
A única fronteira que teremos que transpor um dia é nossa própria consciência.
Kairo Nunes 22/03/2012.
Na fronteira entre a vida e a morte,quando nem mesmo rios de dinheiro nada poderá fazer,é que se percebe que dinheiro não é tudo.
Depois de um dia duro, quando achar que chegou ao seu limite, vá além, essa é a fronteira que separa as pessoas.
Atravesse a fronteira do amor
Jogue fora o passaporte da solidão
fuja para o país de seus sonhos
A nossa bandeira aquece a paixão
declare dupla cidadania: Eu e você
Falaremos a linguagem do prazer
E Viva a liberdade do coração
QUEM
Quem é capaz de traçar a fronteira entre a lucidez e a loucura?
Quem é capaz de desmascarar a mentira de quem por Deus jura?
Quem é capaz de ser valente sem jamais perder a doçura?
Quem é capaz de ser gentil sem jamais perder a bravura?
Quem é capaz de admitir-se doente antes de buscar a cura?
Quem é capaz de julgar-se a si mesmo com a mesma lisura?
Quem é tolerante com o outro no quem em si mesmo atura?
Quem sabe lidar com a liberdade, sem vertigem, sem tontura?
Quem é capaz de discernir um bem tão puro, sem mistura?
Quem é capaz de enxergar em meio ao caos uma figura?
Quem que pelo belo, bom e justo suporta a mais cruel agrura?
Quem ao encontrar-se no outro dá por encerrada a procura?
Nós somos um amontoado dos nossos danos. Nossos olhos cor de terra fazem fronteira. Meu outono não combina com a sua primavera. Um cai e o outro se regenera. Um chora e o outro ri.
Nossos defeitos superam as nossas qualidades. Nossos sonhos não estão mais guardados na mesma caixa. Há sempre um conflito, você é a razão. Eu sempre perco a guerra. A emoção é a minha trincheira.
Músicas declamam as histórias que jamais contaremos a alguém. Vamos odiar e, por fim, esquecer. Talvez sentir inveja por elas durarem mais do que o nosso encontro. Um abismo de palavras não ditas nos consome. Pois não há antídoto para o silêncio. Ele é a resposta para as perguntas cujo resultado já sabemos. É território neutro. O meio termo. E sempre odiamos meio termo.
Nós somos o que ninguém viu. Os cacos do que ninguém sentiu. Há história por trás do desvio do olhar. Há contratempo nos assuntos que morreram em alguma desistência nossa. Há estranheza nas letras de canções familiares.
Eu já usei aquela sua camisa azul e você já reclamou do meu vizinho que fala alto. Há vida por trás das situações que enterramos; das peles que assinamos. Pois o silêncio também narra romances ruins.
O clímax não interessa mais quando o fim chega. Os motivos para ir embora sobrepõem o oposto. O mundo ficou pequeno para as nossas birras. O nosso enredo não atrai. Nos entediamos na mesma frequência.
Nossos nomes não estão no título de uma música do Legião Urbana. Você não estava perdido e não se agarrou a mim. Não tivemos o nosso próprio tempo, pois todo o tempo do mundo já estava cronometrado. Palavras são erros e os erros, bem, são meus.
sendo a musica se cala na escuridão de teus pecados...
e almeja reluzir na fronteira dos céus...
contemplo sua face triste que sonha com a chuva...
e carrega os favores de anjos que amaram...
na eternidade dos dias que se passaram...
em uma plenitude algos de seu atroz,
dito e feito as marcas do passado...
nesses momentos lhe digo te amo.
- Relacionados
- Mensagens de Amor Sem Fronteira