Frio
Meu coração
Manhã fria de inverno.
Vento forte a soprar
Não há o canto dos pássaros
Pra minha vida alegrar.
Um aroma firme de café.
O quarto gelado...
O espelho quebrado...
Com você foi embora minha fé.
Sórdido este presente em desarranjo.
Roupas espalhadas pelo chão.
O medo batendo à porta.
Dói com a dor mais doída do mundo meu coração.
Diante deste mundo sombrio...
Nuvens carregas no céu...
O sol que escondido está faz-me sentir um mais forte frio.
"Viver Custa"
Nunca suficiente
As vezes condizente
O custo pode ser alto
O susto pode ser palco
De que vale aprender a voar
Se te preparam pra tombar?
A paz me abandonou há muito
Não posso culpar
Ou até mesmo sonhar
Tantas perturbações
Emaranhadas em emocões
Descanso é luxo
Repouso é tortura
Lamentos
Batimentos
Sentimentos
Tão vivida, mas ausente
Tão distante e tão quente
Como insiste em ficar
Se escolhe me deixar
Várias opções
Infindáveis escolhas
Tão pouco pra apostar
Ainda, tudo a perder
Como sobreviver?
Como existir?
Se der para entender
Que seja antes de sofrer
Que viver custa
Mas não paga.
O dilema dos ouriços, por mais raso que possa ser, é que, quando a gente se fecha podemos machucar os outros, mas quando nos abrimos acabamos nos machucando.
Deve ter alguma coisa na água
Porque cada dia está ficando mais frio
E se eu pudesse te abraçar
Você me impediria de afundar
"Ora, quão belo está aquilo que cativamos dentro de nós, ou principalmente, em outrem? Em tempos onde as folhas caem, as flores somem, e, o frio da nossa história, por vezes, tende a nos congelar a alma, continuamos enxergando a beleza do que nos foi cativado ou cativamos em outrora, ou simplesmente, não a vemos, digo da fina beleza, pelo congelar do coração durante um terrível e sombrio inverno? No todo, algo se torna inevitável e certo. A beleza, não se contempla apenas pelo que se faz novo ou cheio de cor, mas pela essência do que resiste, pelo que se constrói perante os olhos do espírito, isso, aos que verdadeiramente sentem a vida, torna-se imutável."
(Mettran Senna)
A ponte era feita de pedaços de madeira avariada e amarrada a cordas desfiadas. Vinham as tempestades e sentíamos frio. Recuava encolhida e as lágrimas inundavam aquele rio de descontrole de emoções e sentimentos... respirava fundo e me reerguia. Peguei tua mão e disse: "Vamos fazer essa travessia!"
Hoje, quando olho para trás, respiro fundo, e te digo em pensamento enquanto dormes e repousa tua alma nos mistérios de teu sono, que minhas mãos já alcançam o teu mundo...
Se é de mim que gostas
Que fiques
Desenrole os fios
Desate os laços
Não apresses o passo
Siga o meu compasso
Aqueça o café
Esquente o pão
Ponha a mesa
Faça bigodinho de leite
E me beije a pontinha do nariz
Olhe comigo a janela
Descanse a sua mão sobre ela
E mais tarde segure a minha
Me leve para passear
Aqui, alí, acolá
Perca o passo
Se permita
Mas não repita
O que não te fez sorrir
Apenas diga
Onde eu for
Quero contigo estar
No frio do oceano
Ou no calor litorâneo.
Nesse frio um banho quente a qualquer preço, (mereço),
Aqui sem companhia e sozinho, (castigo),
Um coração que não sonha, (vergonha),
Existe uma luz no universo mental do nosso ser, tão luminosa e excelsa que ampara o nosso raciocínio como pluma das manhãs sem frio.
Daqueles momentos, a dois:
Amor, vou de sandália ou de tênis?
Esfriará pela tarde, vai de tênis.
Mas está calor agora!
Tá calor, então vá de sandália!
Mas a minha amiga pode me emprestar uma sandália...
Então vai de tênis!
Mas agora está calor!
Então vá com os dois!
Amor, não quer me ajudar a escolher?
Eu amo ela mais não consigo admitir isso em meu coração, bobo e frio. Que mulher incrível e prefeita ela é.
To com uma saudade do frio... De chocolate quente, de dormir uma noite inteira. De me sentir limpa, confortável. De tomar um banho quente, de me cobrir, de dormir abraçadinha...to com saudade do cheiro da chuva, das plantas molhadas, do ar fresco poluído de São Paulo. Quero usar botas!!! (Rsrsrs). Inverno, cadê vc, meu filho????
"O dia amanhece sob uma tênue neblina. É inverno, amor. Os pássaros gorjeiam um silvo arrastado. Eu estou a mercê do frio. E o riso se revela congelado na fotografia".
(Em Sofia búlgara e o tabuleiro da morte - Kelps, GO - GO, 2011)