Frio
Sensações: adoro o súbito frio no estômago que sinto toda fez que lhe vejo chegar.
Do toque das suas mãos me causando calafrios e incendiando os meus desejos.
Do seu olhar convidandoa-me para ser sua.
Das faíscas doces dos teus beijo edo calor do seu corpo que me cobre e aquece, contendo todo frio.
Vivenciando o céu e o inferno na terra percebo pouco se frio ou calor, os estados climáticos do contemporâneo...
Ansiedade é sentir um frio na barriga, no peito uma explosão, o chão fica molhado por uma goteira na mão, um nó na garganta travando a respiração, falta de ar, parece até sufocamento, a mente fica a milhão, um carnaval nos pensamentos, dor muscular, aí você pensa que acabou, mas neste jogo, tudo apenas começou.
O capitalismo só não matou as ovelhas de frio porque lindos cobertores de lã foram negociados com elas mesmas
Como bons seres passionais somos engolidos pelos resquícios do amor, um amor requentado, frio e às vezes gelado; onde o ódio cede lugar para uma nova tentativa, já que teimamos em assoprar uma brasa que queima acesa em nosso íntimo
"Na vastidão árida do deserto, o sol queima as almas e o aço frio das armas decide o destino dos homens."
HAI KAI FELINO
Yang & Yin. Tem conchinha e tem "conchão". No frio, então, o que mais tem é conchinha no colchão. Nossos gatos fazem caracol de conchinha no colchão. Pulsam na mesma respiração. Perfeito equilíbrio da vida. Ar quente que aquece a cama e o pulmão.
SUSPIRO OFEGANTE
Que é saudade sem ter-te? apenas um vão
Dum sentir frio e o vazio sem a face da lua
O desejo sem te ter? Esvaziado na solidão
Emoção que pelo céu a recordação flutua
Passo a passo. O caminho sem ti? Imensidão
Da noite usurpando o dia, grito e agonia nua
Sofrência? Lágrimas, ai! E pranteia o coração
Pra esquecer o encanto, a graça, prenda sua
Que é de meu poetar? Calado e pobrezinho
Sem o teu olhar. São palavras soltas sem lugar
Peregrino solitário, infecundo e sem carinho
Íngreme e pesado fado, sou eu sem instante
Onde o afeto vive perdido e sem poder amar
Na sobra da tristura e num suspiro ofegante!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Maio, 11, 2021, 09’46” – Araguari, MG
NO TRONCO DO IPÊ (soneto)
O ipê resplandece, na sede do inverno
Árido e frio chão, resistir o seu nome
Durar, no estio, que assim o consome
A belicosa árvore, floresce no inferno
Com o tal vigor generoso e fraterno
Pária com honra, se a chuva lhe some
Mingua a água, e, que a vida lhe tome:
A ventura. Ainda é um aparato eterno
Do próprio fel, do cerrado, é proveito
Faz do atravanco, triunfo na desgraça
E ao planalto central marca e respeito
Possui, na rispidez da terra crassa
A própria glória, o seu maior feito:
Florindo em beleza, de pura graça.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Bom mesmo é estar com você em um sábado frio e chuvoso.Quando estamos a sós não há nenhum outro lugar no mundo que eu gostaria de estar, porque o que me faz feliz é estar com você. E nessas tardes frias e chuvosas que estamos junto, poder ouvir sua voz é incrível, e eu sei que quando você terminar de desabafar sobre a semana cansativa e sobre a rigidez do seu chefe, você vai me ouvir e me fazer rir. Mesmo que seja para ficar de pijama o dia inteiro ou apenas dormindo, fazendo planos para quando ficarmos ricos, eu sempre me sinto bem quando estou dentro de um abraço seu. Tudo é mais fácil e mais intenso quando estou com você.