Frio
A natureza livre me fazia e nela me encontrava, não mais perdido no caos social e frio da civilização. Mas como um filho no colo da mãe. Um louco a fugir do mundo viajando leve pela estrada. De encontro a natureza. Para nas matas densas por amor me perder. De tudo que a sociedade de mim rejeitava, a natureza de mim tudo aceitava. Na estrada só busquei por verdade e sinceridade nas almas das pessoas. Era a única coisa que delas exigia... verdade e sinceridade e nada mais.
Não importa quanto tempo passe
Ou qual seja minha idade
Mas sempre vou sentir um frio na barriga
Que parece mas que vai durar uma eternidade
Esse é o poder do primeiro encontro.
Pense antes de se vestir de orgulho, mesmo frio, e jamais pises em alguém, pois, os pés descalços nos espinhos se ferem e, não podem omitir o sangrar.
são 04h, muito frio. há tempos não sabia o que era isso em Ribeirão Preto.
não há gemidos nos apartamentos vizinhos, todos dormem e o silêncio reina. lá fora chuva e um pedido de socorro, rompe com a paz reinante.
uma voz feminina suplica que a deixe; que ela não quer ir, quer ficar ali. em outros momentos, quer ir. mas só! sem a companhia, que nada fala — presumo só acompanhar ao largo, de um lado a outro da calçada.
nenhum carro na rua, nem sons a interromper o capítulo dessa novela. ela chora e ri num desafino descompasso, lembrando talvez mais dos drinks de que a música que a embalou no início da festa, que sabe-se lá como terminou, ou não!
penso em deixar a cama, abrir a Frisa e ir acompanhar o desfecho do romance "frozen in the rain". as cobertas que me acompanham não permitem e me abraçam mais forte de encontro à cama. tento com esse trio aquecer-me para o final da madrugada e colo mais um travesseiro ao ouvido — ajuda também a esquentar —, mas a voz feminina, lá fora teima em reinar. não é um Romeo, Romeo... nem tampouco tomate cru que ela procura na feira — por sinal distante daqui — . e, ela continua a berrar, algumas palavras que se parecem com isto.
milésimos de segundos se passa e seus sapatos começam a dividir com o som da chuva a quebra do silêncio que antes reinava, na pista. uma dança sem música, no asfalto molhado. ele, enfim berra e pede para que ela volte. é então que eu noto a companhia, é um homem.
abri a Frisa, quem sabe para ajudá-la, quem sabe para me devolver o sonho e, aquecer o corpo. vejo que ela não resistiu, preferiu o Romeo. ela aceitou-o e foram em busca dos tomates.
agora sim, o tempo vai esquentar e logo, logo, o sol é quem vem reinar!
Não. Viver sem excesso de encantamento não significa ser frio, pelo contrário, é um exercício de equilíbrio e de controle do desperdício de energia, mas principalmente é minimizar a condição de tolos e cordeiros que somos obrigados a ser para atendermos integralmente as regras emocionais impostas pelo meio uma vez que este padroniza a referência dos sentimentos para ter um parâmetro na hora de separar, na sua visão, os bons dos maus.
*Todo mundo quer ter alguém pra estar pertinho, dividir os sonhos, dividir o frio, alguém que te alegre, alguém que te faça ter medo de o perder, alguém pra proteger, alguém para nos proteger, alguém para se preocupar e perguntar como você está, alguém, todos querem alguém, todos precisam de alguém, poucos sabem, poucos aceitam esse alguém, poucos acham esse alguém. Poucos são esse alguém.*
Ausência,
Vazio,
Um frio na alma,
Uma tristeza sem calma,
Sentir saudade,
Mas, não de verdade,
Como se pode querer o que te maltrata?
Se dar de graça,
Relacionamento unilateral,
Eu te avisei não sou adepta ao tal,
Sua presença é como faca afiada,
Com palavras bem apontadas,
Viceral,
Em fingimento,
Com efeito colateral,
Lamento.
Se eu tivesse meu violão,
Sobre a solidão cantaria,
Como uma noite escura,
Candieiro apagado,
O frio invade o coração,
O corpo,
A Alma,
Meu sobrenome se torna vazio,
O interruptor das idéias,
Foi interrompido,
Não tenho controle,
Apenas derreto,
Em lágrimas,
Em saudade,
Sem chances e sem possibilidades,
A incerteza toma conta,
É uma conta a ser cobrada,
Num mundo sem destino,
Sou clandestino,
Peito aberto,
Tiro da vida,
Sem saída,
Buraco negro,
Solidão.
Sobre Ele
Frio
É desta forma que falarei de ti
Bem sabe que tenho te dado meu afeto
Fui sempre honesta contigo
Te mostrei meu coração
E me entreguei as tuas juras
Me conheceu como nenhum outro
E pude ver teu coração
Sei que não és mau
Tão pouco desprovido de sentimento
Está ferido
Desacreditado
Amargurado
Mas em ti há beleza na alma
Tenho tido paciência contigo
Mas essa tua falta de afeto
Vem me maltratando
E me feito cogitar...
A última carta de amor
Sinto sua falta e as areias sopradas pelo vento frio batem em
meu rosto e acordo com as lembranças.
A chuva fina penetra em meu corpo e penso em seus beijos
tão quentes como ares do Equador.
Meu demônio infernal que arrasta meus dias em desejos
queimantes e fico cega.
Chamá-lo de meu amor é tão vulgar e abstrato e meu pensamento
se dirige a ti de forma tão concreta que sinto e quero sua
presença.
Fica tudo tão distante. Meu corpo, meu desejo, que nem as
cartas cobrem esta ausência.
Dizem que amores não tem corpo, mas do que é feito sua
intensidade sem seus contornos físicos,
perfumes perdidos sem seu cheiro?
E o vento apaga as palavras neste deserto de solidão e gasto
tanta pena e tinta e nem sei se verbos atravessam oceanos e intempéries.
Mas fica a força de meus punhos grafados, para contornar
seu corpo nesta carta.
O primeiro passo foi dado, agora não perca o equilíbrio. Chegará o medo, o frio e o calor, mas com uma dose exagerada de amor tudo vai bem.
Ela é o Sol que faz o meu dia nascer,tira o frio do meu corpo e faz renascer a chama em mim, é a luz no fim do túnel
Eu sou a Lua que ilumina a noite dela,o conforto no frio,o refúgio dos problemas,a luz no escuro,e o outro lado da vida
#Lembranças #de #dias #frios
Na noite que se anuncia...
Em hora que não é mais dia...
Frio intenso, garoa em lenta agonia...
O vento sopra...
Faz a árvore balançar...
Folhas velhas, já quase mortas...
Em meu caminho com poças d'água...
Para eu passar...
Pessoas correm abrindo guarda-chuvas...
O céu escuro vai ficando...
Na voz do pássaro...
Que frio!
Caminho...
Observo a calçada molhada...
Um brilho em toda paisagem...
Um passo atrás do outro...
Tudo isso é belo...
Em festa meu coração...
Espírito cheio de vontade...
Sentimentos sempre me aquecem...
Até a vil traição...
Depois de lágrimas quentes...
Sempre surge em mim o perdão...
Eu me preparo e espero a chuva que há de vir...
Já sinto o vento e o frio que a anuncia...
Sinto mais uma vez o sopro da vida...
No dia que já vai...
Meus passos seguem sozinhos...
Deixo a minha alma encontrar...
Com meu destino ninguém mais se importa...
Tudo vai e vem, tudo vem e vai...
Lembranças doces que escorrem...
Dias que não voltam mais...
#TARDE
Como a solidão sinto esse frio que me invade...
Severa e sem piedade...
Mergulho nessa tristeza profunda...
Que tão só minha alma conhece...
Nessa rua...
Na escuridão que se achega...
Só uma estrela no céu já anuncia...
O término de um longo dia...
Início de uma noite fria...
À sombra do esquecimento...
Meu universo se aflige...
Pranto em belos olhos derramados...
Só...
Abandonado...
Espírito de fogo em cristal aprisionado...
Alma que parece chama fria...
O que será dos meus amanhãs ?
Vivi realmente algum dia?
Oh Deus...
Dai alívio ao mal que estou gemendo...
Tão longe arrevoada de pássaros...
Nem eles...nem ninguém...
Só tu vê meu sofrimento...
Quero sonhar e dormir...
Voar, poder sentir...
Viver de esperança...
Não temer o que está por vir...
E entre os suspiros do vento...
Que eu possa sempre olhar...
E ser o meu maior segredo...
Infinitamente amar...
Transformando esse triste tempo...
Sandro Paschoal Nogueira
Frieza
Frio, todo aquele que se põe em primeiro lugar
Que se dá a mão e os braços para se abraçar
Suficiente de si e de suas ideias.
Que usa a frieza pra congelar o falso amor, e o destrói
Em pedaços impossíveis de serem remendados.
Quando ama
(não só a si),
um novo rotulo precisa-se ser colocado.
afinal quem poderia dizer que o frio suportaria a intensidade oposta?
TODO SEU
Sou cobertor no frio da noite calada,
Sapatos no pedregulho da estrada trilhada.
Sou remédio para sua dor,
Sou seu escudo, manto e protetor.
A beleza das estrelas me intriga,
Engraçadinhos que te olham, quero briga.
O dia me presenteou lindo e ensolarado,
Exibindo seu belo corpo, malhado e molhado.
Curvas perigosas,
Subidas prazerosas.
Posto que é rosa,
Desavisados querem prosa.
Sou todo seu no outono,
E nas outras estações do ano.
Sou todo seu, sem engano! ...
Élcio José Martins