Frio
Sempre que penso em você me dá um frio na barriga,
Tento me aproximar, porém sempre travo, isso me intriga.
Mas como não ficar nervoso,
Quando Deus te desenhou ele estava generoso.
Toda vez que conversamos meu coração acelera,
É como se mais nada houvera.
Te observar me ensinou coisas que nunca aprendi na minha vida,
E penso. Quem sabe um dia você seja mais que só uma amiga🤭
Alívio
Cabeça a mil, coração frio.
Sentimentos a florão.
Saudades no peito alivia.
Mas também me “pira”.
Respiro e insisto.
Sem saber o que fazer.
Não sei se você realmente está tão mal.
Mas minha insegurança e medo me consome.
Eu sempre sei o que fazer e falar.
Mas no final eu sumo.
Sorriso sagaz, troca de olhares lindos e intenso.
A vida me trouxe o êxtase da vida.
Mil amores, nenhum resolvido.
Olho e vejo, a bola de neve que eu fiz.
Busco motivos e motivações.
Para começar meu recomeço.
Palavras ao vento.
Amante do frio.
Preferindo o calor, calor entre nossos corpos.
Aonde as mágoas nos dividem e o amor nos completa.
Você é a mais forte que eu já vi!
Onde eu encontro você?
Já vi que essas letras.
Sai conforme a batida do meu coração.
Que batem quando te vejo sorrir!
Sorriso lindo, guardarei na mente.
Nem o cheiro da melhor flor.
Chega perto do seu!
Será que nessas idas e vindas você vem?
Queria poder cantar para todo mundo ouvir.
O quanto eu tenho de amor para te dar.
Imaginado o tom e a sintonia em harmonia.
E você sendo a harmonia da minha vida.
"Nenhum indivíduo consegue ser frio o bastante para não ter sua gaiola emocional, mas também ninguém consegue ser livre o suficiente para abri-la"
O colapso é que basta para alterar os vultos no terror da alma o frio se torna um tornado nas profundezas...
O vento soprou.
O frio apertou.
Sentado em meio essa pedras, com essa dor.
Respingo de água caiem em meu corpo.
Já não sei mas o que fazer.
O medo se torna maior, pós talvez vou te perder.
Começo a me pergunta o que vou fazer.
Te amo
Feliz ano novo.
Outono é igual meus momentos.
Nem frio, nem calor, apenas instável.
Triste e solitário.
Resquício de um mau sentimento.
Estou tentando superar a dor que está aqui.
Lembro de você nos momentos alheios.
Sinto-me vivo.
Mas muitas vezes não queria.
Aceito e sofro, porém, alegre e feliz.
Mas realmente eu sei que, sou frio.
Agradeço em orações aos amigos que tenho.
Vejo, e percebo o quão fundo estou.
Peço que um dia ela volte.
Mas se não voltar, que eu possa encontrar alguém.
Hoje nesse último texto por ela, deixo meus sentimentos.
Até um dia ela voltar.
E fez-se a primeira noite
E desde a primeira noite, o frio
E fez-se o arrepio e nascem os sonhos
Em algum momento perdido, o calor
Inventando um novo invento
E veio o rio das horas
E veio a demora
Com o tempo que passa depressa a flutuar
E a folha que cai e que vai-se à toa
Ao arrepio da hora boa
E nasceu assim a lembrança
E o medo do fim
Como receio da noite vindoura
E da dor a lição
Assim fez-se a pressa, a que cessa num momento
Que é coisa a aprender-se depressa
A vida que escoa entre os vãos
Mãos vazias que acenam
O sempre olhar pra trás antes da curva
Até o dia de não nunca mais se ver esse olhar
Assim fez-se a madrugada, a alvorada
O outono que chega
A bruxa do tempo que ri só pra si
E assim fez-se a noite e a escuridão
Tão negra quanto o coração que era
Esperar no portão pelos passos que não mais escuto
E assim se fez a última noite
O longo tempo, que afinal
No final se fez tão curto.
Edson Ricardo Paiva.
Tudo que há vida, há um pedaço de Deus. Aquele gatinho que está com fome e frio, é um pedacinho de Deus que está passando fome e frio.
Sinto o frio daqueles que não tem cobertores,
A fome que castiga os menos afortunados,
A angústia da lei decorativa e impedida
de fazer seu dever mesmo se abrir os olhos,
As contrações das mães que perde seus filhos
para a pedra da falsa libertação.
A espera dos que já cansaram de esperar pelo
novo que só ficou na promessa,
As loucuras dos profetas que clamam
tanto por um mundo de paz.
A dor dessa terra que só é explorada
A resistência das tribos indígenas
que só quer o que já é deles por direito.
INSÔNIA
O vento frio da madrugada é testemunha certa do fim. De um lado para o outro me encontro inquieto, pensando sobre a existência. Olhos cansados de toda essa humanidade insolente. E sorriso falso de fingir estar sempre contente com a vida.
A cada linha, uma pausa para reflexão. Escrever poemas sobre a vida que levo, sem dúvidas parece ser tudo em vão.
Se está calor agradável é o vento, se no frio proporfiona sofrimento. Na angústia o amigo por perto, faz ameno o triste momento.
Muita nuvem forma chuva,
Muito vento traz o frio,
As feridas deixam cicatrizes.
A tristeza gera esperança,
A morte traz o luto,
A distância cria saudade.
O amor constrói família,
A solidão causa depressão,
A guerra forja os fortes.
"As folhas do Outono, já davam aquele tom frio, escuro e lúgubre, ao solo do pequeno cemitério da cidade.
Foram poucos, os que apareceram, é verdade.
Mas de pouco adiantava, a presença dos que o conhecia, naqueles momentos de infelicidade.
Alguns transeuntes, paravam para confirmar, se era mesmo realidade.
Uns suspiravam de alívio, por pensar, que a pequena cidade voltaria à sua normalidade.
Outros, vislumbravam o caixão do velho, ao longe, com um misto de desdém e curiosidade.
Houve, também, alguns sorrisos, como se tivessem se livrado de uma praga, livrado a cidade da insanidade.
Não houveram lágrimas, não houvera luto, o que se percebia, era uma certa felicidade.
Ao fitar o velho, em seu eterno descanso, notei um uma expressão de serenidade.
Como se realmente, pela primeira vez em séculos, após uma vida tão tribulada, em seu leito de morte, finalmente descansasse.
Fiquei sabendo, alguns anos mais tarde, que morrera com os seus trinta e três anos, embora, não aparentasse.
As mazelas da vida, a ausência daquela mulher, fizera com que o algoz e inexorável tempo, o maltratasse.
Ela, pelo contrário, era somente três anos mais nova que ele, tinha uma pele que daria inveja a qualquer anjo, parecia, ainda, permear a puberdade.
Seria pecado, até mesmo vislumbrá-la, resolveria com o próprio Deus, o homem impuro, que a tocasse.
Quando no enterro, ela fora vista na cidade, chorando como uma criança, em uma antiga esquina, embaixo de um ipê rosa, que devido a estação, a muito já perdera a sua folhagem.
Narraram-me, posteriori, que foram a seu socorro, tentando afastá-la do pranto, tentaram descobrir qual o mal, acometera à tal beldade.
Ela não quis dizer, enxugou as lágrimas e nunca mais fora vista arrabalde.
Encontrei-a, cantando uma canção melancólica, em um velho teatro, anos mais tarde.
Perguntei-a: '- Não tentarás ser feliz novamente? Ele não iria querer assim, acabarás como ele, mergulhada nas amarguras, nas lembranças, nessa cacimba de insanidade.'.
Ela fitou-me, com aquele negror de olhos, mergulhados em lágrimas, que ela lutava para que nenhuma, se derramasse.
Era inenarrável, o belo e atemorizador rubor, em sua face.
Embalada em tristeza, ela me disse: '- Já fui feliz, hoje, minha felicidade, está enterrada naquele cemitério, com um véu de folhagens; fui feliz naquele casebre, naquela cidade.
- Não valorizei a minha felicidade, abandonei-a, das mulheres, fui a mais covarde.
- Então Deus a levara de mim. Céus! Que maldade!
-Restara-me, apenas, a viuvidade.
- Infelizmente, agora é tarde.'.
Ela saiu aos tropeços e esbarrões; não a segui, não existem palavras de conforto, para a alma presa à uma vã realidade.
Mas ela estava certa, para o desalento de todo aquele que ama, tudo o que dissera, era a verdade.
Hoje, rogo aos céus, para que Deus, dê à alma do velho, descanso e serenidade.
Prostro-me de joelhos, para que Cristo, daquela bela moça, tenha piedade.
E ao cair da noite, me indago sempre: Os amantes jazem nos cemitérios; e os amores, aonde jazem?- EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, O Cemitério da Cidade
Um dia não poderei escrever mais
Meu corpo frio não irá aquecer o teu
E minhas palavras não serão mais ouvidas.
"A Ponte" (Franz Kafka)
Eu estava rígido e frio, era uma ponte estendido sobre um abismo. As pontas dos pés cravadas deste lado, do outro as mãos, eu me prendia firme com os dentes na argila quebradiça. As abas do meu casaco flutuavam pelos meus lados. Na profundeza fazia ruído o gelado riacho de trutas. Nenhum turista se perdia naquela altura intransitável, a ponte ainda não estava assinalada nos mapas. - Assim eu estava estendido e esperava; tinha de esperar. Uma vez erguida, nenhuma ponte pode deixar de ser ponte sem desabar.
Certa vez, era pelo anoitecer - o primeiro, o milésimo, não sei -, meus pensamentos se moviam sempre em confusão e sempre em círculo. Pelo anoitecer no verão o riacho sussurra mais escuro - foi então que ouvi o passo de um homem ! Vinha em direção a mim, a mim. - Estenda-se, ponte, fique em posição, viga sem corrimão, segure aquele que lhe foi confiado. Compense, sem deixar vestígio a insegurança do seu passo, mas, se ele oscilar, faça-se conhecer e como um deus da montanha, atire-o à terra firme.
Ele veio; com a ponta de ferro da bengala deu umas batidas em mim, depois levantou com ela as abas do meu casaco e as pôs em ordem em cima de mim. Passou a ponta por meu cabelo cerrado e provavelmente olhando com ferocidade em torno deixou-a ficar ali longo tempo. Mas depois - eu estava justamente seguindo-o em sonho por montanha e vale - ele saltou com os dois pés sobre o meio do meu corpo. Estremeci numa dor atroz sem compreender nada. Quem era? Uma criança? Um sonho? Um salteador de estrada? Um suicida? Um tentador? Um destruidor? E virei-me para vê-lo. -
Uma ponte que dá voltas ! Eu ainda não tinha me virado e já estava caindo, desabei, já estava rasgado e trespassado pelos cascalhos afiados, que sempre me haviam fitado tão pacificamente da água enfurecida.