Frio
Frio de inverno
Estou vivo ... respirando, ar cortante , frio ,congelante
os movimentos vão cessando ... o coração ainda persiste batendo
Calor , foi ao esquecimento , lembranças de um remoto pensamento
a confiança no incerto tornou-se no habitual , tudo acontece , tudo possível
nada é certo , cada passo um momento e um novo pensamento
Sem rumo , sem destino , apenas com o foco incerto esperando o inevitável
um amor um beijo quente , algo que descongele esse coração que um dia já foi ardente.
Hoje o Vazio me assume
Me perco na escuridão
Sinto um frio que aos poucos me consome
Choro e sofro, dói meu coração...
Inexorável
Há algum tempo não tenho inspiração. Ultimamente o frio tem sido gentil, os ventos uivam sobre mim. O outono e o inverno são meus habitats naturais. Nesta época é quando me sinto mais vivo. O frescor da manhã tem me acariciado, proporcionando novos fluídos em minhas veias. Penso muito no que virá amanhã e não me atento a nada que construiria hoje a realidade dos meus pensamentos futuros. Do que me adianta a diferença do óbvio se me traz à tona o quanto gostaria de ser enraizado da mesmice, a felicidade na ignorância.
Olho pra minha mãe e a invejo. Quanta simplicidade, apesar da vida ter sido dura em sua juventude, vejo em seus olhos uma forma nobre de enxergar a vida. Gostaria de ter herdado seus olhos. No meu coração pulsa a ambição paterna deixada como legado de realizar meus sonhos simplistas que exigem o sacrifício de muitos que amo, por uma questão de moralidade que infesta minha sanidade e cria barreiras impedindo de tomar alguma atitude. Isso eu herdei da minha querida mãe.
Gosto de me agasalhar e ter que cobrir todo o meu corpo quando o sono vem à tona. Sinto palavras emergirem da escuridão violeta no meu quarto, é como se eu ainda enxergasse algo naquele vazio. Minhas pernas tremem ansiando levantarem antes do amanhecer para registrar os absurdos do meu cérebro. Minha paciência está esgotada. Sou o próprio carrasco da alma. Aprisionado em meu próprio circulo.
Sobrevivendo, tentando manter a forma e a respiração no tempo certo. Nunca vi um cego gordo, isso explicaria muita coisa.
Dizem que é o carma. Há muito sobre minhas costas, não acredito em misticismo, mas acho tocante e tenho apreço quando encontro outros que vivem e disseminam suas crenças. Inconscientemente sou responsável pelo veredito de três pobres almas, não basta apenas me infectar, a reação tinha que ser em cadeia?
Qual é a pergunta da sua vida? Mesmo algo simples eu creio que não sou apto pra responder, minhas sílabas são ácidas. Realmente nunca vi um cego gordo, talvez alguém um dia me apresente e isso explicaria muita coisa.
Eu gosto do outono, mas amo o mesmo o inverno, eu me identifico com sua frieza de atingir a todos, mesmo sem ser convidado.
Quando for tempo,
traz teu abraço,
junta-o todo calor
ao meu peito frio,
aquece-o em brasa,
toma dele o coração
que agora revive
para viver no teu.
Sem surpresas, fim.
Aqui está um pouco frio,
Mas não me impede de sair e chorar,
Esta dor que se alojou no interior meu,
Faz questão de a todo momento se apresentar.
Lembro-me então daquele anjo triste,
Das cancões de Renato Russo,
Encostando em seu corpo até que ele caísse,
Como se puxasse-o cada vez mais para o fundo do poço.
Mesmo quando quero sorrir de algo,
Sendo engraçado ou não,
Não riu, não posso ser salvo,
Já fez sua morada em meu coração.
Queria me despedir com gloria e honra,
Para deixar saudades e também lembranças,
Mas hoje sou a sombra das sombras,
Nada que se tenha orgulho ou espelhe esperança.
Nem sei qual o momento em que fiquei assim,
Nas carrego comigo uma única certeza,
Já não importa se vivo, morto ou afim,
A conclusão desta história para ninguém será surpresa.
"PASTOR"
Repousa o cego perdido por culpa merecida
Geme de frio, suspira, suspira a saudade
Chora, chora a chuva toda a sua vaidade
Agua corrente entre seixos de ervas sombrias
Pensamento atroz, desmontado de palavras
Cansaço nas pálpebras, no vale das flores
Enjeitadas, vestidas de lindas cores no monte
Fortaleza de terra fértil, colhidas no tempo
Ardendo, queimando como se carne viva fosse
Levanta-se o vento, onde pasmo, tremo e desfaleço
Daquele amor inocente de olhos tapados, vendados
Divino entre o céu e a terra, do teu tempo encantado
Como um lindo pássaro doce canta uma melodia
Serra dura do homem pastor, amigo da mãe natureza
Alma acesa rodeada de fogo, do entardecer que me foge
No momento mais puro e seguro, amor fraco no peito
Dor no escombros, frio da guerra vivida talvez esquecida
Mente sã, corpo termo ferido, mar morto, em fim de vida
Pecados seus, lembranças suas, tão firmes de esperança
Dores estranhas rasgadas em lágrimas, banhadas de confiança
Onde as mãos brandas estão cegas de miseras, cercadas.
Então não desista,
não ceda ao medo.
Mesmo que o frio
e o calor queime seu copo,
sua pele.
Escale sua montanha,
não meça a distância.
Não conte os dias,
nem as horas.
“veja o sol se por”.!!
PENSAMENTO
PENSO NELA
E SINTO UM FRIO NA BARRIGA.
DAQUELES QUE A GENTE SENTE
QUANDO ESTÁ EM QUEDA LIVRE.
ACHO QUE ESTOU CAÍ(N)DO POR ELA.
Sabe quando faz sol, vejo voce,
Quando faz frio, sinto voce,
Quando é tarde sinto saudades,
E quando amanhece, aí que saudades!
Um pouco de transparência
Longas patas de verdades
Um fundo para decoração
Chão frio...
O velho instrumento em sua perfeição
E o silêncio do pergaminho.
A esfera gelada,
O cabelo comprido...
No longo caminho
'Safira" a cobra peregrina
Na estrada
Atropelada.
Por Kadu Costa - Anos 90
Alguma novidade no plantio?
Depois que se rega, cultiva, cuida, protege do calor e frio excessivo, arranca as ervas daninhas, só resta esperar brotar, florir, dar frutos.
É...
Às vezes cansa esperar um "eu te amo".
Será mesmo que funciona como disse o eterno Exupéry que, "O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca"?
Pois é.
Vejo que no meu plantio, não sou imortal.
COMPLEXO INDÔMITO
Não reconheço mais a ponte...
Nem a dimensão dos sinais
Translocados no frio
Permeado em meus ossos,
Instalado no estalo
Dos dedos, dos passos
Trôpegos nas ruas anuviadas.
A razão estoura seus desígnios
Em poça d'água lamacenta,
Resvalando a placa de saída
Que insinua-se descaradamente...
Mas você não vê!
Não entende!
Não crê!
Desfaz asas de papel
Em chuva de sentenças
Inexistentes.
Tua carranca imersa
Em teimosia,
Prefere ladrar em campo abstruso,
Ignorando anseios
Em minhas mãos estendidas.
O lago congelou...
Travas enferrujaram
Tantas flores secaram...
A árvore renegou o fruto!
Um borrão consolidou o nada...
O silêncio castiga os isolados.
Pessoas temerosas se encondem
Do bicho homem,
Em suas cadeias residenciais.
Somente os lobos avançam...
Tomam de assalto a cidade,
Buscando sangue para
Grafar heresias em muros calcificados.
E você...
Preso a insistência de morar no escuro,
Tropeçando em musgos e raízes
Remotas da natureza esquecida.
No vórtice de palavras,
Tudo que sinto é exposto,
Como se pudesse abarcar
Teu inextricável oculto.
Sentimentos enclausurados
Nos cacos da noite,
Transitórios em teus olhos duros
Relutam - lutam - relutam!
Todos os augúrios da língua,
Sumida a sombra
De demônios despertos,
Agigantados ao som da meia-noite,
Tentam me afugentar
Diuturnamente.
Eu não temo!...
Não vou recuar!
Conheço bem a essência
Embutida as defesas
De tua casca dura,
Posso ler as entrelinhas doridas
Nos lábios sombrios, confusos
No riso forçado, intermitente.
Enxergo perfeitamente
A flor branda no esmalte
Dos teus dentes.
Vou sentir frio a noite e o mais certo é não te dizer, porque tenho esta mania de falar calado, falar com as teclas, falar com as palavras.
JANELA 707
Em um dia comum...
Em um lugar comum...
Em um caminho comum...
Um dia frio...
Soneto de uma nota só
FÁ é nota.
Caminho lento...
Meu caminho...
Olhar a frente...
Contido...
A procura da Vida.
Em meio a lembranças
Me pego a pensar...
Um coração no papel...
Quente... que bate ardente.
Na espera de vê-la.
Num segundo te encontro.
Em um quadrado de luz.
Pronto...
Passo... guardo... e arquivo.
Tive a visão mas bela.
Nesse quadrado chamado janela.
Um beijo de forma singela
Aquece todo meu ser.
Me lembro a cada momento
Do beijo jogado ao vento
Que meu coração acolheu
Da janela 707
Sua figura não sai.
Pra Vida que tanto amo.
Este poema é que vai.
Pensemos:
Dias, lugares, caminhos.
Podem ser comuns, mas podem deixar de ser.
Se neles há alguém que nos valha a pena.
Como a Vida é bela!!!
Não posso.
Frio na barriga
Pensamentos distantes
Sorrisos bobos
Olhares vazios
E como se eu quisesse negar a mim...
E como se eu fugisse dos meus pensamentos
Olho pro nada e imagino tudo...
Um suspiro seguido de um sorriso sem motivo estampa meu rosto
E inquietante como olho pro celular varias vezes
E como se eu esperasse algo
E realmente espero...
Coração coração tu és traiçoeiro
Preciso arrancar-te de mim
O coração é enganoso por isso não posso...
Não posso...
Chora o murmúrio do rio,
gelado e frio sem coração,
oiço as mulheres que lavam,a roupa no rio,
choram de saudade,de amor e paixão,
com as saudades das noites quentes,
e frias que faziam amor,
e agora sentem o vazio no seu coração.
Os homens que chegam a noite,já consulados,
adormecem sem saberem,o calor da paixão,
que as suas mulheres,os esperam com saudade e amor,
eles esqueceram que o calor da suas casas,
é sempre melhor,que um corpo gelado,
vazio,sem amor ou paixão.
La está o murmúrio do rio que chora e geme,
de frio sem amor ou paixão,
onde matamos a sede do corpo,da alma,
da nossa razão,corre rio,frio e gelado,vazio,
sem as lembranças,dos aromas perdidos,
choram as mulheres de saudades do perfume das flores!
Frio na barriga,
Pensamento longe,
Coração acelera,
A pele arrepia,
Algo acontece,
Os sentidos, já não fazem sentido,
O que eu quero, é você,
A vontade é abraçar,
O desejo é de ti beijar,
Línguas, suspiros, respiros,
Gemidos e suor,
Tudo dentro,
Eu quero mais de você,
Sempre.