Frio
Confissões de uma menina que não gosta
Não gosto do frio
Não gosto do quente
Não gosto do alívio e nem tampouco gosto da dor
Não gosto do egoísmo e, nem por isso, gosto do amor
Não gosto de criança - crianças nunca se cansam
Não gosto da velhice - velhos são chatos, tão donos da verdade e tão fatigados
Não gosto do beijo
Não gosto do abraço
Mas gosto muito menos do regaço
Não gosto e quem canta e seus males espanta
Não gosto de quem dança,
Pois não gosto de festa
A música não me interessa
Pra que serve o prazer?
Só serve pra entreter
Não gosto de quem sonha
Nem da tragédia medonha
Não gosto de quem perde
Também não gosto de ganha
Não gosto de menina assanhada
Também não gosto de menina acanhada
Não gosto de gente que bebe
Não gosto de gente que fuma
Não de coisa nenhuma
Não gosto de quem gosta de tudo
Também não gosto de quem não gosta de nada
Não gosto de mim
Não gosto de quem gosta de mim
Também não gosto de quem de mim não gosta
Não gosto do não
Não gosto do fim
Não gosto do afeto
Prefiro a desdém
Não gosto do medo
Não gosto do apego
Não gosto do apelo
Também não gosto de apelido
Não gosto do mocinho
Também não gosto do bandido
Tenho medo de ambos
Mas não gosto de ter medo
Não gosto de ser cedo
Também não gosto de ser tarde
Não gosto do ócio
Não me arramo em nenhum negócio
Não gosto de ter sócio
Não gosto do tédio
Não gosto de remédio
Não gosto de estar vivo
Não me sinto à vontade
Não gosto de gente melosa
Não gosto de gente melindrosa
E nem de gente meticulosa
Também não gosto de gente sem prosa
Não gosto de gente desnuda
Não gosto que me deixem de saia justa
Não gosto que me deixem de lado
Mas sou alérgica ao afago
Não gosto de ser o centro das atenções
Não gosto de gente bonita
Mas não cultuo a feiura
Não gosto de sair
Mas não gosto de ficar
Não gosto de gente metida
Não gosto de gente atrevida
Não gosto de gente sofrida
Não gosto de gente arredia
Não gosto da noite
Não gosto do dia
Vai que um um dia eu goste e goste de gostar...
Chuva, café e um clima frio nos primeiros dias do mês. O pensamento vai longe. Conto os pingos que caem e se amontoam na janela do quarto. Nenhum desses pingos é igual, penso eu com os meus botões. Ser igual para que mesmo?
As grades da janela transmitem a estranha sensação de aprisionamento. Mas nem as grades, nem a sensação estranha e nem a tarde chuvosa e fria conseguem conter os pensamentos que, livres por natureza, correm de encontro ao que me faz bem.
Os dias têm sido intermináveis e rotineiros. Os afazeres e os compromissos me consomem. Os problemas diários também. Não tem para onde correr. Tem que ficar e resolver. Mas ai de mim ou de nós, meros mortais, se não existissem as lembranças e a capacidade de nos transportar aos momentos que nos preenchem e que, em dias chuvosos e frios como os de hoje, nos fazem carinhos na alma.
A sensação de bem estar vem com um dia de sol. Uma simples espera por um café na padaria. Mas não é qualquer café. Tem o café, os carros passando, e a moça que passa com o filho logo cedo, e aquele senhor que não tem dias cheios, mas que, mesmo assim, passa apressadamente para algo ou para alguém. Peço um suco, e fico admirando as pessoas que vem e vão. E de repente, meu café da manhã se transforma em risos e sorrisos. E o vazio preenchido.
Eu gosto de tomar o tal café na padaria. E gosto de andar pela rua como se ela fosse somente nossa. Gosto de almoçar no mesmo lugar e dizer que eu não sei cozinhar aquela comida. Gosto de ouvir você falando e fazendo planos. E eu me dou conta de que eu quero ouvir você falando e fazendo planos, em todos os almoços em que eu puder te ver comendo e falando ao telefone ao mesmo tempo.
Eu quero o café. O almoço. E a tarde de sol na praia. Eu quero mãos dadas. Eu quero te olhar e pensar que você é uma criança grande e descobrir que, apesar de tanta escuridão e confusão que teimam em nublar os meus dias, você ainda é aquele dia de sol que me acompanha e aquece a alma.
Inverno frio chega de mansinho
manhãs ensolaradas de ventos suaves.
Noites melancólicas, voam em pensamentos
procuram um momento, uma lembrança.
Essência de amor, ausência de dor
alma que se desnuda diante da paixão.
Quatro paredes quentes, doces de ternura
adorno dos teus beijos, mimos e sorrisos.
Adormeço no dias longos, horas lentas
como um rio que transborda de agonia.!!!
" 'O mais de nós mesmos' ,onde ele estará?Procurei no vento ele me trouxe o frio , procurei na música ela me trouxe arrepio, fui em busca de ser quem não era eu , me permiti sair de mim para esquecer a dor , desafiei aquilo que eu temia ser um horror, da mesma forma me arrependi , está parada ou em movimento não mudou em nada, porque o nada quis ser meu amigo não tive opção , ele me obrigou e me prendeu de uma forma tão alusiva que não era eu. O mais de mim foi levado ,entende? Só tenho de vago um coração e mil mentes ,sei que sentir algo é melhor do que não sentir nada, o nada é vazio , e o vazio é um nada , onde estará o melhor de mim meu caro poeta?Estou acabada! Meu coração se turbou e nesse arrodeio sumiu , nessa fase tão precária que tenho que viver , pois estou viva eu sei ,mas existe vontade de morrer."
"E você chegou assim tao de repente;
Mexeu comigo e minha mente.
Me tirou o frio, me deixou quente.
Solene, quão sorridente;
Tirando a dor de dente;
Que dói igual ao que sente a dor de um amor efervescente"
MADRUGADA
Fábio P. Oliveira
O vento frio entra pela janela
Lá fora barulhos de carros rasgam a madrugada...
O silêncio fala outra vez
E se mostra em doces palavras
Meu coração não bate como batia antes...
Não vejo sorrisos
Não sinto o amor
Só as lagrimas me consolam...
Meu olhar é distante
Tento procurar no vazio algo
Minha respiração está lenta...
Inspiro o ar gelado da madrugada
Sinto meus pulmões se enxerem
Fecho os olhos e solto o ar lentamente...
Abro os olhos
Vejo Izadora sorrir dizendo oi!
Ela fala de um amor desaparecido e da sua grande alegria em poder ver eu outra vez...
O relógio nesse momento é nosso inimigo
Estamos sendo conduzidos pelo vento do silencio das doces palavras!
Nossa fé, quão fraca! Nosso amor, quão frio! Nossas obras, quão poucas! Nosso zelo, quão pequeno! Nossa paciência, quão curta! Nossa auto-negação, quão ínfima! Nosso conhecimento, quão obscuro! Nossa espiritualidade, quão rasa! Nossas orações, quão formais! Nosso desejo por mais graça, quão débil! Nunca o mais sábio dos homens disse tão sabiamente do que quando ele disse que, "não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e nunca peque" (Eclesiastes 7:20). Disse o apóstolo Tiago que, "todos tropeçamos em muitas coisas" (Tiago 3:2).
E o calor quando bate ao te ver? intenso, quente e frio... impreciso e misterioso, é uma sensação que digamos que não seja 8/80 e sim uma ocilação de tudo que tu sente no momento.
SEM AVISO
O Vento assobia.
Chove sem parar..
O frio corta a pele.
A saudade chega sem avisar.
Um calafrio me toma inteira.
Sinto suas mãos em mim deslizar.
Como te amo.Como te quero.
Que vontade de te procurar!!!
VIDA QUEM ME DERA
Faz frio...
Sinto falta do seu calor.
Ah, quem me dera ter você de volta
Enroscado em meu abraço,
Acariciar seu rosto
E sem palavras te falar do meu amor.
Vida, quem me dera!!!!
O frio na alma me atingia.
Dentre as lágrimas, soluços e incertezas de uma criança de sete anos, vi que nada poderia fazer.
Era sozinho no mundo.
Sem esperar, de repente, em meio às absorções constantes do nariz, veio também um aroma de baunilha que me inebriou os sentidos.
Tomado pelos sentidos, junto uma voz rompe o silêncio fúnebre em meio aos soluços, dizendo:
-Não fica assim, não chora, vai dar certo!
Ao me deparar com a fonte da voz, fui tomado por um afago angelical e um olhar de ternura eternal.
Era uma resposta aos meus anseios mais íntimos da alma?
Vinte e dois anos depois, a mesma cena, os mesmos personagens, o mesmo medo, as mesmas palavras fizeram ecoar a minha existência.
Descobri que há 22 anos um Lírio se fez vida em mim, descobri que a partir dali, os seus olhos iluminam as partes mais escuras do meu ser, descobri que os seus risos soam como a melhor das músicas proferida por seres perfeitos.
O Lírio se fez vida, sem o Lírio, nada do que aqui existe poderia ser revelado.
Ainda tento cair no mesmo sono para que o sonho volte a acontecer e me depare com um jardim com o Lírio que eu possa cuidar e ser o motivo da minha existência plena.
No solidão do meu quarto,
Sinto um frio dentro de mim,
Não sei mais o que eu faço,
Tento fugir dos outros e de mim...
Vivo como Deus quer,
Nesse mundo de "loucos"
Vou pra lua sempre com meus delírios,
Vivo sorrindo e chorando como todos os "loucos"
Sou igual a você,
vivemos no mesmo mundo,
Com diferenças que nós mesmos vemos....
Sou igual a todos
Independente de tudo e de todos somos iguais,
Na RAÇA, RELIGIÃO, COR E OPÇÃO..............
Corro! Tento alcançar um destino, na qual não sei bem qual é. Olho o lago frio que ali está. Olhar o lago, congelado, parece ver meu coração. Olhar o lago, assim tão só, parece ver-me.
Eu não sou. Não me venha com meio termo; hora sou quente, hora sou frio, mas nunca morno. Eu não gosto de coisas mornas. Tudo que é morno me incomoda; Ou você me ama ou me odeia que não fique no meio termo, é pouco demais pra mim.
O que é o amor afinal ?um frio de bariga que se tem quando ser ver uma pessoa ou quando apenas se pensa ,amor é ficar acordado ate tarde pensando em alguem ? ou quando seus olhos brilham do nada quando ate mesmo se fala o nome dessa pessoa ,se isso for amor ! .Acho que estou amando !Lucas Guimaraes as 01;33 da madrugada do dia 23/04/2011
Praia de Jacarapé
Abro uma garrafa de Vinho às outras mergulho no Rio frio.
Não possuo intimidade com o Mar de Inverno, não aquela que ser cria com o tato...
Fico intimidado por suas águas cinzas, frias...
Sua Mística Sombria possui uma Sensualidade que é captada apenas pelo medo!
O Mangue que me observa de boca aberta em min desperta uma estranha sensação em comunhão com esse sentimento transformo palavras em ungüento para aqueles lazarentos que nos corpos levam as chagas da Solidão!