Frio
O amor de fábulas e o amor verdadeiro
Entre o verão e o inferno, o frio é o melhor para aquecer o coração;
E no agosto de Deus me deparei com o sentimento de devoção;
Pois em épocas frias e voláteis, as emoções falam alto, porém o que reina é a vida;
O sentimento foi surpreso, foi belo, foi imenso, foi estrondoso;
Pois foi na primavera que conheci o mais belo dos sentimentos, o amor;
Ele veio cheio de carinho, de afeto e de uma verdadeira compaixão;
Mas no final da primavera tive a surpreendente infecção da dor do amor;
Mas as palavras do amor me confortaram em acreditar que aquilo era verdadeiro;
E no início do verão tive as mais belas passagens da vida humana;
Porém no meio do verão me surpreendi com as mentiras e as façanhas do amor;
A cilada do outono tomou conta do meu coração e vivencie somente os contos;
E o belo do amor se transformou em fábulas antes do meu nascimento;
Pois após meu nascimento a fábula se acabou e mundo caiu para amor;
Hoje o amor de fábulas busca diversos amores para o vazio do seu coração;
Sabe-se bem, que o amor de fábulas não sobreviverá as suas ações;
Sem que o universo cobre do amor de fábulas todas as estações que ele levou bruscamente;
Pois o amor de fábulas não teve a responsabilidade com o verdadeiro amor.
Imensidão de vazio
Tudo aqui é tão frio
Dentro dessa tempestade
Que aparece sempre e não me deixa ir
Respiro aliviada
Porque sei que nada dura
Preciso reerguer de novo
Tudo que eu destruí
Eu fico aqui pensando
Ouvindo o meu silêncio
Que me faz sentir
A força refletida em mim
Nada me faz desistir
E mesmo longe eu vou buscar
O que é meu
Depois de tudo que eu vivi
Sei que posso ser feliz
E mesmo longe eu vou buscar
O que é meu
A carruagem
Tomou para si
Num intrépido frio gelado
Em meio ao sol do verão
E que só se sente na alma
Devolvemos a matéria
De um pedaço de nós
Perdemos o abraço
Do menino do sorriso largo
Agitador de várias paradas
Levado, mas sempre educado
Fez a gente perder a linha
E passar a noite acordado
Deixou-lhe o sopro da vida
No berço dos excluídos
Onde a mãe chora e a vó que ora
Vê seu mundo perdido
O fel amargo da perda
Estampa em cada rosto
A dor e o desgosto
De despedir-se do menino Léo
De madrugada tudo sempre faz tanto tempo..
Eu sou um vazio, morrendo por dentro...
Como um dia frio, cinzento
De madrugada tudo sempre é desalento.
Acordei mais cedo e senti o vento mais frio
Olhei pela janela, as flores mesmo vivas estavam tristes
Não consegui mexer o corpo, hesitei em falar
Busquei apoio no outro corpo que me acompanhara
-Me surpreendi-
A ausência do outro me deixou mais tenso
Não havia sol, tudo era uma silêncio
Ainda enrolado aos panos que não tinham serventia
Sem que aquele outro corpo me aquecesse
Consegui me levantar, sentei à vista da janela
De longe avistei aquele corpo tímido
Com toda delicadeza a cada passo
Senti um alívio, como nunca havia sentindo
Mas percebi que minha calmaria depende do bem-estar de outro corpo
É... Então este é o crime do amor, não podemos resistir.
Mãe, tento não pensar sobre a nova casa que abriga o teu corpo, lugar frio, pequeno e sem quem mais amava, nós os seus filhos, solidão Mãe, tem seu nome e sobrenome.
O BANCO
O céu era claro, nem nuvens mostrava
o infinito chamava os idos passados
o vento frio soprava, o outono findava ...
O olhar alheado assistia o tudo e o nada
o bem-te-vi pipiava seus cantos rimados
e no leque das asas alçou seu voo rasteiro.
Meu olhar deliu-se no distante horizonte
o silêncio soturno expressou a cruel solidão
restou-me a saudade, folhas secas ao chão!
Estações
No tiquetaquear deste frio inverno
dormitam as sementes de uma canção.
Bate tranquilamente meu coração.
Está ele acostumado ao passar das estações.
Logo tudo mudará
A terra deste frio indomável se esquecerá.
De flores a terra se encherá
Melodiosa e perfumada a minha vida de novo será.
Primavera com suas folhas verdes...
Todas quase no mesmo tom...
Ânsias tardias se descongelam
Auroras perfumadas...
... aquecem-se os corações.
Nas manhãs de inverno
O amor vem vislumbrar
No calor humano
Os dias frios atenuar
Os dias frios atenuar
No teu abraço que aquece
Juntinho de você vou ficar
E o coração adormece
E o coração adormece
Numa noite de luar
E a alma adoce
Até um novo sol raiar
Até um novo sol raiar
No desabrochar das flores
E o amor emanar
De todas as cores
De todas as cores
O mundo colorir
Curar as dores
E de amor te cobrir
@zeni.poeta
VOO LIVRE
Meu coração está batendo
Na decolagem, frio na barriga
No pouso, o gosto da futura e triste despedida
As palavras cessam
Papel e lápis são meus refúgios
Meu coração está batendo
de vontade do abraço,
de imaginar o sabor do beijo,
pelo fugaz encontro dos olhos
Meu coração está batendo
no silêncio, junto,
no sorriso largo,
no voo livre
Será possível um voo livre?
Livre de julgamentos
Sorrisos livres
Livres olhares
Livres do medo e do mundo
Aqui em cima, só nos dois
Será você livre somente quando voa?
Seus olhos me revelam sua sede de encontrar a liberdade nos meus cabelos
Suas mãos me parecem conhecidas
Sua voz reconhece a minha,
de onde?
Meu coração dispara
Nas nuvens, me deixo conhecer
Em pleno ar, respiro você com suas indignações
No solo, um adeus sem até breve
Meu coração para
Não olho pra trás
Não conseguiria partir
Atiraria-me em seus olhos de mar
Profundos demais
Nesse mar, não posso nadar
Do lado de fora, carros, buzinas, luzes e vozes me confundem os sentidos
De volta, em terra firme
Meu coração volta a bater
Voo livre tem dessas coisas
Mãos suadas, vontade de mais, assuntos inacabados e tempo que voa
Voa livre
Sombra
Eu estava tão sozinho
Como alguém isolado
E que sente muito frio
Mas você chegou como um sol
Iluminou a minha madrugada
E fez pra mim um novo dia
Eu não queria nunca te perder
Você não fez valer
Mas você era só uma sombra
Da realidade espiritual
O sol queimou minha pele
Tudo em excesso prejudica
Com exceção de uma coisa
A dedicação piedosa
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Autor: Edson Felix
Data: 24/02/2021
quando fui demostrar sentimento
Me magoaram e me fez entender
O porquê fui frio por muito tempo.
Me mato por dentro e tiro o sorriso
que transbordava por fora.
Sem o amor, o tecido emocional da vida se tornaria mais frio e árido. O amor é a cola que une as experiências humanas, proporcionando calor e significado às interações. Na ausência desse sentimento, as conexões perderiam sua profundidade, e a vida seria uma jornada mais solitária e desprovida de empatia. O amor é uma força que inspira a compaixão, a generosidade e a compreensão mútua, moldando as relações e colorindo a existência com tonalidades de afeto. Em sua falta, o mundo seria um lugar mais desolado, carente da riqueza que o amor traz à complexidade da experiência humana.