Frio
Pensar, relembrar você é meu sossego,
Ainda guardo aquele surrado pelego,
Em que nós dois com frio se deitava,
E da maneira em a gente se amava,
Naquele imenso e escuro galpão,
Onde as brasas do fogão,
Se misturava ao calor da paixão,
Num amplo reduto de prazer,
Onde fazíamos amor em noites frias,
Onde podíamos, gritar, chorar e gemer,
Realizando todas as nossas fantasias.
Gosto do frio de janeiro,
do vento tímido de fevereiro.
Gosto da mão que me afaga no escuro
E da boca gostosa que furtou meu beijo.
ar frio no coração
soneto de tristeza
esquecimento...
seja um portal
sempre desvinculado...
dor sem valor,
sentido desnuda
apos todos sonhos mortos,
momentos pesados,
porque tudo sempre
soa assim...
desespero infinito
num copo de absinto,
só mais uma magoa...
em todos ressentimentos
trevas num momento,
a opressão desnuda,
se da mais e mais
sem palavras...
solidão se transforma
em puro doce veneno que
deixa melhor
nos horizontes
sendo tudo translucido
amor fervendo
maldizente sobre o além...
cada dor
num espasmo...
diluvio sem questão...
morte de todos sentimentos...
desfigurado,
processo atroz,
doença que se expressa,
no mar de cinquenta cores de cinza,
absoluta ador...
para aquele que tenha afinidade,
infecção da alma,
parente da morte,
reféns do tempo,
conselhos amargos,
fel sem sentido.
primor máximo
nos ares da escuridão...
sussurros minha alma...
um pedaço de pão.
tristeza frieza do teu coração.
No frio desse apartamento
As dores se acumulam pelos cantos
Mas a maior dor
ainda canta nos meus cantos
Te perdi de repente
e sem nem despedida
da gente
nos separamos
nos amamos
para sempre
Queria te ter no meus passos
Sentir a força dos teus braços
chegar em casa
poder mergulhar em teus abraços
Mas não pude
pois depois daquele dia
que no meu colo você se ia
O destino me ilude
Mãe
aqui tudo se ajeita
nenhum dia foi direito
mas a vida se endireita
SOFRIDÃO
(Poesia Contínua)
...acuda-me com seus carinhos.
Sem seus abraços só sinto frio
Aqueça-me da solidão
...solidão que me angustia.
“Sofridão” que torna tão vazio
Os anais do meu coração
Vou morrer em lentidão
PENSAMENTO DO DIA SEGUINTE
A Escuridão da noite invade a alma, o frio da madrugada gela os ossos e o orvalho da noite teima em correr pelos olhos. Agora 5 horas da manhã e o sono que não chega, somente a sensação de perda e vazio rasgando o peito e a solidão fazendo companhia.
Finalmente o dia amanhece me dizendo que não tem jeito que a vida continua, independente do que eu fizer o tempo vai passar. Se eu ficar um ano dormindo ou preferir viver intensamente, de toda forma mais um ano terá se passado, se optar por viver intensamente terei na memoria a lembrança deste ano.
Hoje o dia amanheceu todo triste e nublado e eu queria espalhar um pouco de poesia nele para fazer o sol aparecer, porque mesmo em dias nublados o sol brilha sobre as nuvens, mas sei que mesmo com o sol brilhando eu vou me sentir triste e vazia e meu dia ainda permanecerá nublado, provavelmente o meu peito entre em um longo e frio inverno, tenho que entender e respeitar a sua decisão, aceitar não.
Dizem que o tempo resolve tudo, pois tudo é passageiro, inclusive a vida.
Prefiro me arrepender pelo que fiz e não pelo que deixei de fazer, apreendi que com o tempo as prioridades mudam, as pessoas mudam, que coisas que eram importantes de repente nem é tão importante assim e que algumas coisas banais, como:
Bom dia, olá como você está?
Como foi o seu dia?
Quero estar com você hoje!
Estou com saudades!
Só te liguei para dizer oi, ouvir a sua voz!
Fazem muita falta.
É melhor espalhar as sementes ao vento do que jogá-las no fogo, no vento alguma poderá cair em algum terreno fértil e ter a chance de germinar no fogo elas jamais viverão.
Talvez todas as palavras sejam inúteis porque não têm força de expressar a densidade das nuvens na minha alma e nem mesmo o vazio da falta de oportunidade que quero gritar.
Existe uma diferença em duas frases.
Eu não quero.
Eu não posso.
Enquanto uma demonstra uma decisão de não querer, a outra demonstra uma submissão à situação.
Tem perguntas que ao ouvir como resposta, eu não posso, melhor aceitar como se tivesse ouvido eu não quero, porque existe uma linha tão fina entre querer é poder. Porque quando você quer, você pode, quando você não pode é porque você também não quer. E toda decisão é soberana. Pense nisto.
Me preocupava com os outros, mesmo que indiretamente; Talvez devesse eu ser mais frio e egoísta, ainda que não sendo de minha natureza, para minha própria proteção; Mas agora estou mudando, não que isto esteja me corrompendo; Percebi minhas falhas, imperfeições e vulnerabilidades, estou me fortalecendo daquilo que à tempos me tirava as forças.
E quando o dia frio findava
Com água morna
os pés a gente lavava...
Perto do fogão à lenha
com todos se ajuntava
Esperando pela sopa
que nossa mãe preparava...
mel - ((*_*))
Sinto algo revirar no meu estômago. Principalmente quando te vejo. Esse maldito frio na barriga. É como um medo. Parecido com a primeira vez que andei de montanha russa.
Meu violão
Você diz que eu sou frio
e não sou romantico
mas um dia eu vou aprender
tocar um violão
Você fala que eu sou duro
num tenho emprego
mas vou ganhar muito dinheiro
com o meu violão
Desse jeito eu posso ti cantar
pra ti tocar e desalinhar
seu coração
tocando violão
A segunda acabando
O frio aumentando
A agonia apertando
A coragem me deixando
Em milagre não acreditando
Estou “cagando e andando”...
Mas a terça nos apetece
O frio esmaece
Que a agonia cesse
A coragem reaparece
Até a tarde o milagre não acontece
E novamente anoitece...
Previsão para a quarta, carece?
Ainda lembro-me do meu primeiro beijo, do frio que estava sentindo, minhas carnes tremiam, meus lábios batiam de nervosismo, lembro-me da minha inocência que foi “brutalmente” perdida. Lembro-me de detalhes ocorrido, alguns esquecidos. Lembro-me por vezes que chorei por cada palavra dita que me magoou, e palavras que fizeram magoar outrem, por vezes briguei, esperneei, gritei, sorri e no fim chorei. Detalhes vêm e vão, mas sempre são essenciais. Sinto-me acalentada pela solidão de tudo que passo. Às vezes sinto-me sem chão, me sinto-me só, pois meu pensar ninguém entende e mais uma vez a solidão vem. E fica no meu pensamento as lembranças de tudo que me faz afugentar do quão solitário sou.
É preciso lembrar a essas pessoas que frio somente o tempo. Alguns também estão deixando o coração...
Permaneço deitado no chão frio, descongelando comidas prontas, bebendo destilados e fumando cigarros baratos. Por que agosto me dilacera? Tenho medo dos sinônimos e das mãos quentes sobre estas nuvens vazias. Há um foco de luz divino sobre o seu rosto na sala de estar que me faz ficar te olhando até a cegueira sair pela porta dos fundos. Seus argumentos soam em tom de acusação, como se quisesse encontrar motivos para justificar a razão da qual ainda estou aqui. A chuva já não acalma a ira do cotidiano e um abraço não resolve o inferno que se instalou entre nós. Não me diga palavras de dicionário, fale apenas o que preciso ouvir e seguir. Talvez eu queira que isso tudo aconteça e assim me libertar das minhas próprias escolhas. Então eu danço e transpiro amor próprio pelos poros e pelos, eu senti outro lábio sobre o meu e foi tão divertido, houve amnésia temporária. Não ando negando que você ficou no passado, pois, o seu cheiro me remete ao presente e creio que os sentimentos se transformam surpreendentemente, porque, já o deixo ir e ser feliz mesmo sem mim.
