Frio
Sonhei que você me dizia que enquanto eu estava lá fora com frio, o calor do seu amor me esquentava. Quando deitei para dormir, mergulhei de cabeça em seu oceano de emoções, onde pude me envolver na quentura ao luar de uma fogueira da paixão, como num teatro onde os atores vivem um eterno amor, escrito por um romancista eternamente apaixonado por você...
Apaixonar ... essa palavra pra mim da frio na barriga, sentimento de medo! Esse sentimento é tão assustador e ao mesmo tempo da um sentimento de alegria! É tão estranho você sentir ''amor'' por uma pessoa, quer dizer como conseguir ficar calma sentindo uma vontade de beijar, abraçar e está do lado de uma pessoa o tempo inteiro!? Eu não nasci pra me apaixonar... isso é tão mágico que acaba sendo estranho.!
Obituário
Lacrado.
Ali jaz o amor
E aqui jaz o frio.
Cerrado.
Aqui jaz a dor
E ali jaz o brio.
E com minhas lágrimas se vai assim...
Faleceu ontem mais uma parte de mim.
"E, pela primeira vez, eu senti frio em Teresina”. Eram suas palavras tristonhas e carregadas de dor. Meu amigo Jorge, vinte e nove anos, padre, estava aos prantos. Chorava pela perda da mãe como uma criança. Eu, parado, quieto no meu canto, procurava palavras para confortá-lo. Mas da minha boca não saía nada. Poderia dizer que era a vontade de Deus, mas ele era padre. Ele sabia que era a vontade de Deus. Poderia dizer que aquilo passaria, mas ele sabia que passaria. Ele sabia de tudo aquilo. Ele sabia mais que eu, até. “Minha mãe morreu, todos foram dar um último adeus. Mas depois cada um foi para casa, para sua família. E eu? A única família que tinha era ela. E agora o que faço?” Ele se lamentava.
Era um dia quentíssimo de novembro, eu havia acordado com a notícia que a mãe do Pe. Jorge havia falecido. Fui ao funeral, acompanhei-o e voltei para casa. Duas horas ele me ligou pedindo para que aparecesse em sua casa. Eu fui e o vi naquele estado. Confesso que não havia sentido tanto no funeral. Mas ao vê-lo daquela forma, com aquela dor, doeu em mim. Doeu tanto que chorei também com ele.
Então pensei em como a vida é rápida. Percebi que o ser humano não foi feito para morrer. Se aquela mulher morresse com duzentos anos, ele também choraria.
A vida é assim, morremos todo dia, porém não aceitamos o nosso fim."
A morte da mãe do Padre
E é porque sinto meu corpo, os apertos, os lugares que coçam, os ruídos que ele faz, o calor, o frio, os sentimentos que se digladiam dentro de mim, os batimentos do coração que se aceleram, a dor de estômago, as percepções invisíveis, que eu estabeleço uma relação de interrogação e de diálogo. O corpo nos traz de volta a nós mesmos; ele não pode mentir
Invento ao vento
Vento frio como acorde de violino,
rasga a madrugada de silêncio
arrepiando desalinhadas memórias.
Vento com chuva percorre a rua,
derramando-se sinuosamente,
ondulando cascatas de folhas,
abstrato corpo dançando,
que a noite vai devorando...
Por quem lamenta este vento,
inquieto visitante noturno,
que na janela vem bater?
Vento na pele arrepia,
agita sentimentos como folhas,
então invento o momento, o calor,
invento o prazer, a saudade,
invento palavras, um poema,
e todos os dias para amar você.
Olho para os lados, e sinto o vento frio da noite e a briza suave tocar meu rosto. Eu estava comprometida, estava sozinha, mas sentia que algo estava me prendendo para que eu não pudesse mais sair daquele lugar. Caminho até meu quarto, e as lembranças de todos escrito nas paredes faz eu sorrir. Sinto frio, fecho a janela, e deito sobre o meu bom lençol e coloca a cabeça no meu travesseiro de sempre. Tendo dormir, barulhos estranhos me atormentam. Queria saber o que é. Olho no espelho vejo o reflexo de uma menina que parece inocente, mas que já passou por tanta coisa nessa vida, que nada conseguiria expressar. Vejo o reflexo de uma menina que sente dor, mas não se sente só, que sente tristeza, mas não quer chorar. Vejo o reflexo de uma menina cujo cabelos são cacheados. E o olhar expressa tanto seus sentimentos, que não sabe como se curar, meus olhos expressam tanto, que não conseguiria me curar.
Nesse frio que anda fazendo, música de fundo, um bom vinho e poesia pra alegrar a alma faz minha minha vida ser de verdade.
Natal
Está frio lá fora
Não há ninguém nas ruas da cidade
A janela de casa se abre, deixando o vento entrar
E trazendo lembranças que eu tento apagar
Hoje é natal
As luzes brilham mais que as estrelas
Somente para eles
Não há brilho mais forte do que o delas
É natal, e eu quero permanecer aqui
É natal, eu não tenho para onde ir
Eu fico por aqui, junto com essas estrelas
Permaneço com este imenso céu
Feliz estar com todos eles à sua volta
Feliz é esta sobre este gramado observando tudo ao meu redor
Você se parece tão só
Eu não serei o seu melhor,
É natal, você pode ficar por aqui
As luzes da cidade, são como
Lâmpadas apagadas para você
Sempre houve uma luz maior acima de você
Elas sabiam, que tudo um dia iria perder o brilho para você
Você nunca às enxergou,
Elas jamais deixaram de brilhar para você.
Sem você meu mundo era frio e sombrio
Todos os dias eu me encontrava com um espírito louco
O preto era o meu arco-íris
E o meu dia ensolarado era as nuvens cinzas
Até te conhecer
E conhecer o sentido da vida
Te amo demais para uma amizade tão distante e tão próxima ao mesmo tempo
(Até logo, meu amor)
O que vale amar, se faz frio
e a noite é um vidro fechado,
apenas?
O que vale amar, se tudo se fecha,
se chove interminavelmente
e, em seus olhos,
nenhum brilho de arco-íris nasce,
como sempre acontece com quem ama?
Abrir-me como o vaso pressentindo a flor
a conduzir a vida com seu perfume,
deu vida aos espinhos que meu corpo cingem,
apenas.
Despeço-me, então, da ternura e da paixão,
deixo o beijo para quem conhece o mistério
de abrir o sol com a língua.
Deixo a doce lida de amar
a quem pode colorir os olhos, depois da chuva.
Nos meus, a lágrima cortante dos sozinhos,
apenas.
Vingança é um prato que se come frio, de comida ruim e o gosto nunca é dos melhores. É a bebida amarga, que te embriaga, que deixa tudo perfeito, até você dormir e acordar no dia seguinte com a maldita ressaca....
A sua respiração anelante me fez passar mal por alguns segundos e ele tão frio continuou com os seus dolorosos movimentos.
Eu odeio dias de chuva, e frio. Odeio segunda feira. Odeio quando me acordam. Odeio o tédio. Odeio ficar em casa nos finais de semana. Odeio quando não consigo definir meus sentimentos, odeio não conseguir mandar em mim mesma. Odeio quando se entrometem na minha vida e me dizem o que fazer. Odeio a falta de carater das pessoas. Odeio futilidades. Não entendo a discriminação, o preconceito, a desigualdade, a inveja. Odeio pessoas mesquinhas, e odeio a ignorância. Odeio a falsidade, e abomino a mentira. Odeio que falem mal das pessoas que eu gosto. Odeio quando me dizem "não" e me jugam mal, como errada. Odeio a forma como as pessoas banalizam os sentimentos. Odeio quando um "ex" chega e diz: "Estou com saudades de você", mesmo estando com outra pessoa. Odeio o modismo. Não suporto a saudade, e o fato de algumas pessoas não se importarem com a falta que fazem. Odeio quando não está por perto. Odeio dizer "ADEUS". Odeio os meus medos infantis, as minhas dúvidas, a minha indecisão e a minha insegurança. Odeio quando tento explicar algo e você "finge" que não entende, mas odeio quando tento explicar algo e você não quer entender. Odeio criancisces, e pessoas dramáticas demais. Odeio a indiferença, e o melancolismo. Odeio a falta de fé nas pessoas. Odeio o modo como me torno tão previsível. Odeio quando não admitem o seu próprio erro. Odeio quando me dizem verdades que me custam a ouvir. Odeio ter que ser realista, odeio ter que aceitar.