Frio
Com o passar do tempo aquele calor foi passando,
o frio em mim foi chegando,
e tudo aquilo que eu sentia por você , faz parte do meu passado
e ficou para tras,
que hoje nem sei quem é você mais.
A fantasia encriptada nos pensamentos,
o sossego das noite de frio intenso
e a sensação de calmaria, chegam para me aconchegar a alma.
Peço pouco, apenas e tão somente o que mereço.
Chuvas de setembro
O sopro da manhã lambendo minha pele
Um sopro frio depois de uma noite molhada.
O dia ameaçava pancadas de chuva doce.
Choveu agitando o chão de nossos passos e
Fomos perfumados com o cheiro de terra molhada
Pela chuva de setembro.
Tudo isso me lembra aquele dia,
Um "Eu te amo" para casais apaixonados,
Dois gatos miando na noite de Olinda,
O cheiro do mar deixando o ar salgado.
Lembro-me dos teus lábios doce e o contraste que tanto adoras.
Sim;Tudo isso me lembra aquele dia,
Aquela chuva de setembro,
Chuva que caia sobre a cabeça de uma virginiana,
Chuva que nos banhou ao bálssamo do amor.
O medo de perder tira a vontade de viver, o coração com medo é frio como o gelo, pois sabe que o calor que o alimentava pode acabar.
Neste frio que não perdoa,
Sobre as estrelas me deito,
Nada quero se não a tua pessoa,
A meu lado, num instante perfeito.
Alta vai a lua,
Trazendo escuridão esperada,
De negras nuvens cercada,
Envolvendo esta pessoatão tua.
Imagino-te aí distante
Dormindo calma e serena,
De beleza deslumbrante,
Mulher em nada pequena.
Ao nascer, aparece como um azul esmaecido
escuro, frio, e saímos do estado adormecido.
Logo chega o calor, e se vai preguiça
subindo com ardor, subindo, subindo.
Ao chegarmos na metade, o equilibrío
imparcialmente, parcial ao descenso
tempestade, ventos e instabilidade caindo
mas caminhando para um final tranquilo.
Ah, mas já vejo feliz, chegando o laranja
tenso, vivo, puxando o roxo e o rubro
Pintura inata, somente hoje, viva!
Agora jaz... no fim termina, escuro.
Teu silêncio me ensurdece
Esse jeito frio, insensível esquenta o meu corpo
Se diz palavras brandas, me conquistas
Se não me diz nenhuma palavra, me tens
Você escapa por um momento
E eu te puxo de volta para o meu tempo
Foge de mim fingindo não se importar
Mas é só olhar bem fundo
No mais profundo dos teus olhos
Para perceber tudo
E entender tudo
E então, moldurar o meu tudo
De inocente timidez
A confissões íntimas
De desilusões amorosas
A uma nova paixão
De medo e receio
Ao recíproco dar e receber
De insegurança
A se tornar o porto seguro
Somos um em um só
Somos como a água e água
O fogo e fogo
O ar e ar
A terra e terra
Somos maremotos
Dois vulcões efervescentes
Então não tente apagar
Nem se fechar para o nosso amor
Muito menos, blindar a sí mesmo
Porque no silêncio ensurdecedor
E no calor do teu jeito frio e insensível
É que se percebe
E entende
E permanece, o nosso verdadeirismo sentimento
Eu? Ando. Precisando, é claro. De vento, de música, de viagem, de fotos. De momentos, quente, frio, morno. Precisando.
Eu vivo perdida, reclamo do calor, mas também reclamo do frio. Penso no que fiz ontem e vivo preocupada com o amanhã.
Mas quando você está aqui, tudo muda. Não me importa se está muito calor ou muito frio, não me importa o ontem e nem o amanhã. O que realmente importa é que estou com você... e é nesse momento que eu me encontro.
Quantas vidas enfrentam chuva e frio sem terem um pequeno abrigo.Vivendo de migalhas caídas ao chão,isso é vida?
Certeza que não.
E por mais tranquilo que eu pudesse parecer, eu nunca deixava de me preocupar. E por mais frio que eu pudesse parecer, eu nunca deixei de ser sensível e sentimental. Eu transparecia tanta coisa, mas por dentro nunca me senti tamanha dor, você não leu errado, eu era sim a própria dor. Ainda sou as vezes, digo as vezes na intenção de disfarçar como sempre fiz, quando na verdade queria dizer que sou essa dor o tempo todo.
"Deitada aqui no frio da madrugada adormeço para que meus sonhos me dominem e façam de mim uma pessoa cada dia melhor pois é sonhando que se tem fé e é quando se tem fé que se realiza.
A lua traz o enorme ceu negro e frio que me cobre e me enche de magia me fazendo voar em minha propria imaginaçao onde posso tocar o mar, a lua e acreditar que fora dessa imaginaçao sem limites posso sim ser feliz e que mesmo voando distraidamente nada nem ninguem irá me derrubar."
Quando tudo está perdido,
Que diferença faz frio ou calor, amor...
Nada, absolutamente nada, apenas observo...
Impune, imune, descrente, desacelerada...NADA!
Vislumbres
No balanço das ondas
No frio das águas
Na poeira da areia
A luz da lua
O brilho das estrelas
O sussurro do vento
O cheiro das algas
O esconderijo dos corais
O vaivém dos passantes
O esconde-esconde dos caranguejos
O amor dos amantes
A risada dos viajantes
E lá de longe, o navio mais brilhante.
[Maceió-AL, 15 dezembro de 2012]