Fria e Orgulhosa
Separação
Parece noite fria em dia claro
Como tempestade em verão
Como ir e voltar do nada
Numa inquietação
Uma construção desmoronada
Vazio e desesperação
Silêncio que cala
Despovoada multidão
Palavras entaladas
Todas e pensadas e não
É o fim da estrada
Sobras da sepração
Hoje a noite
Hoje a noite esta fria como seria bom se estivesse aqui comigo .
Poder sentir o calor dos teus lábios sobre os meus ,sentir teu corpo junto ao meu.
Desvendar cada momento de alegria com voçê .
Quando sentir a brisa da manhã era como se fosse suas mãos me tocando .
Se estivesse aqui nesta noite podiamos viver momentos inesqueciveis ,a minha noite não seria fria mas ,mas sim uma noite maravilhosa .
Se pudesse pedir alguma coisa ao vento eu queria, pedir que trazesse você para completar a minha noite .
Voçê não deve ta me vendo mas te vejo a todo momento que eu olho em algum lugar.
Nesta noite eu só queria alguém voçê ,eu te busco em tudo nos meus sonhos,no meu sorriso e até em olhos .
Mas tenho certeza um lugar que ,sei que sempre vai estar no coração
Em uma noite fria
em que tudo nada cabia
admirei a luz do luar
e pensando como fui me apaixonar
perdido nesse mundo sem voar
e,é com você os dias que quero passar
pois naquela noite fria de luar
prometi a lua você sempre amar
MINHA CASA
Quando percebi...
Minha casa estava fria,
As baratas tomavam conta de tudo
Mesmo quando tudo parecia limpo.
Os cômodos pareciam maiores, mais vagos, mais escuros.
A água do pote onde nadavam estrelinhas de vela apodreceu.
Então, o musgo tomou conta das estrelinhas.
O piso branco gelado registrava apenas as marcas dos meus passos.
A mudez do telefone mostrava a inutilidade do bina.
Quando percebi...
O pássaro parecia empalhado,
A cadelinha me causava impaciência,
As plantas haviam secado.
Os anjos queriam fugir das molduras
Como as fotografias que fugiram dos porta-retratos.
Os doces permaneciam nos potes,
Mas pareciam menos atrativos, menos coloridos, menos doces.
O relógio havia parado.
Quando percebi...
Minha casa estava morrendo
E eu não sabia o que fazer
Porque não sabia que casas também morrem.
Apática, apenas me limitei a buscar a causa mortis.
Talvez já soubesse...
Minha cama também sabia: sua ausência.
Um feto morto no útero
Pode matar a mãe.
Não existe guerra santa,
Toda guerra é guerra fria;
E não existe Mar Morto,
Porque existe água viva.
Preciso de você!
Hoje o céu está nublado
Noite fria, sem luar.
As estrelas que hoje não brilham
São como sonhos
Que se perderam no ar
O sorriso do meu rosto
Apagou-se
O que era alegria
Hoje é luto do amor
Que acabou
Preciso de você
Sem seu amor não dá
É impossível viver
Preciso de você
Não vou me acostumar
Viver sem seu amor
Preciso de você!
Mesmo que solidão presencie teus dias, minha luz, tênue e fria, tocará tua pele e então silenciosamente estarei contigo.
Mesmo com o cheiro de esperança que novembro me trouxe, sinto minha casa fria e estou em uma dolorosa duvida: Compro um aquecedor ou mudo de amor?
Eu nunca mais queria
passar uma noite fria
me aqueça cobertor
sirva como impostor
queria ter o seu fogo
mas nesse nosso jogo
espero o amanhecer
não posso sempre vencer
Solidão
janela aberta
sala vazia...
pensamentos soltos
alma fria
noite escura
sem magia...
idéia que não quer florescer...
dia que não quer amanhecer...
Nessa manhã tão fria e chuvosa, tudo o que queria eram os teus braҫos pra me proteger e me fazer esquecer todo medo. Com teus beijos, teus carinhos,teu sorriso que me causa outro sorriso, mas pra ser mais preciso me causam algo diferente: uma vontade louca de te ter pra sempre. Sinto que estou ficando veemente, loucamente, perdidamente apaixonada por você. Então não me faҫa sofrer e me tenha desse jeitinho, devagarinho, com carinho, somente pra você.
O valor de um filminho
Impressionante como um filminho numa tarde fria pode ser gostoso. Valorizar o tempo que temos sozinhos é muito importante, porque te faz perceber o quanto você se gosta, e sinceramente, eu me amo! Muito bom ficar um pouco só, me curtir, rir dos meus pensamentos vendo um filme bobo na TV. Para nós que estamos sempre correndo, sempre fazendo coisas, não sabemos mais dar valor ao simples e velho ''fazer nada'', estranho é pensar que tem gente que não consegue parar, pior ainda é pensar que tem gente que não pode... É por isso que quando eu posso, paro tudo o que estou fazendo e vejo um filme ruim na TV num dia frio, somente com a coberta e o controle do lado. Isso também é viver. Fazer nada valoriza as ações, mas o excesso de tarefas te impede de parar. Hoje eu concluí que eu quero viver até morrer!
Parecia ser apenas mais uma noite fria, mas não era, era o dia mais entediante e simplório que já vivenciei durante todos esses anos. Eu não pretendia acordar, queria mesmo era deitar na cama repleta de cobertores e travesseiros desenhados pelos os diversos tons de cores que era composto por materiais de primeira linha, mas não tive o privilégio de receber todos esses bons conteúdos sobre a minha cama, apenas havia pilhas de farelos de pães que cobriam a imagem que o cobertor sobreposto a minha cama emitia. Apanhei uma xícara e fui beber um café quente com biscoitos salgados que costumava comprar em um mercado local, o café era doce e extraforte, o biscoito tinha formato oval e era todo desenhado por linhas horizontais associadas às linhas verticais. Depois de passar alguns minutos me servindo de guloseimas e lendo um bom jornal diário eu saí de casa, o céu estava todo coberto pelas neblinas que reproduziam um som de suspiro, era um belo som, era resplandecente e manejava os sentimentos de qualquer pessoa que o ouvisse, o chão estava repleto de neve, as ruas alternavam das cores escuras para as claras, e o clarão do amanhecer qual eu costumava presenciar todos os dias já não habituava mais o ambiente, o frio o desanimou e despejou para outro lugar que anteriormente só via a mesmice da tristeza. Já não bastava o intenso frio naquele e um velho homem interrompeu meu trajeto para o trabalho para comentar sobre assuntos indesejáveis, falava-me sobre produtos que não tinham utilidade alguma, tentava me iludir oferecendo produtos para se proteger do inferno, gorros e tocas que eram feitos de tecidos baratos, preços acessíveis, mas que me custaria o pouco dinheiro que ainda restava no meu bolso, dinheiro que batalhei para conseguir em 2 minutos, tempo que para muitos era pouco, mais que para poucos era muito.
"Por mais que eu goste não demonstro
me chama de fria, me chama de monstro.
Mas a verdade é que eu me escondo.
E te coloco no meu jogo doentio de amar
Sei e você sabe que vai gostar"
Tudo começou naquela tarde fria, onde a chuva batia fortemente na janela. Eu ficava observando atentamente a dança sombria dos galhos das árvores, o desespero das nuvens cinzentas, o berrar dos raios...
Sozinha fiquei naquele quarto escuro, acompanhada somente dos meus pensamentos pessimistas e sarcásticos... Ouvi uma voz. Quando me dei conta, estava conversando com o meu inconsciente.
- Onde estão todos os outros? - perguntou-me.
- Outros? Não há outros nesse mundo, apenas eu. - respondi.
Aquela voz perturbou-me durante toda à noite, fazendo-me perguntas nas quais nunca parei de fato para pensar.
- Em que mundo é esse onde tu vives?
- Vivo em um mundo onde só eu tenho acesso, onde só eu possuo as chaves de todas as portas.
- Por qual razão revolveu isolar-se dos demais?
- Por qual razão eu viveria junto aos demais? - retruquei.
- Há pessoas lá fora que se preocupam contigo.
- Não, não há. Todas aquelas pessoas estranhas que habitam aquele outro mundo querem apenas iludir-me com palavras já antes ensaiadas.
- Não deixe o pessimismo abalar-te.
- Está querendo iludir-me também com esse discurso positivista?
- Quero apenas ajudar-te a ver o mundo de uma outra maneira.
- Acho melhor eu tentar te ajudar a abrir os olhos para a realidade e parar de fantasiar as coisas, achar que tudo e que todos são seres decentes e humanos.
- Mas todos são humanos como você.
- NÃO! Jamais volte a dizer isso. Odeio ser comparada aos demais. Se todos aqueles seres estranhos forem realmente humanos, considero-me desde já uma "coisa" perdida na imensidão.
- Mas você também pisa no mesmo chão que eles.
- Não piso! Pare de uma vez por todas com isso! Pare de comparar-me àqueles seres anormais, nos quais são movidos através de máquinas e de uma inteligência artificial, que não têm coração e não sabem o significado dos sentimentos!
- Realmente você é uma pessoa diferente e enxerga o mundo de outra forma...
- Foi tão difícil assim chegar nessa conclusão totalmente previsível?
Silêncio...
Realidade que tanto me tortura
na madrugada mais fria e solitária
a tormenta se manisfeta como uma ditadura
Quem há de aguentar tanto sofrimento
haverá o messias suportado tanta angústia
até a consequência do último apedrejamento.
Segunda feira.
15 de setembro de 2009.
Uma manhã fria, nevava. O vento batia contra as janelas das muitas casas daquela rua vazia. As aulas começavam e um ou outro corria pelas ruas, para alcançar o ônibus. E ali estava ela, não necessáriamente a espera do escolar. Estava apenas saindo de casa, com as chaves em mãos. Iria de carro. Usava vestes apropriadas para o dia. Uma calça de couro preta e botas. Usava também uma camiseta deuma banda de rock dos anos 80 e um sobretudo preto por cima. Os seus cabelos escuros estavam soltos e os olhos num verde esmeralda destacavam-se devido ao lápis escuro.
- Volta pra casa depois?- O homem perguntou, parado na porta, com um sorriso no rosto. Uma garrafa de cerveja em mãos. A menina revirou os olhos ao vê-lo levá-la aos lábios. Como fora parar ali?
- Sim, vou voltar para a minha casa.- Enfatizou, abrindo um sorriso lateral, que logo sumiu de sua face. Derick não era uma garoto feio, mas também não era uma beleza rara. Tinha cabelos escuros e a pele clara, os seus olhos eram num cinza claro e o seu corpo era ideal, talvez fora muito bonito no colegial, mas não agora. Agora era só um bêbado viciado, que vendia drogas para sobreviver.- Até mais, Derick.- Acrescentou e seguiu até o velho impala, estacionado em frente à velha casa.
- Espera, você me liga, Myv?- Derick perguntou, jogando a garrafa agora vazia na lata de lixo enferrujada.
- Derick, você está parecendo uma garota.- Myv riu e abriu a porta do carro.- Não, eu não vou ligar. Apareço quando sentir necessidade.- Piscou marota e entrou no automóvel, fechou a porta e deu a partida, acelerando com tudo rumo ao colégio em que estudava.