Fria
Que noite esta de hoje, fria e chuvosa. Noite em que penso como poderia tê-lo ao meu lado para me aquecer. Noite que meus pensamentos se tumultuam em desejos e vontades de você. Queria que estive aqui, que o meu querer fosse o suficiente para realizar esta minha vontade, mas, infelizmente não é. Até hoje o meu querer não significa poder,mas, será que um dia ainda vou ter este poder de pensar, querer e poder? Ah não sei. Por enquanto, ficarei aqui sobreposta a moletons, e assistindo um filme qualquer para ocupar a mente e esquecer que você não esta, ou nunca esteve aqui!
Sorriso cintilante
Olhos arrebatadores
Fria como gelo
Mas me derrete como lava
Me leva ao céu com apenas um sorriso
Faz com que eu derrame lágrimas com apenas uma palavra
A cada olhar meu coração bate mais forte
Quero saber o que se passa em seu sua mente, em seu coração
Para que pudesse decifrar seu segredo
Por que tanto medo de se entregar a um alguém
Que arrancaria o coração para te ver feliz
Quando pensei que tudo seria normal
Me aparece você
Fazendo com que tudo volte a ser indiferente
O que fezes-te comigo para que me sentisse assim?
Será o destino ou uma ilusão?
Um desejo do coração ou do corpo?
Uma dádiva da vida, um pecado, uma sorte ou azar?
Um certo dia, me vi nas lembranças de uma chuva fria, a alegria que assobia, meu egoísmo por segundos me recria, ponho os olhos adiante, tentando achar algo que por anos não existia.
Meu show ainda está por existir, e meu sagrado muro de Berlim ainda há de cair, pelas presunções da vida, e palas formas de ódio minha vontade é sumir, porém entre vidas derrotadas, o melhor a fazer antes da morte é prosseguir.
O sol arde nas nossas costas, peço a Deus que os homens possam não criar suas apostas, e ainda peregrinar em mundo, se vendo em vista, lixões em fossas, meus talentos se tornam atentos, arriscando as observações supostas.
Tantos desinformados, se tornam desorientados, afirmam ter o melhor da voz em um sorriso amuado, e meu mundo desgovernado fixa apenas nas lembranças da criança, e em um qualquer sonho se torna amedrontado.
Dizem que morri, dizem que eu faço o que ninguém quer, mais não ligo pro que dizem, nunca precisei de um sorriso seu sequer.
Quem ama jamais é amado, porém a vida te deixa só, e o castelo que você um dia tanto construiu com amor, se desmorona e se torna pó.
Segredos se calam, e gritam no mesmo tempo, e meu digno e insano vento, embaça pelas menores ações que eu tento, acordo pelos olhos que choram, mais escrevo em vão, afinal, ninguém contempla meu talento.
Ódio que ferve meu sangue, que me faz mover o vento com os paços, o mesmo ódio que enfraquece meus desenhos, minhas cores e meus traços, desfazem eternidade de amizades, caminhos e laços, invento amigos imaginários, que caminham como eu, ao redor da terra, na órbita do espaço.
Essa minha cara, meia-cara, cara fria, cara à tapa, talvez fosse isso que merecesse. Sinto-me incapaz de proferir o que há de mais ingênuo, sinto-me, também, covarde ao entregar os pontos, ao abrir os olhos e ver que não consigo manter-me de pé sem uma terceira perna, fazendo-me então um tripé estável. Sinto falta de ser arriscada, pelo menos eu podia caminhar, fosse para frente, para trás ou para os lados nos meus momentos de perplexidade. Acontece que com essa terceira perna não há locomoção. Eu tento, tentei, mas sou cristal que se encostar... Vivo num mundo onde o tudo é inconstante e o nada se tornou totalidade.
Ah! Eu detesto ser melodramática.
Na remansosa paz da rústica fazenda,
à luz quente do sol e à fria luz do luar,
vive, como a expiar uma culpa tremenda,
o engenho de madeira a gemer e a chorar.
Ringe e range, rouquenha, a rígida moenda;
e, ringindo e rangendo, a cana a triturar,
parece que tem alma, adivinha e desvenda
a ruína, a dor, o mal que vai, talvez, causar...
Movida pelos bois tardos e sonolentos,
geme, como a exprimir em doridos lamentos,
que as desgraças por vir sabe-as todas de cor.
Ai! dos teus tristes ais! Ai! moenda arrependida!
- Álcool! para esquecer os tormentos da vida
e cavar, sabe Deus, um tormento maior!
A noite é Fria, a lua brilha cheia no céu.
Nuvens passeiam devagar,
insistindo em esconder, mesmo que por pouco tempo, a luz das estrelas.
O vento sopra gelado, posso ouvi-lo cantar:
É uma canção serena, me faz sentir paz, tranquilidade.
Por um instante esqueço do mundo e de tudo que há nele,
Quando de repente me vem à mente:
Seus olhos brilhando na escuridão da noite, seu sorriso se iluminando.
A canção do vento sempre chama seu nome,
Para jamais me deixar esquece-la,
Cada vez que ouço seu nome, mais claramente vejo seu rosto em meus pensamentos.
Já não tenho duvida do que sinto.
Então junto com o vento eu canto.
Na esperança dele levar a ti, minhas palavras:
Te amo... Te amo... Te amo...
Desculpem-me, mas hoje quero os encantos da poesia dura e ereta, quase fria, quase quente; a única que cabe em mim.
Passos na noite
Vagando pela noite mais escura e mais fria
Andando nas ruas sozinhas, olhando todos os rostos na doce ilusão de te encontrar,
Mas no fundo sei que isso não acontecerá, porque será?
Porque as lágrimas caem quando me vêem uma lembrança sua?
Eu sei, é porque eu sempre estou a sua procura.
É tão fácil viver sonhando enquanto a vida vai passando.
Mas o meu rosto é frio e quase não sorrio.
Mas a parte obscura de mim me puxa e acho que sou mais forte que eu.
Estou perdido dentro de mim com medo de olhar no espelho e não reconhecer quem vai se refletir, então porque ainda resistir?
As pessoas vivem sem sentido, e no final o seu prêmio é um beijo frio da morte.
Então ainda quer jogar esse jogo? Ainda quer vencer?
Eu não queria nem ter começado, só queria que você estivesse ao meu lado, pra esquecer de todas essas coisas, e talvez sermos “felizes”. Mas talvez a felicidade tenha seus próprios escolhidos, e eu nunca tive sorte em jogos de azar.
A morte e a vida, o bem e o mau, eles são os artistas desse palco e nós somos as marionetes.
Noite fria
Sem caminhos e sem destino
Aqui o que deixaste.
O tempo em desatino.
Tudo, desfolhaste.
Somente guardo o segredo.
Um pouco de medo.
Sonhos que tive outrora.
Neste espaço agora.
Impregnado estão.
O seu perfume.
Em meu corpo como costume
No momento a emoção.
São as marcas que ficaram.
E, por pouco se tornaram.
Sentimentos doloridos.
Que devem ser esquecidos.
KÁTIA PÉROLA
Postado por Beleza Rara
"É que mulher é assim mesmo, sabe que está entrando numa fria mas precisa tanto de amor. A gente é assim, precisa de colo, voz mansa e beijo na testa. Mesmo sabendo que o preço é alto, nós pagamos - nos descabelando, perseguindo seres atoladas de ciúmes, chorando no colo da amiga, deitada no chão do banheiro ou chorando baixinho para o travesseiro ouvir madrugadas afora - mas pagamos o preço. E talvez seja por isso que eu vá seguir os anjinhos mentirosos e os estúpidos sininhos, talvez seja por isso que eu tenha tanta certeza que eu vá entrar nessa trilha para o território inimigo: só para ter uma mão forte para segurar e uma boca em que eu possa me perder sem vontade de me achar. Mesmo sem querer, vou acabar me perdendo no inferno dos seus olhos insuportavelmente doces."
Já fui totalmente frágil. Hoje posso ser vingativa, e fria. Só depende da pessoa ou situação. Vivia esperando dias melhores, esses dias que ainda espero. Fria, comunicativa, inconsequënte, misteriosa, pura ou impura. Dizem que sou um doce. Poucos esses os que provaram do açúcar da minha personalidade. Formada de dúvidas e incertezas. Acho na escrita, uma forma de libertar. E embora não goste das minhas palavras, muitos dizem o contrário.
E ainda que hoje eu me sinta como uma estação fria de inverno nublado e chuvoso, tenho que seguir em frente, pessoas ao meu redor dependem do meu sucesso e jamais poderão ver o meu fracasso!
Os que dizem que são perfeitos são aqueles de quem mais me resguardo. Observando-os detalhada e friamente fica exposta por trás de tanto zelo a maior das imperfeições: acreditar-se maior e melhor que todos os outros. Não seria essa uma utopia transformada, por ilusão de ótica, em suposta perfeição?
Que o céu azul divinal
Resplandeça sobre a noite fria e injusta,
Que tem assolado meu sono
Que tem me tirado a paz...
A paz que tenho gritado com voz firme em terra morta.
Que os lençóis brancos e voadores dos meus sonhos,
Não fiquem encardidos com a poeira.
A poeira do esquecimento, da solidão
Que tenta a todo instante
Mofar minhas certezas e me tirar a direção.
Que o fundo musical dos meus sentidos
Não fique em silêncio...
Que os desígnios do meu coração
Não sejam só emoção,
Mas temperados com pitadas de razão.
Quando meus olhos chorarem
Escorrendo pelos caminhos da minha vida...
E desaguando no mar da minha boca...
O paladar seja sal, visceral
Não quero inferno astral, nem inglória.
Quero vendaval...
Vendaval de amor, mas com pitadas de força.
Para enfrentar a vida e suas feridas.
Pois quero ainda que sofrida...
Flores em todas as estações.
E que os meus ouvidos não desanimem e atentos fiquem...
Para ouvir ao longe a musica tocada por sião,
Que me sustenta a alma...
Que me trás calma,
Me encanta...
E põe freios na agitação do meu coração.
A doença maldita chegou.
Doença maldita, silenciosa de cinismo incomparável, fria e calculista.
Primeiro os cabelos, depois a saúde e agora a estima.
Destrói tudo com graça e ousadia.
Muitos são os motivos para desistir, mas as amizades de quimioterapia, as histórias e experiências trocadas na sala de espera, nos dão forças para lutar.
Doença maldita que teima em resistir.
Sua mama ela não há de destruir nem tão pouco possuir.
Não a sua!
Noite do Desejo
Naquela noite fria
À luz da lua cheia
Nós estávamos na cama
Abraçados, fazendo besteiras...
Trocávamos carinhos
Beijos e abraços
Desejávamos o infinito
Naquela noite fria de sábado
O universo era pouco pra nós
Queríamos o mundo e o resto
Queríamos o amor sem o nexo
Queríamos o céu e o inferno
Nos amamos a noite inteira
Desejamos um ao outro
Agora que amanheceu o dia
Te vejo no sábado de novo