Fria
Na solitude das noites tristes, nos momentos em que a dor sopra fria sobre minha alma, és tu amigo a luz que me faz erguer os olhos, que me reaquece em esperança, que me faz levantar e caminhar em direção à porta que já não via mais...aquela que dá passagem ao mundo da fé, onde moram os filhos dos homens que jamais romperam os elos de luz com o Criador.
E mais do que pensar na vida minha querida,eh pensar na morte,pobre e fria,escura e solitaria,vagando pelo mundo em busca de almas.
Nesta tarde solarenga, ainda que muito fria, os pensamentos nostálgicos dão um ar de sua graça; são esboçados desejos de projectos futuros, bem delineados ao sabor de uma grande expectativa. Mudança, garra e fé: só quem não sente é que não vê.
- Você vai muito pela razão, menina.
- Tenho meus motivos.
- Você é muito fria.
- Se não aguentam a minha frieza, não merecem o meu calor.
Como pode um peixe vivo viver fora d’água fria...
“Como pode um peixe vivo viver fora d’água fria, como poderei viver...” assim cantou Milton Nascimento. Pode um peixe viver fora d’água? Levando ao pé da letra, no denotativo, não, mas, num olhar conotativo, muitas vezes vivemos assim, “fora d’água”, anos e anos a finco. Isso acontece quando vivemos em um lugar, com o desejo de estar em outro, como se o corpo estivesse ali, mas a mente está habitando outro ambiente. Ou até mesmo estar ali, mas querer estar fazendo outras coisas, com outras pessoas. Quando não se comunga dos ideais das pessoas que o cercam, quando o programa de tv, o filme, a música que toca aqui não te toca. Viver fora d’água é não se empolgar com nenhum programa, nenhum lazer. É não achar graça de nada, até de uma boa piada. É perder a vontade de sorrir. É não sentir o paladar, mesmo quando é servido o seu prato predileto. É não ter motivação para fazer planos, é a ausência total de estímulos. É ser dominado por um sentimento vazio, oco, sem conteúdo, sem esperanças, sem futuro! Viver fora d’água nada mais é do que viver infeliz.
E ninguém quer viver infeliz. Todos nós vivemos com um objetivo único: ser feliz! A busca da felicidade é o combustível que move a humanidade – é ela que nos força a estudar, trabalhar, ter fé, construir casas, realizar coisas, juntar dinheiro, gastar dinheiro, fazer amigos, viajar, fazer planos, etc. Ela – a tal almejada felicidade – que nos convence de que a cada uma das conquistas, seremos felizes e assim nos dá disposição para lutar por elas.
Ser feliz é mais, é sentir prazer em estar ao lado de quem amamos, fazendo coisas simples, como assistir tv agarradinhos, ouvir uma música antiga, ir ao supermercado, preparar um o prato predileto do outro, passear de mãos dadas no final da tarde. Simples como brincar com as crianças, leva-las na praça, ensiná-las a andar de bicicleta, jogar bola, jogar vídeo game, fazer pipoca de chocolate com guaraná, tomar sorvete, montar acampamento no meio da sala, fazer cabanas de lençóis, etc. Ser feliz é achar graça em tudo, é rir do nada, simplesmente ter o sorriso estampado no rosto. Ser feliz é recordar, lembrar com prazer dos momentos vividos de simplicidade.
Se o que buscamos é a felicidade, por que insistimos em viver fora d’água? Por medo? Por comodismo? Por ser mais fácil viver na zona de conforto? Por insegurança? Não vale a pena trocar todos esses sentimentos pela arte de tentar, de mudar, de fazer acontecer? Enfrentar esse medo, romper as barreiras da zona de conforto, pisar em terreno desconhecido, arriscar, e tentar?
Vou tentar.. Sei que na tentativa, no terreno desconhecido posso pisar em campo minado e me machucar, mas vou tentar...E se me arrepender? Que eu me arrependa, mas arrependa de ter tentado, arrependa do que fiz, mas que eu não carregue, nunca, a incerteza de como seria se tivesse tentado! Por isso vou tentar... tentar ser feliz! Porque a vida anda passando tão depressa que meu medo maior é que não dê tempo de viver dentro d’água!
Por que à noite pensamos em uma pessoa especial?
Mesmo quando cai uma suave e fria chuva, quando desejos, plenamente conectados misturam-se à saudade que bate forte no coração... Quando sonhos se confundem com a própria realidade... Quando o amor, sem saber, busca bem mais que uma ilusão...
Também não sei...
O meu amor por você é como a noite fria de verão,
A paixão que sinto por você é como a noite mais quente do inverno..
Me entende?
Tento ser menos fria, menos orgulhosa, mas é difícil. Não tenho vontade de ser quem não sou. Tenho meu jeito, meus defeitos. Sou eu mesmo, quero ser eu mesma.
Quando o sofrimento vem
Irrompe nos convencendo de sua eternidade.
E numa tarde fria, sem mais,
O tempo o destrona, e eis a felicidade.
Prelúdio de Mim
Pequena gota, do orvalho da manhã. As folhas que caem com a brisa, tão fria, do primeiro sopro do dia. Eu abri meus olhos... O sol ainda não havia nascido, e tão belo era o horizonte avermelhado e as nuvens, pequenas e esparsas colorindo a atmosfera com os primeiros raios de sol.
Abro meus braços e me perco na imensidão do céu, sinto o calor do sol tocando minha pele e o suspiro das arvores que dançam ao sentir o vento forte e delicado vindo do oeste derrubando suas folhas secas e gritando em meu ouvido, “adormeça!”.
Brasil (não dar)
Hoje está uma noite tão fria
Mais esquecendo dessa cinza
Que está acabando nossas vidas
Nossas matas que eram tão lindas,
Agora já não temos coragem,
De falar que “tudo o que nos planta dar”
Se muitos de fome estão morrendo
Por água e comida que falta lá.
Refrão
Brasil temos que olhar
Brasil só a Jesus clamar
Brasil...Não temos que deixar
Brasil...Nosso próprio sangue clamar
Nossos irmãos do nordeste
Morrer sem chance de lutar
Brasil acreditar nesses santos
Não vesti que assim não dar
Brasil assim não dar
Sem Jesus nunca irá
Vencer os antimero governantes
Que estão a nos sufocar!
As florestas estão acabando
Os animais estão ameaçados
O fim está chegando
No país comprado,
Salve-se quem puder
Só buscando Jesus de Nazaré.
Sim... ainda estarei um dia
com você numa noite fria
Numa Cabana na serra
Uma cachoeira como orquestra
Nossa linda fantasia !
Serei tuas cobertas
Tuas certezas incertas
Seu amor em melodia
Serei o mais inesquecível
dos teus lindos invernos !
Tapetes ao chão. . . .
Duas taças
Beijos com sabores eternos
Vinho...
Roupas no chão
Teu corpo em Candura
Minha cândida degustação!
Quero
Embebedar-me da tua boca doce
Línguas calientes
Corpos entrelaçados feito nó
Faria de nós dois um só
Corpo
Alma e Mente
Nossos corpos em brasas
nos aqueceria em ardor
Com gula em seu íntimo
Me abrigarias
Como abelha na flor
De vinho e gozos lambuzados
Deliciosos desejos trocados
Um Sol Universal de Amor ...
(Maria Amélia S. P. Alves)
Hoje eu passei pela cidade
No pôr da tarde.
E senti aquela brisa
Não era nem quente nem fria.
Não sei descrever o que sentia
Acho que era frio na barriga.
Aquela brisa trazia
O aroma daquele lugar.
Que me fazia lembrar
A velha infância e o amor que deixei lá!!
a mortalha fria cobrindo o corpo pálido já inerte, mais
uma vida de acaba, mais uma luz que se apaga.
O espirito confuso e libérto, por ELE clama e pergunta:
DEUS, a morte é um prêmio ou um castigo