Fria
Lá fora uma chuva mansa, mas fria...
Dentro de mim um calor, que aflora o suor, uma magia...
Meu cheiro se perde no ar com a ventania...
E leva pra bem longe está nostalgia...
Para que seja transformada em alegria...
Toda esta minha ânsia e agonia.
Às vezes só quero uma única noite fria, um cobertor velho, uma garrafa de vinho e você ao meu lado. É pedir muito?
Noite fria.O sereno chega vagaroso, tudo indica o vazio no ambiente. Deitada na cama, ainda sinto leves ritmos em meu coração.
lembrei do amor, cujo o nome tem audácia da escolha, sem consultar.
Desvia o olhar, somado a razão do coração.
E assim, se constrói parte da vida.
Que modéstia a minha, faz sentido.
Ela era fria como gelo, até ele aparecer, ao lado dele ela se derreteu, abriu a guarda e se entregou, mas ele covardemente a machucou, se arrependeu, se odiou e então eles tentaram ainda assim, concertar oque estava quebrado, mas nada era para ela, como já havia sido um dia, como não poderia deixar de ser, ela desistiu e ele sofreu, profundamente, colhendo a solidão que havia cultivado. Assim está ele, privado da felicidade, culpado por magoá-la e hoje entende os motivos dela, agora, sinceramente, não entende como ela pôde suporta-lo por tanto tempo.
Na minha madrugada, viu fria e sombria,enquanto encontrei beleza e transformei em poesia ♡ ☆ ♡ ☆ ♡ ☆ ♡
O silêncio...
A o silêncio...
Ele é a resposta entalada
Na garganta.
Ele é a resposta fria de quem cansa.
Ele é o exagero de sentimentos
Que já não acha formas de se expressar
A noite estava fria ... pra ela .Num breve minuto talvez segundos discutimos astronomia ,falando das estrelas ao som de um sertanejo esganiçado,e o meu medo me dominou novamente,queria eu que ela soubesse gostar de mim como eu dela...
MINHA MUSA ADORMECIDA
Ignora, meu bem, os meus sonhos
Dorme tranquila na noite fria
Mas sua alma passeia comigo
E dormindo você sorri, apenas
Beijo sua boca molhada em meu sonho
Beijo seus olhos cerrados de sono
E molho com meu desejo o seu corpo
Enquanto você sorri, apenas
Ignora, meu bem, o meu sofrimento
Cega como a noite está
Mas seus olhos nos guiam no amor
E eu me perco e me encontro
E me esqueço em seu colo
Já que você sorri, apenas
Na mais fria das madrugadas me sinto só, procuro um sentimento real pra amenizar essa dor, mas aos poucos ela surge na transparência de lagrimas revelando a realidade cruel e singular que paira sobre mim. O que me conforta nessa solitária insônia é saber que em algum lugar a minha metade repousa serena e doce. Resta me esperar o sol no horizonte com a ideia de um dia novo levantar-me e continuar.
Eu gosto da madrugada. Gosto da madrugada fria, gelada, inóspita; ainda mais quando ela traz consigo a febre, o frio e o nariz entupido... Ela me faz pensar. Pensar: nas coisas boas que já fiz, nas besteiras, nas loucuras, nas proezas... Me faz pensar nos amigos, nos que tenho, nos que perdi; uns por minha culpa, outros também. Me faz pensar nos amores já tidos: alguns passaram despercebidos, outros permaneceram enquanto duraram, outro, fica até hoje, mas comigo, somente comigo, pois neste ainda não tive coragem de chegar e, se tive, precisei me contradizer, abrindo mão de uma felicidade futura. Penso nos que já foram, choro, medito e logo chego a conclusão: eles estão melhores que eu, certamente. Deito, mas os pensamentos não me deixam dormir, pois martelam-me à memória e trazem comigo as velhas lembranças, principalmente aquelas que me fizeram tão feliz, nem que fosse naquele instante, no rolar dos beijos, das carícias, do aperto, do chamego e do gemido... Enfim, penso, principalmente, em quem, na maior certeza do mundo, está dormindo, sonhando com alguém que não sou eu, ou, quem sabe, farreando por aí, com outras pessoas, sem, se quer, lembrar desse reles mortal...
Musiquinha de acordar do Sapo Gaudério
Na noite fria
lá no cemitério,
canta solito
o sapo gaudério.
(faz barulho de sapo)
Uma vaca muge
outra coruja canta,
mas quem acorda todo mundo
É o sapo gaudério,
aquela anta.
Na noite fria
lá no cemitério,
canta solito
o sapo gaudério.
(faz barulho de sapo)
Não tenha medo
não tem mistério,
que este som feio
é só o tal do sapo gaudério.
Na noite fria
lá no cemitério,
canta solito
o sapo gaudério.
(faz barulho de sapo)
Sonha minha prendinha,
dorme meu amiguinho
que lá no céu nos cuidando,
tem um balaio de anjinhos.
Lindas palavras daquele poeta que fazia o ar se tornar calmo como uma manhã fria vendo o sol nascer. Onde os olhos se faziam brilhar e se emocionar ao conhecer a poesia pela primeira vez, como uma melodia doce aos ouvidos que os encantara. Até mesmo seus lábios palpitavam querendo repetir as marcantes frases a querer guardar em sua mente para sempre a paz que ali se encontrava.
Juventude.
É a juventude nascida fria,
o tentamento ao novo,
o que vos jura que faria,
morre, mas nega-se pedir socorro.
Ouvira chamar ao longe,
o chamado de guerra que quer.
O que mais quer se esconde,
quer a guerra, vinho e mulher.
Joga tudo por luta,
não tem respeito ao perigo,
mesmo que a derrota seja dura,
a tua alma anseia o risco.
Ávido, impetuoso e brilhante,
com aspecto bastante nítido,
de forma incessante,
quer o que nunca foi tido.
Forte ficaste tua alma,
em caminhos percorridos,
em busca da chegada,
daquilo que não lhe foi prometido.
E te via assim, tão fria, vazia, tão superficial, tão longe, até o dia em que tropecei, cai e mergulhei fundo nesse poço que nos separava.
FADO DA SAUDADE
Fado vadio, fado da saudade
Nesta noite fria bebemos um vinho
Um tinto maduro, amargo como a vida
Com o travo a alecrim, a rosmaninho
Ou talvez um bom vinho do porto
Na sala toca-se, canta-se o martírio maior
O fado de dor, da saudade meu amor
Choram as nossas dores ao som dos passos
Da vida feita em pedaços, melodia orvalhada
Refeita de felicidade, do passado, presente
Na sala o silêncio é total, nesta noite fria, já quente
O coração fala mais alto, segredos sem voz
Com o silêncio a tristeza cala-se, inibe-se de amor
Na rua escura ausente de pranto, não passa ninguém
Voz magoada, flor do deserto, de uma canção tão bela
Que nem às paredes caiadas, nem a Deus me confesso
Dos teus fixos olhos castanhos, já presos nos meus
Fado de lágrimas cansadas de quem já muito ama e amou.
Sou fria, distante, falo pouco. Mas nem sempre foi assim. Eu já fui muito amável um dia. Mas sabe, me destruíram. E eu sou como um vaso, entende? Que se quebra e depois você vai e cola, mas ele jamais ficará igual antes, as cicatrizes sempre serão visíveis, e qualquer instabilidade, puf. Quebra de novo, e cada vez que se quebra, fica pior. E eu, eu.. Já fui quebrada tantas vezes.
A vontade de chorar aflora o peito novamente. Mais uma vez nos encontramos em uma madrugada fria para lamentar o que poderia ter dado certo e não deu. De um lado o coração aflito e espedaçado. Do outro, a mente e sua razão dizendo que não foi por falta de avisar. Essa guerra eterna que não cessa insiste em vitimizar essa alma aflita. Se isso faz parte da vida, quando virá a calmaria? Quando cessarão as lágrimas, a angústia, a tristeza e a saudade?
Razão e emoção concordam que não valem mais as lágrimas e lamentações, mas a concordância mútua não significa que elas se cessarão tão facilmente. Resta mais uma vez silenciar-se na esperança que de novo tenta conformar esses extremos dizendo que em breve tudo isso vai fazer parte do passado e que dias melhores virão. Enquanto faz-se necessário engolir seco essa desilusão que deixam cada vez mais longe dois seres que se unem pelo desconhecido e desunem pela distância