Fria
MINHA MUSA ADORMECIDA
Ignora, meu bem, os meus sonhos
Dorme tranquila na noite fria
Mas sua alma passeia comigo
E dormindo você sorri, apenas
Beijo sua boca molhada em meu sonho
Beijo seus olhos cerrados de sono
E molho com meu desejo o seu corpo
Enquanto você sorri, apenas
Ignora, meu bem, o meu sofrimento
Cega como a noite está
Mas seus olhos nos guiam no amor
E eu me perco e me encontro
E me esqueço em seu colo
Já que você sorri, apenas
Na mais fria das madrugadas me sinto só, procuro um sentimento real pra amenizar essa dor, mas aos poucos ela surge na transparência de lagrimas revelando a realidade cruel e singular que paira sobre mim. O que me conforta nessa solitária insônia é saber que em algum lugar a minha metade repousa serena e doce. Resta me esperar o sol no horizonte com a ideia de um dia novo levantar-me e continuar.
Eu gosto da madrugada. Gosto da madrugada fria, gelada, inóspita; ainda mais quando ela traz consigo a febre, o frio e o nariz entupido... Ela me faz pensar. Pensar: nas coisas boas que já fiz, nas besteiras, nas loucuras, nas proezas... Me faz pensar nos amigos, nos que tenho, nos que perdi; uns por minha culpa, outros também. Me faz pensar nos amores já tidos: alguns passaram despercebidos, outros permaneceram enquanto duraram, outro, fica até hoje, mas comigo, somente comigo, pois neste ainda não tive coragem de chegar e, se tive, precisei me contradizer, abrindo mão de uma felicidade futura. Penso nos que já foram, choro, medito e logo chego a conclusão: eles estão melhores que eu, certamente. Deito, mas os pensamentos não me deixam dormir, pois martelam-me à memória e trazem comigo as velhas lembranças, principalmente aquelas que me fizeram tão feliz, nem que fosse naquele instante, no rolar dos beijos, das carícias, do aperto, do chamego e do gemido... Enfim, penso, principalmente, em quem, na maior certeza do mundo, está dormindo, sonhando com alguém que não sou eu, ou, quem sabe, farreando por aí, com outras pessoas, sem, se quer, lembrar desse reles mortal...
Musiquinha de acordar do Sapo Gaudério
Na noite fria
lá no cemitério,
canta solito
o sapo gaudério.
(faz barulho de sapo)
Uma vaca muge
outra coruja canta,
mas quem acorda todo mundo
É o sapo gaudério,
aquela anta.
Na noite fria
lá no cemitério,
canta solito
o sapo gaudério.
(faz barulho de sapo)
Não tenha medo
não tem mistério,
que este som feio
é só o tal do sapo gaudério.
Na noite fria
lá no cemitério,
canta solito
o sapo gaudério.
(faz barulho de sapo)
Sonha minha prendinha,
dorme meu amiguinho
que lá no céu nos cuidando,
tem um balaio de anjinhos.
Lindas palavras daquele poeta que fazia o ar se tornar calmo como uma manhã fria vendo o sol nascer. Onde os olhos se faziam brilhar e se emocionar ao conhecer a poesia pela primeira vez, como uma melodia doce aos ouvidos que os encantara. Até mesmo seus lábios palpitavam querendo repetir as marcantes frases a querer guardar em sua mente para sempre a paz que ali se encontrava.
Juventude.
É a juventude nascida fria,
o tentamento ao novo,
o que vos jura que faria,
morre, mas nega-se pedir socorro.
Ouvira chamar ao longe,
o chamado de guerra que quer.
O que mais quer se esconde,
quer a guerra, vinho e mulher.
Joga tudo por luta,
não tem respeito ao perigo,
mesmo que a derrota seja dura,
a tua alma anseia o risco.
Ávido, impetuoso e brilhante,
com aspecto bastante nítido,
de forma incessante,
quer o que nunca foi tido.
Forte ficaste tua alma,
em caminhos percorridos,
em busca da chegada,
daquilo que não lhe foi prometido.
E te via assim, tão fria, vazia, tão superficial, tão longe, até o dia em que tropecei, cai e mergulhei fundo nesse poço que nos separava.
FADO DA SAUDADE
Fado vadio, fado da saudade
Nesta noite fria bebemos um vinho
Um tinto maduro, amargo como a vida
Com o travo a alecrim, a rosmaninho
Ou talvez um bom vinho do porto
Na sala toca-se, canta-se o martírio maior
O fado de dor, da saudade meu amor
Choram as nossas dores ao som dos passos
Da vida feita em pedaços, melodia orvalhada
Refeita de felicidade, do passado, presente
Na sala o silêncio é total, nesta noite fria, já quente
O coração fala mais alto, segredos sem voz
Com o silêncio a tristeza cala-se, inibe-se de amor
Na rua escura ausente de pranto, não passa ninguém
Voz magoada, flor do deserto, de uma canção tão bela
Que nem às paredes caiadas, nem a Deus me confesso
Dos teus fixos olhos castanhos, já presos nos meus
Fado de lágrimas cansadas de quem já muito ama e amou.
Sou fria, distante, falo pouco. Mas nem sempre foi assim. Eu já fui muito amável um dia. Mas sabe, me destruíram. E eu sou como um vaso, entende? Que se quebra e depois você vai e cola, mas ele jamais ficará igual antes, as cicatrizes sempre serão visíveis, e qualquer instabilidade, puf. Quebra de novo, e cada vez que se quebra, fica pior. E eu, eu.. Já fui quebrada tantas vezes.
A vontade de chorar aflora o peito novamente. Mais uma vez nos encontramos em uma madrugada fria para lamentar o que poderia ter dado certo e não deu. De um lado o coração aflito e espedaçado. Do outro, a mente e sua razão dizendo que não foi por falta de avisar. Essa guerra eterna que não cessa insiste em vitimizar essa alma aflita. Se isso faz parte da vida, quando virá a calmaria? Quando cessarão as lágrimas, a angústia, a tristeza e a saudade?
Razão e emoção concordam que não valem mais as lágrimas e lamentações, mas a concordância mútua não significa que elas se cessarão tão facilmente. Resta mais uma vez silenciar-se na esperança que de novo tenta conformar esses extremos dizendo que em breve tudo isso vai fazer parte do passado e que dias melhores virão. Enquanto faz-se necessário engolir seco essa desilusão que deixam cada vez mais longe dois seres que se unem pelo desconhecido e desunem pela distância
É tão dificil mudar algo que já está planejado em mim,
algo que me faz ser fria, e ao mesmo tempo aberta de mais.
É tão penoso não poder ser quem sou, existe uma barreira nas pessoas que mais amo, e alguem me puxando, para as pessoas que são boas a mim, importantes .. porem não familiar.
É tortuoso explicar o porque de certas atitudes quando não se sabe o porque de pensamentos que geram tais descordançias com nos mesmos, com o que meditamos ser.
É possivel sim, é borroso de fato não expresarmos o que somos, afinal o que seremos sem as atitudes que nos fazem ser quem passamos ser.
Às vezes na madrugada fria penso em vc, mas lembro que vc não me quer mais...
Me sinto só como se fosse um lixo...
E quando vc volta e me diz q me ama e eu inocentemente acredito, de lixo viro um homem amado.
Mas se você não está aqui
Viver no dia em que o sol não sai
O sol radiante entra na janela fria
O sol esquenta a minha alma
O frio se esconde dentro de um ser
No dia em que ele não sai o frio entra e diz que dali não posso sair
Já é inverno e não vejo o sol há muito tempo, não vejo seu sorriso, não vejo o seu olhar.
Já faz tempo que não estou ao seu lado
Já faz tempo que não vejo você rir
Ando na rua vejo casais apaixonados se beijando, vejo as rosas que nunca tive.
Escuto a canção que para mim foi feita, escuto sua voz, escuto o silencio do seu interior querendo dizer que me ama.
O inverno chegou trouxe a cor gelada, tirou meu chão, meu ar, meu sol.
O inverno chegou tirando tudo que me resto
Se você não está aqui o frio me engole, o frio me traz o medo, o calor eu não sinto.
Mas se aqui você está o inverno se torna quente, as flores do inverno se abrem e me traz o perfume de amar.
Mas se você aqui não esta só o que me resta é tentar sorrir sem deixar a lagrima escorrer.
Chuva
São gotas cristalinas....
q caem durante a noite fria
q envolvem com emoção
corações separados!
q fazen com q nos aproximemos mais...
a chuva maravilhosa chuva..
cai assim sem avisar
nun instante, nun momento....
ha q linda chuva...
q realça... e encanta....
e nos envolve sem parar...
caindo sempre sem menos ninguem esperar...
Ah, quem sois vós,
agua, lagrima?!
ou apenas chuva... as vezes me pareces tão insignificante...
ou tão insolente...mas quando some por uns tempos sinto falta...
as vezes sem menos esperar apareces graciosa...
mostrando a todos sua eterna magestade...
no entanto me perco...
penso q estou falando sobre fenonemos da natureza..
e me pego pensando em meu amor verdadeiro...
e deipois vejo q foi apenas relance..
e como a simples chuva veio inesperadamento, mas me pegou de jeito..
tão simples , puro e singelo.. como aguas cristalinas...
mas lembro-me q é apenas a chuva...
a chuva simples e magestosa, mais uma, so mais vez..
chegou....e tudu mudou!
steffany bichi, A chuva...12/05/08
Sem você aqui é como a chuva fria sem sol, é como o vento não posso te tocar, é como ir ao teu encontro e não poder.
O jardim de amor
Com todo amor rego meu jardim todo dia
Mesmo quando a chuva vem fria
E entristece meu pensamento
Ao acordar, esqueço os lamentos
E dou sorrisos de graça
Coloco adubo, limpo as traças
Converso com todas as flôres
Com todas as folhagens
De toda forma e com todas as linguagens
As encorajo, quando vem o sol, mesmo que muito quente
Ardente
As envolvo em meus sonhos e as refresco depois
Nunca é tarde para florescer o amor , mesmo que ele esteja esquecido num vaso corroído, pelo tempo ou pelo vento
Muitas vezes com minhas lágrimas renasceram flôres que até pareciam estar mortas
O perdão as ressuscitou e fez brotar novamente, o sentimento mais nobre
O amor...