Fria
Diferente
Fria... indiferente...
Descuidada... negligente.
Insensível... impassível...
Impiedosa... inclemente.
Apática... antipática...
É o que acham de mim por aí.
Mal sabem...
Por dentro é tudo diferente.
Não sou nada negligente.
Sinto demais... sinto muito
Por mim... por ti...
Por toda a gente.
Ao Nossos Olhos
Somos feitos de olhares!
Aos nossos olhos estão janelas que se abrem!
Na noite fria o nevoeiro cobre as estrelas que mesmo escondidas nunca deixam de brilhar!
Aas nuvens cobrem a lua virgem e ela tímida tenta reaparecer!
Ao cair da noite raios de sol compensam o brilho perdidio da lua!
Afasta as nuvens e aquece o dia!
Flores no campo se abrem felizes e exalam seu perfume único e doce!
Crianças correm brincando de pique-esconde sob as árvores frutíferas!
Aos nossos olhos vemos a felicidade estampada!
De repente, a chuva cai junto ao brilhar do sol: casamento-de-viúva!
Algodões se soltam de seus galhos e voam sob a brisa suave!
Aos nossos olhos o tempo passa despercebido!
Aos nossos olhos crianças sorriam!
Aos nossos olhos a lua reaparece!
Aos nossos olhos as flores de recolhem
Aos nossos olhos o sol vai-se indo!
Aos nossos olhos as nuvens se dispersam!
Aos nossos olhos as estrelas brilham lindamente!
Aos nossos olhos olhos as janelas se fecham!
Aos nossos olhos a única coisa que nos sobra é o tempo!
Felicidade: aos nossos olhos é o único sentimento que prevalece!
Menina do interior
As pessoas dizem que amar dói, e talvez Isso seja verdade. Numa linda e fria noite de dezembro, eu pude 'senti-lá' pela primeira vez, ela estava linda, e muito cansada. Pode parecer louco, mas naquele momento eu me senti vivo de verdade, eu senti que tinha conhecido o amor de verdade, arrisco dizer que naquela noite eu era o homem mais feliz do mundo. No dia seguinte ela passou um tempo sem se lembrar do que tinha acontecido na noite anterior, fiquei preocupado, mas ela lembrou, e aparentemente gostou. Naquele dia eu já estava apaixonado por aquela menina que morava no interior do nordeste, rezei para ser ela, para que eu não me arrependesse.
Às vezes ela me ligava chorando, querendo desistir da vida, e a pior coisa do mundo pra mim era ver aquela menina chorando, meu mundo desabava, eu me sentia perdido, principalmente quando ela desligava e não atendia mais o celular.
Com o decorrer dos dias fomos nos tornando mais... Próximos, e eu comecei a ter ciúmes, porém eu nunca fui de falar, e por incrível que pareça, aquela menina também era assim, sentia ciúmes e não falava. O jeito dela de ser, as brincadeiras, as risadas, ela comendo toda hora kkkkk, até ela se maquiando pra ficar dentro de casa, os surtos de ciúmes, as vezes que brigamos, as vezes que ela me bloqueou, o jeito dela meio doidinha de ser, tudo fez eu me apaixonar por ela, aquela menina era perfeita, era não, ainda é.
O tempo foi passando, fomos nos aproximando e nos amando, mas recentemente algo mudou, eu não via mais o brilho no olhar dela, não via mais a emoção no falar dela. Por algumas horas me senti vazio, eu sabia que algo havia mudado, no fundo eu sabia que nós dois não éramos mais os mesmos.
E hoje ela resolveu que não quer tentar nada, e isso me destruiu, mas a última coisa que quero no mundo é o mal dela, quero continuar como amigo, apoiar ela, e se ela quiser e se sentir confortável, até falo sobre coisas amorosas com ela, e ela comigo.
Sempre vou te amar, menina do interior.
Dedicado a: -------------
Peço perdão caso tenha erros de português, esse texto foi feito de última hora e enviado pra uma pessoa muito especial que eu não queria perder
CONTO DE NATAL
Era uma noite fria e escura
Numa aldeia perdida ou talvez esquecida
Em Trás os Montes
Onde uma menina passava o seu primeiro Natal
Depois de chegar de África (Luanda)
Era tudo novo, diferente, frio, escuro
Ela que tinha vivido com sol, calor, praia
Sentia-se perdida num mundo, para ela diferente
A casa dos avós até era muito acolhedora
Mas ela sentia falta da sua casa
Do seu quarto, da sua escola, de tudo
Em casa dos avós, o colchão era de palha
Tinha um cheiro muito esquisito
Lá vivia uma menina sonhadora
Morava com os pais e com os seus irmãos
Era uma noite fria
Às portas da guerra da independência
Que viria muito brevemente a acontecer
Mudando-lhe a vida e marcando-lhe para sempre
Era a noite de Natal não havia presentes
E muito menos a árvore de Natal
Ou o Presépio, mas havia alegria e amor
Os pais davam muito carinho aos seus filhos
Mesmo sem a árvore de Natal e sem presentes
Contavam-se histórias à lareira, o riso era constante
Foi uma noite que nunca mais esqueceu
Aquela menina de dez anos
Numa noite fria e escura, mas quente no seu coração
Era a noite de Natal fria
E gelada numa aldeia em Trás-os-Montes
Passada em casa dos meus avós numa noite de Natal.
Noite fria
Ouço a chuva lá fora
O vento toca a janela do meu quarto querendo entrar; me envolver num abraço, talvez.
Fecho os olhos
Num instante, minha mente me transporta àquela noite...
À beira do lago
A brisa suave tocava nossos corpos e seguia enrugando as águas
Sob o olhar tímido da lua, você repousava em meu abraço...
Adoro a moça linda que você é e mais ainda a que se torna, quando se mostra forte e segura.
Acho incrível essa maneira sua de mesclar força e delicadeza, de alternar mulher e menina sem perder a leveza.
Admiro a facilidade com que você transmite sua essência no sorriso, esse sorriso que salta à sua frente e abraça a gente com ternura.
Amo sua preocupação em ser melhor a cada dia
A sua consciência e a maneira humana de pensar nas pessoas até quando fala sobre si e sobre seus planos.
Adoro esse seu jeito investigativo e amável de olhar, esse olhar que mesmo sem voz fala com eloquência...
A intensidade e fluidez marcantes daquela noite fizeram parecer que o amanhecer chegou mais cedo.
Abro meus olhos e te sinto...
Noite fria, frio existir... A dama da noite sai a seduzir...
Noite fria, frio viver... Quem a dama da noite vai conhecer?
Uma Breve História Sobre Ana –
Naquela manhã chuvosa e fria, de uma quarta-feira de novembro, Ana, para não se atrasar, decidiu sair um pouco mais cedo, devido às condições meteorológicas.
Assim, precisou cumprir suas tarefas em menos tempo que o habitual.
Então, enquanto caminhava até o ponto de ônibus mais próximo, que ficava a cerca de duzentos metros de sua casa, percebeu, já próximo ao local, que havia esquecido a trava de segurança do botijão de gás aberta.
Meticulosa, às pressas, precisou voltar até sua casa para arrumar o descuido.
Ao chegar em frente à porta, enquanto enfiava a mão esquerda na bolsa à procura das chaves, ouviu, ao fundo, alguém chamando-a pelo nome.
— Dona Ana, bom dia!
Demorei um pouco, por conta desse mau tempo, mas cheguei para consertar aquele vazamento no banheiro.
— Bom dia!
Mas eu solicitei o trabalho de vocês há três dias, meu Senhor.
E alguém havia me dito que viriam naquele mesmo dia que, por sinal, foi este domingo agora e, portanto, eu estava o dia inteiro em casa.
Mas agora?!
Eu estou de saída, preciso trabalhar.
— Mas a gente avisou segunda-feira à tarde pelo número que a senhora entrou em contato,
que viríamos hoje, neste horário.
— Nossa!
Foi o número do meu filho e, provavelmente, ele esqueceu de avisar-me ou não viu a mensagem.
Bom, mas acontece que, neste momento, eu não posso estar em casa, estou indo trabalhar.
— Mas, senhora, como eu vou voltar metade da cidade sem ter feito meu
trabalho? — eu perderei meu dia.
— Então, o senhor quer que eu perca meu dia de trabalho para não perder o seu, é isso?
Desculpa, mas eu não posso sair para trabalhar e deixar uma pessoa que eu não conheço na minha casa.
E já estou me atrasando.
Mais dez minutos e eu perderei o ônibus que me levará a tempo até meu trabalho.
Sem esse, terei de pegar um outro que me atrasará, pelo menos, trinta minutos.
— Entendo, dona Ana.
Mas eu estou há menos de quinze dias nesse emprego, e se eu voltar sem ter feito o serviço, serei, certamente, despedido ao final do mês ou antes mesmo. E eu não posso ficar, outra vez, desempregado.
Pois moro de aluguel e tenho uma esposa e três filhos para sustentar, Senhora.
— Quanto tempo o senhor acha que levará para terminar o serviço?
— Bom, pelo o que a senhora nos passou, acho que não mais que quarenta minutos.
— Quarenta minutos é muito, meu senhor!
E olha lá meu ônibus indo... droga!
Pronto, agora o outro passa em dez minutos e eu não posso perder esse.
— A senhora não tem uma pessoa: um vizinho, um conhecido que possa ficar aqui enquanto eu faço o serviço?
— Neste horário não, meu senhor. — todos estão trabalhando.
Eu moro com meu filho, mas, neste momento, ele está viajando.
Olha, desculpa, meu senhor, se eu esperar mais, perderei o segundo ônibus que passa em menos de dez minutos.
E o terceiro só em quarenta e cinco minutos.
E como sei que o seu local de trabalho fica de um lado da cidade e o meu do outro, o senhor não poderá me dar uma carona.
Portanto, eu preciso ir.
Sinto muito!
Enquanto ela abria a porta e entrava em casa para baixar a trava do botijão e voltar, o quanto antes, até o ponto de ônibus para tentar alcançar o segundo, foi até a janela da sala para fechar as cortinas, quando avistou o senhor em passos lentos, desolado, voltando até seu veículo de trabalho.
E enquanto pensava em si mesma e seu filho, lembrava do conforto que, de certa forma, ainda tinha, mas que parecia faltar àquele homem e sua família.
Então, aos gritos, chamou-o, pedindo que fizesse o seu trabalho, enquanto servia-lhe uma xícara de café com torradas.
Enquanto ela sentava no sofá da sala e pegava seu celular para comunicar ao chefe sua ausência naquele dia, o telejornal local noticiava que, devido às fortes chuvas daquela madrugada, o congestionamento na via que dava acesso ao seu local de trabalho, ultrapassava os setenta quilômetros de lentidão.
E, assim, ela pôde entender que realmente havia feito a escolha certa.
Então, descansou os pés sobre uma almofada cinza, e a mente e o coração em um livro de poesia, ouvindo ao fundo, entre uma martelada e outra, Seu Régis assobiar sua canção favorita.
Reação adversa
Me levando e sol ainda não,
Água fria embaça o meu espelho,
a lembrança que me vem é de te vê o dia inteiro.
O café esquenta o corpo, mas não a alma que, quer perdidamente te encontrar, abro a porta e vejo que seu mundo não abriu.
Saiu pipocando saudade, a toda cortando a cidade, para sentar e esperar te vê aparecer na minha tela, pois na minha mente vc é eterna.
No final do dia aumenta a minha alegria e ao te olhar congelo pra mais um dia começar.
Ser Tão Nordestino
Andano
De pé
Descalço
Andano
De pé
No chão
Pisano
Terrinha
Fria
Ou quente
Se é
Verão
Saudades
Sentiu
E muito
Do tempo
Em que isso
Era bão
Bem bão
Era bão
Como era
Bão mesmo
Danado
De bão
Em plena noite fria,
uma bela imagem que aquece
de um ser encantador
de lindos cabelos
usando um vestido azul,
cujo amor resplandece
assim como o romantismo
contido numa simples flor
de uma beleza incomum,
dianteda qual, sorrisos se acendem
pupilas se dilatam, coração estremessse,
e assim, a emoção alcança
a sua vez de fala.
A GRANDEZA
Tão fria quanto gelo,
Tão quebrada quanto vidro
Tão profunda quanto um poço
Tão abatida quanto meu coração
Meu coração se encantou
Na magia daquele cabelo castanho
E os meus olhos se perderam
Na feição daquele olhar
Mais bonita que as noites estreladas
Teu olhar me prende como a estrela
Mais brilhante no céu
Mais escuro
Dizem que a lua se apaixonou pela
Grandeza do mar, e o mar se apaixonou
Pelo brilho da lua, eu estou apaixonado
Na grandeza da lua em seus olhos
Como o mar
E apaixonado na profundidade de seu olhar
Como...
Como a lua
E nessa manhã tão fria, só precisava de você, dos teus abraços apertados, sentir o calor do teu corpo me aquecer
VOCÊ me basta.
O Atendado em Capitólio
Nem
O comunismo
Da
Guerra Fria
Nem
O atentado
Às
Torres Gêmeas
Foram
Tão ameaçadores
À democracia
Americana
Que
O atentado
Ao
Capitólio
Eterna Amiga
A fria palavra do escuro no canto
congelava, proliferava e ardia
incessante.
Sob corpo quebrável a minha sonolência tétrica
alastra como doença o gelo em meu rosto
Deprimindo, debilitando, abatendo descanso.
Oculto, as paredes sussurram mortas
e antipáticas gotas delas escorrem.
Minhas conhecidas por mim não choram.
é
madrugada
la fora noite fria
êrrê madrugada
absorve
consome
seduz
não ouso Teu nome
não uso Tua foto
ouça meus ais
lamentos de dó
momentos de dor
descanso em ti
noite escura
revejo meu dia
componho meu verso
invento o inverso
encontro
sei quem é
sei que - Tu - É
Fonte de minha embriaguês
meu ópio
Estrela a me guiar
Minha fé
é só
É.