O homem, carnívoro, também é coveiro. A nossa existência é feita de morte. Tal é a lei terrífica. Somos sepulcro.
O mundo noturno é um mundo. A noite, um universo.
As realidades da alma, por não serem visíveis e palpáveis, não deixam de ser realidades.
O Homem está colocado onde termina a terra; a Mulher onde começa o céu.
Deus ao criar o rato disse: já fiz asneira! e tratou de criar o gato, logo o gato é uma errata do rato.
- Oh! Bom e honrado solo de Paris! Maldita essa escada que cansaria até os anjos!
As horas de êxtase nunca são mais do que um minuto.
A solidão desprende uma certa quantidade de desvario sublime.
Tratavam-se de esquecer-se no sono, visto que não podiam perder-se na sombra.
O olho do homem é feito de modo que se lhe vê por ele a virtude. A nossa pupila diz que quantidade de homens há dentro de nós.
Mas a sua alegria apagava-se dia-a-dia, e cobria-se de poeira, como a asa de uma borboleta que um alfinete atravessou.
A sobriedade é uma qualidade quando o indivíduo possui outras.
Vivem somente os que lutam.
Quem ama quer, e aquele que quer relampeja e cintila.
A prudência dos cobardes assemelha-se à luz das velas; ilumina mal, porque treme.
O belo é tão útil quanto o útil. Talvez até mais.
A casa, como o homem, pode tornar-se cadáver, basta que a superstição a mate. Então é terrível.
É erro não distinguir. Não são bons os ódios absolutos.
Quero beber. Quero esquecer a vida. A vida é uma invenção hedionda não sei de quem. Parte-se o pescoço a viver. A vida é uma armação prestes a vir abaixo.
São singulares as solidões da água. São o tumulto e o silêncio.
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