Frases sobre Tecnologia
É um absurdo a quantidade de informações que lemos das pessoas na Internet nos chats de conversas e nos e-mails. São louras, altas de olhos claros e com situação econômica estável e cultas, pelo menos é o que
elas dizem, ou melhor escrevem e, sem esquecer um detalhe, a grande maioria
se diz bonita, inteligente e bem dotada sexualmente.
É o cirurgião plástico eletrônico que
procura despertar a perfeição artificial no telespectador, no receptor e no seu
narciso adormecido na imensidão do virtual, vendendo diariamente uma nova imagem do feio para se comparar com o belo ao olhar o espelho da fantasia pluralista que invade nossa intimidade em nossos lares, quotidianamente.
Apesar de algumas vezes gastarmos nosso tempo com uma série de descobertas e invenções que nem sempre resultam em inovações
positivas para o mundo, em outras ocasiões estas mesmas descobertas são reveladas a partir de fases negativas da humanidade, caracterizadas por guerras, chacinas, e outras barbaridades, provenientes da natureza humana.
Se pensarmos nos fenômenos da bossa-nova, do movimento hippie, da jovem-guarda, tudo poderia ser visto como desabafos coletivos. Até os movimentos darks e punks na década de 80 na Inglaterra nos ajudam a diagnosticar que, quanto mais a sociedade se encontra reprimida, mais ela parte para os processos de catarse.
Seria desejável que estudos futuros analisassem algumas semelhanças entre os jogos lotéricos e a Internet, porque o próprio processo dos sorteios seria alienante, e o próprio ato de jogar seria uma catarse, com as pessoas apostando porque precisam sonhar com uma realidade que elas não
podem alcançar.
A metáfora da pipoca se aplica bem ao sumiço dos empregos na era 4.0. Neste momento estamos em fase de teste e por isso some um aqui e outro ali, como o inicio do pipocar. A panela começa aquecer as pipocas e estoura uma aqui e outra acolá. Em breve teremos as implantações em massa de novas tecnologias e o pipocar será ensurdecedor.
O que é importante ressaltar é que todas as evoluções precisam de mão-de-obra qualificada, especializada, não sendo possível que se tenha desenvolvimento tecnológico por livre ação da invenção tecnológica, só através da técnica. Mas, é preciso preparação cultural para atender à demanda mercadológica
O ser humano se desenvolveu muito tecnologicamente e cientificamente, e pouco abriu-se para as questões da essência humana, do seu eu e do seu ego, descobriu menos sobre sua mente e seu comportamento psicológico do que sobre computadores, e quanto mais ele se aproxima do computador como seu alter-ego, mais seu espelho interior fica embaçado.
Os alemães cometeram a maior catarse alienatória da história. Quiseram eliminar as diferenças culturais pasteurizando o mundo numa raça só e numa cultura só. A globalização quer eliminar as diferenças aniquilando as comunidades que resistem a sua uniformização e os países periféricos pela falta de modernização tecnológica.
Há escolas no Nordeste que não podem instalar um televisor sequer porque não há luz elétrica. Portanto, ter condições de obter
informação e de ser socialmente desenvolvido está ligado à distribuição de renda e não somente ao fato de obter tecnologia de ponta e aparelhos sofisticados de comunicação.
O país não se torna desenvolvido somente por uma questão de equipamentos eletrônicos e máquinas tecnológicas avançadas. Seria como pensar que o ensino da USP depende da cor do chão e das janelas para ser transmitido, ou da quantidade de frascos que o laboratório de química ou física possam ter.
O terceiro mundo chega a receber as sobras dos países do primeiro mundo, como televisões educativas a cabo que priorizam programações que levem cultura e saber à todos mas que, por ser a cabo
favorece que o conhecimento se acumule novamente nas mãos de poucos e
faz com que o poder da informação esteja atrelado ao poder econômico.
Quando divulgados os fatos de repercussão nacional os mesmos são mostrados de forma pasteurizada, com informações ao gosto do olhar estrangeiro, ou seja, passa-se um pano nos dados relevantes, de modo que suas fontes nacionais sejam manipuladas de fora; sofremos portanto, hoje, a ditadura e a censura do capital estrangeiro.
Pensamos em categorias de seres humanos diferentes, não biologicamente, mas profissionalmente, e quando as avaliamos em nível profissional, a questão política imediatamente aparece. Um grupo de profissionais digitais dá origem a outros. E este é o primeiro passo para que
haja sindicatos virtuais, para atender a empregados virtuais.
Excesso de informações não quer dizer que todas as pessoas têm condições
individuais e sociais de adquirir conhecimento com essas informações. E
mais: é uma grande mentira sedentária que informação gera riquezas e que através dessas riquezas as classes sociais subalternas vão se tornar emergentes.
Amar dá trabalho, pois amor exige tempo para ser construído, e hoje em dia a maioria das pessoas reclama por falta de tempo.
Acabam por não investir nessa relação e com o tempo, vem a rotina e o amor se finda!
Como seria melhor se a televisão, o vídeo game, o celular, o computador fossem desligados e houvesse mais diálogo e abraços.
Queria sumir no mundo, sem nada para me rastrear. Sem e-mail e ligações no celular. Queria me livrar da preocupação, de tudo que possa me atormentar, de preferência das contas para pagar. Cartão de crédito, IPTU e IPVA. Sem face, sem insta, sem selfie, sem flash. Mas felizmente, tudo ficaria registrado na minha mente. Você me entende?
O poder político dos outros meios de comunicação, como rádio, televisão, jornais e revistas, foi transferidos para a Internet, por ela ser o único meio de comunicação capaz de concentrar a todos em um único lugar e, consequentemente, de concentrar todos os poderes que cada meio tinha, dentro dela.
Essa ideia de evolução passada é muito vaga e vazia. Bill Gates fala que seu sonho é que, no “futuro”, haja um computador em cada mesa e em cada casa. Podemos imaginar alguém debaixo de um viaduto com um computador? Os moradores de rua não fazem, portanto, parte deste futuro?
Há futuro nas favelas e nos barracos debaixo das pontes?
É importante, para encontrar o futuro, buscar o passado. Homem sem
memória é homem sem contexto de vida. Para entendermos o que representam as novas tecnologias de comunicação no nosso tempo histórico, temos que, primeiro, traçar perspectivas por meio de fatos e de
acontecimentos do passado e do presente.