Frases sobre Tecnologia
Os militares envelheceram nossa mentalidade durante esses
longos anos, até deixarem caduca nossa noção de cidadania e nossa
memória e história política.
A Rede Globo soube usar essa “modernização” a seu favor no
regime militar brasileiro, e tinha recursos de sobra acrescidos por um contrato inicial com a Time-Life para investir na modernização gerencial e no
refinamento técnico.
Embora vivendo em regime democrático, os meios de comunicação continuam formando uma sociedade autoritária e continuam submetidos à tutela do Estado.
Por que brigar tanto? Talvez esta pergunta seja respondida na observação de que os homens mais poderosos do mundo hoje em dia não são os políticos, mas os homens de comunicação, que não deixam de ser políticos no sentido de influenciarem o comportamento da sociedade.
Os donos dos negócios de comunicação atualmente elegem
políticos, são eles que fazem alterações nos sistemas políticos. Em toda parte
do mundo eles colocam e tiram representantes políticos.
As decisões políticas atuais são
tomadas por pessoas que não pertencem ao grupo de decisão, e que em sua
maioria são donos dos grandes conglomerados dos meios, os quais não são da esfera diretamente política.
Após as reformas políticas, da Glasnost e Perestroika, o rosto da
Sputnik também se modificou, suas matérias se adaptaram ao novo sistema
como a água ao formato de uma nova vasilha.
É importante destacar a simbologia que o homem dá às coisas
ao seu redor, como se elas tivessem também, pelo fato de ele as possuir, um
papel social, e o poder de ser um pedaço próprio de sua existência. Da forma
de gravar numa escala somatória tudo o que é e o que faz a sua história.
Robôs e máquinas não são cidadãos mesmo sendo fabricados
por multinacionais: a cidadania é algo precioso que só seres humanos podem
exercer
Quando o ser humano passou a ser um elemento da cibernética,
não só sua imagem passou a ser cibernética, mas toda sua conjuntura
cultural, suas idéias, seus pensamentos, crenças e ideologias passaram pelo
filtro do virtual.
O ser humano, a partir do momento em que começou a usar a
máquina como companhia social, como meio de trabalho e como lazer, não
pode ter sua cidadania vista da mesma maneira.
A tela do computador, com os serviços de chats e com as homepages que vendem mercadorias culturais ou bens de consumo tangíveis e intangíveis, representam, no meu modo de entender, uma vitrina, um segundo conceito de vitrina a partir da criação do universo virtual.
Na busca de saciar todas essas suas ansiedades atuais, que são resumidas em medos e em falhas psicológicas, o oco do ser humano torna o tudo num todo, no qual a intertextualidade do nada é absorvida por meio da artificialidade da razão.
Hoje, o computador já representa, para muitas famílias, o novo cão de estimação, um membro da família, um tipo meio “cyberdog”. Traça-se não só um novo perfil humano de se comunicar e se expressar.
O real absoluto nunca coube muito bem dentro dos meios de comunicação porque renega todo o princípio dos meios, que é fantasiar a realidade.
Os meios de comunicação conduzem a sociedade a viver no irreal. O problema ocorre quando a indústria dos sonhos faz sonhar, mas não pode proporcionar ao receptor do sonho a realização.
Se cada um dispuser de serviços coletivos de forma particular, o resultado será o surgimento de um novo ciclo de exércitos de excluídos, ou desempregados em massa.
Os meios de comunicação interferem no campo social porque criam expectativas de realizar sonhos que muitas das vezes, na realidade, não são permitidos ou viáveis.
Os meios de comunicação são, no entanto, condutores da sociedade e, hoje, se tornam suportes que tendem a substituir o poder de influência dos grandes líderes.
Constatamos que os líderes políticos, hoje em dia, caem e sobem muito mais pela ação direta dos medias do que por circunstâncias próprias de atos de bravura, coragem ou de covardia.