Frases sobre tecnologia que inspiram debates atuais
As necessidades políticas e sociais dos seres humanos sendo repensadas, não segundo um padrão de conduta social quotidiano, mas segundo um padrão de conduta estereotipada pelos personagens e pelas estórias realizadas dentro da artificialidade dos meios.
Até os alternativos formam uma facção de produtores diferenciados, e mais do que nunca, na era da informática, cultura e informação são armas
de sobrevivência dentro do mercado, tanto artística quanto profissionalmente.
A epiderme de todos os estudos humanos é o tecido social, porque está abaixo das cicatrizes da vida humana.
Os meios de comunicação, por sua vez, interferem em todos os âmbitos da vida pública, familiar e das comunidades, interligando às partes um todo desconhecido.
Quando os meios de comunicação passam a ser elementos de
formação política, temos que ver que isso faz com que sejam também
modificados todos os contextos políticos, bem como a historicidade da
humanidade, enquanto agentes próprios de suas ações históricas.
O homem ampliou seus canais de expressão, da linguagem rudimentar para a linguagem cibernética. Todo esse processo serve para explicar que os sistemas políticos não nascem do nada, porque é preciso que haja um meio de preparação para sua fermentação ideológica, física e social.
Hoje o intercâmbio de informações de forma rápida e dinâmica é uma realidade, mas as conseqüências dessa velocidade são, também, preocupações nos dias atuais.
Vejamos que o mundo, antes das revoluções tecnológicas na
área da comunicação e em outras, ainda era definido por fronteiras
estabelecidas por acordos políticos, por tratados, ou delimitações territoriais e
pelas descobertas feitas nas áreas das ciências e da navegação.
Grande parte dos padrões culturais de um dado sistema social não foi criado por um processo de produção própria, ou seja, autóctone, mas copiada de outros sistemas culturais.
A cultura de hoje não se constrói mais somente no plano do tocar a cultura do outro por processos históricos relevantes e por sua absorção natural, pois vivemos uma cultura translocal, que ultrapassa os
limites da territoriedade.
Hoje, a uniformização dos meios eletrônicos e, principalmente,
as uniões das empresas da área, compondo aglomerados gigantescos e de
porte internacional, produzem a massificação da cultura ocidental.
Para a concretização desse projeto capitalista de futuro ocorrem
as megafusões, envolvendo as grandes empresas de telecomunicações, de
computadores, de entretenimento e de jornalismo.
Na busca por novos mundos e pela conquista de um padrão cultural de Primeiro Mundo, os telespectadores comuns somente aceitam a língua que essas novas mídias, reforçadas pelas novas tecnologias, falam.
A imagem diferente do espelho neoliberal é a ameaça ao avanço do projeto capitalista como um todo, no final do século.
Devemos analisar o quanto a sociedade se apresenta como meio de sedução para os meios de comunicação e, por outro lado, o quanto os meios de comunicação também são sedutores, por serem objetos de poder de informação e de domínio público.
O poder não é um elemento próprio enraizado nos meios de comunicação, mas um elemento que faz parte da condição normal do ato de passar informação, da posse do saber ou da crença de saber.
O problema é que há sempre, por detrás desses interesses, um boneco ou símbolo para representar seu funcionamento, como talvez Gorbachev e a Perestroika foram. É aquilo que os meios reforçam como desejo popular.
Quanto mais os meios interferem nas políticas locais ou estrangeiras, mais os desejos internacionais de um grupo se tornam desejos populares, porque a vontade de um povo é construída por símbolos que conjugam uma universalidade de valores entre homens e governos.
As artes e as informações locais se desmontam em conseqüência das
influências dos mega mercados internacionais que representam os Estados Nações de um império só: o dos meios de comunicação.