No amor, as mulheres são profissionais; os homens, amadores.
Os camaleões alimentam-se de luz e de água: / O alimento dos poetas é o amor e a fama.
O amor que se acende e se apaga descontinuamente logo se queima.
O amor não existe, só há provas de amor.
Muitos são os remédios que curam o amor, mas nenhum é eficaz.
O amor é como a febre, nasce e extingue-se sem que a vontade tome minimamente parte nele.
No amor o mais importante é não fazer mal à outra pessoa. É secundário que se atinja este objetivo pela mentira ou pela honestidade. Infelizmente quase toda a gente odeia ser enganada.
O amor-próprio do tolo, quando se exalta, é sempre o mais escandaloso.
O amor é o único jogo no qual dois podem jogar e ambos ganharem.
Assim como o amor de Deus é raiz de todas as virtudes, assim o amor-próprio é a de todos os vícios.
Pode ferir-se o amor-próprio; matá-lo, nunca.
O amor não passa de um prazer. A honra é um dever.
Os amores são como os bebês recém-nascidos: enquanto não choram, não se sabe se vivem.
Nunca um amante, por eloquente que seja, crê ter dito o bastante no interesse do seu amor.
Depois do céu, quem mais pasmosos milagres faz é o amor.
O amor, no seu estado social, talvez não tenha nada razoável senão a sua loucura.
As mulheres pedem ao homem o máximo e o mínimo. Amor.
O amor não é um sentimento, é uma arte.
Ao bom e sincero amor está sempre junto o temor.
O amor cede diante dos negócios. Se queres sair / do amor, entra nos negócios: estarás seguro.
Ovídio
OVÍDIO, Os Remédios do Amor
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