Frases de Rubem Alves Professor

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Eu quero desaprender para aprender de novo.
Raspar as tintas com que me pintaram.
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.

Aprenda a gostar, mas gostar mesmo, das coisas que deve fazer e das pessoas que o cercam. Em pouco tempo descobrirá que a vida é muito boa e que você é uma pessoa querida por todos.

‎As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos.

O desejo que move os poetas não é ensinar, esclarecer, interpretar. O desejo que move os poetas é fazer soar de novo a melodia esquecida.

Aprendi pela minha recusa em aprender.

Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais...

Sempre vejo anúncios de oratória. Nunca vi anúncios de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir!

Para isso existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido.

Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu.

Rubem Alves
Conversas sobre educação. São Paulo: Verus, 2010.

São as crianças, que sem falar,
nos ensinam as razões para viver.
Elas não têm saberes a transmitir.
No entanto, elas sabem o essencial da vida.

Os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.

Rubem Alves
A arte de ensinar. São Paulo: ARS Poética Editora, 1994.

Quando a gente ensina, a gente continua a viver na pessoa que foi ensinada!

Pois ser mestre é isso: ensinar a felicidade.

Patativa do Assaré
Que homem extraordinário! Leia esse poeminha e você virará um poeta:
“Pra gente aqui ser poeta
Não precisa professor.
Basta vê no mês de maio
Um poema em cada gaio
Um verso em cada fulô”.
(do livro: Ostra feliz não faz pérola)

Escrever e ler são formas de fazer amor. O escritor não escreve com intenções didático-pedagógicas. Ele escreve para produzir prazer. Para fazer amor. Escrever e ler são formas de fazer amor. É por isso que os amores pobres em literatura ou são de vida curta ou são de vida longa e tediosa.

Suspeito que nossas escolas ensinem com muita precisão a ciência de comprar as passagens e arrumar as malas. Mas tenho sérias dúvidas de que elas ensinem os alunos a arte de ver enquanto viajam.

O caminho da verdade exige um esquecimento: é preciso esquecer-se do aprendido, a fim de se poder lembrar daquilo
que o conhecimento enterrou.

Não existe cultura sem educação.

Meu único desejo, meu tema musical, meu diamante é a educação.

“... Não há tristezas nem alegrias na nossa vida.
O tempo do relógio é indiferente às tristezas e alegrias. Há, entretanto, o tempo que se mede com as batidas do coração. Ao coração falta a precisão dos cronômetros. Suas batidas dançam ao ritmo da vida – e da morte...!”

Inserida por profeborto