Frases Rio

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Cada um rema sozinho uma canoa que navega um rio diferente, mesmo parecendo que esta pertinho.

O rio não quer chegar, mas ficar largo e profundo...

O Rio

Ser como o rio que deflui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. Belo, Belo, 1948

"Ninguém entra em um mesmo rio uma segunda vez, pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras."

Diário de Viagem

O poeta foi visto por um rio,
por uma árvore,
por uma estrada...

Todo mundo chama de violento a um rio turbulento, mas ninguém se lembra de chamar de violentas as margens que o aprisionam.

Procurem um grande amor na vida e cultivem-no. Pois, sem amor, a vida se torna um rio sem nascente, um mar sem ondas, uma história sem aventura! Mas, nunca esqueçam, em primeiro lugar tenham um caso de amor consigo mesmos.

O homem que volta ao mesmo rio, nem o rio é o mesmo rio, nem o homem é o mesmo homem

Eu falo idiotices, me enrolo nas minha próprias palavras, tropeço nas minhas pernas, rio de mim mesma e sorrio para as coisas mais simples da vida. E é isso que me faz feliz.

O rio não quer chegar a lugar algum, só quer ser mais profundo

Afundo um pouco o rio com meus sapatos.
Desperto um som de raízes com isso
A altura do som é quase azul.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

"Quem não sabe por que caminho chegará ao mar, deve tomar o rio por companheiro."

Estranho o teu Cristo, Rio
Que olha tão longe, além
Com os braços sempre abertos
Mas sem proteger ninguém

Sobre A Violência

A corrente impetuosa é chamada de violenta
Mas o leito do rio que a contem
Ninguém chama de violento.

A tempestade que faz dobrar as bétulas
E tida como violenta
E a tempestade que faz dobrar
Os dorsos dos operários na rua?

A lua, cansada,
adormeceu por instantes
no leito do rio.

Folha no rio
vai para o mar sem volta -
chorão se renova.

Numa cachoeira
folia das gotas do rio.
São águas no cio.

No rio, a canoa
pinta em verde
o seu reflexo.

Já repararam como, em dias quentes e azuis na beira da praia, no rio, todos parecem deuses?

Compreendiam exatamente o sentido lógico das palavras que diziam, mas sem ouvir o murmúrio do rio semântico que corria através dessas palavras.

Milan Kundera
KUNDERA, Milan. A insustentável leveza do ser. São Paulo: Companhia de Bolso, 2008.