Cana produz destilados,
Álcool produz hematomas
Nas esposas dos manguaçados.
Pros pequeninos obrigações,
Pros responsáveis
Isenção dos resultados.
Façamos um brinde à nossa
Percepção e Juízo adulterados.
Considerações gerais,
Concordando com o que se pensa.
Simulações ficcionais, realidade intensa.
A insônia que o sondava
Não sabia ser consensual
Sadicamente persistente,
Insistia hipnótica.
Cinicamente sorrateira
Subia os degraus,
Efetuava os sintomas
Numa inversão alcoólica.
Atravancando,
Adulando a agonia,
Implorava ao cansaço
Que o dominasse.
Desacelerando o batimento,
Suando de hipotermia,
Desejava caminhar em transe,
Mas não podia.
Sonolento não dormia,
Expelia amônia.
Dura resenha de um
Sonâmbulo com insônia.
O que adianta
viver no paraíso.
Se não tiver ninguém para contar.
marcos fereS
Em um Império remoto,
Longe de qualquer progresso,
Imperava um Imperador,
Temido por seus excessos.
Seus domínios extensos,
Das pastagens à cordilheira,
Não serviram de aperitivo,
Ao cruzar com a borralheira.
O ilustre se cativou
Com aquele avental,
Sua política interna
Virou extrema liberal,
Ao contemplar a lavadeira
Numa tarefa eventual.
Uau.
Deu as costas à realeza
E o galanteio virou papo,
Seria ele e sua duquesa
A Imperatriz do Farrapo.
Nos registros do reinado
Anotava-se um prefácio,
A paixão de um sangue azul
Pela empregada do palácio.
O Imperador Pirou,
se fez de camponês,
Um barril de rum bebeu,
rasgou seu manto em três,
Se proclamou plebeu,
deixou de ser burguês,
Não pensou no que perdeu,
só pensou no que não fez.
Jamais se arrependeu
e no final era uma vez...
Pães de mel com suco de morango.
Até 8 outonos leite com chocolate,
Dos 12 em diante café com leite.
Colchão estendido ao chão,
Relaxamento na matinê.
Caixa de areia meio vazia meio cheia.
Anjos de porcelana ocultos na penteadeira,
Posicionados cuidadosamente
Para não serem vistos, como deve ser.
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