Artesanais, manuais, cirúrgicos,
Modificações da própria estrutura,
Meio artificial, meio humano, animalesco.
Sangue Tribal,
Salpicando na veia.
O Espiritual queimando a artéria.
Forjando, guinando, atrevendo,
Pulsando, marcando, ardendo.
Não escaparás do escopo.
Esmerilhando as incompatibilidades,
Causamos a fusão em nosso corpo.
Nunca inteiro ou completo,
Sempre meio ou metade.
Nascemos inacabados,
Mas prontos pra eternidade.
Nascemos inacabados,
Mas prontos pra eternidade.
Cíclicos são calendários,
Periódicos são aniversários,
Meu bom-humor é sazonal,
Reservado a feriados.
Apetitosos são cardápios,
Fotografia também é sensual,
Explicativos são manuais,
Realidade Ficcional.
Direções apontam atlas,
Jornalismo faz notícia,
Gráficos indicam dados,
Polícia faz perícia.
Política faz corruptos,
Ou corruptos fazem política ?
Entretenimento: droga lícita,
O Ópio do povo é a Retórica.
Cana produz destilados,
Álcool produz hematomas
Nas esposas dos manguaçados.
Pros pequeninos obrigações,
Pros responsáveis
Isenção dos resultados.
Façamos um brinde à nossa
Percepção e Juízo adulterados.
Considerações gerais,
Concordando com o que se pensa.
Simulações ficcionais, realidade intensa.
A insônia que o sondava
Não sabia ser consensual
Sadicamente persistente,
Insistia hipnótica.
Cinicamente sorrateira
Subia os degraus,
Efetuava os sintomas
Numa inversão alcoólica.
Atravancando,
Adulando a agonia,
Implorava ao cansaço
Que o dominasse.
Desacelerando o batimento,
Suando de hipotermia,
Desejava caminhar em transe,
Mas não podia.
Sonolento não dormia,
Expelia amônia.
Dura resenha de um
Sonâmbulo com insônia.
O que adianta
viver no paraíso.
Se não tiver ninguém para contar.
marcos fereS