Borboletas e ipês se apresentam na mesma estação.
Oba!
Arvores suspiram
Nuvens choram
o vento passa,
Tocando o barco
Faltam-lhes batidas no cérebro e um coração mais inteligente.
Sou cético! Só acredito em vida após cafunés.
É um exercício: feche os olhos e só abra quando encontrar a graça que falta aqui fora.
Árvores oferecem asilo a toda espécie de poesia.
Está cada vez mais fácil ficar mais bonito por fora.
O tempo não nos pertence, por isso ando devagarinho. Tenho muita pressa a perder.
Os olhos nunca vão se tocar, talvez por isso tornaram-se órgãos tão cruéis.
Não dá mesmo para confiar em nossos superpoderes quando são estimulados pela indústria do entretenimento.
Aí, em um belo dia de chuva, a memória manda uma enxurrada de cócegas ao coração.
A única coisa que realmente precisa é saber diferenciar existir de viver.
Nada como um pouco de emoção vulgar para aliviar tantas filosofias.
É mais prudente usar um pouco de paciência como cobertura aos dissabores inevitáveis.
Ainda não perceberam que a natureza dispensa rodas por funcionar mais e melhor passo a passo.
O abraço é uma preguiça sem pecado.
Eles ainda preferem nos transformar em folhas de papel para assentarem seus vazios.
Robôs são criaturas superinteligentes, e só.
O tempo é muito mais saboroso quando degustado entre olhares.
A vida é um detalhe que não funciona desacompanhado.