A música oferece à alma uma verdadeira cultura íntima e deve fazer parte da educação do povo.
Minha alma é feita de luz e trevas; nada de brumas. Ou faz bom tempo ou há temporal; as temperaturas variáveis são de pouca duração.
Dá tanto trabalho escrever um livro mau como um bom; ele brota com igual sinceridade da alma do autor.
A formosura da alma campeia e denuncia-se na inteligência, na honestidade, no reto procedimento, na liberalidade e na boa educação.
Quando a alma, ao termo de mil hesitações e desenganos, cravou as raízes para sempre num ideal de amor e de verdade, podem calcá-la e torturá-la, podem-na ferir e ensanguentar, que quanto mais a calcam, mais ela penetra no seio ardente que deseja.
O desgosto é o obscurecimento do espírito e não o seu castigo.
Se o corpo chamasse a alma perante a justiça, ele a convenceria facilmente de má administração.
A educação é para a alma o que a escultura é para um bloco de mármore.
Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo.
Um corpo corruptível pesa sobre a alma e - tenda de argila - oprime a mente pensativa.
Alma que sente frio
distância que aprisiona
A saudade está no cio.
O dinheiro não é necessário para comprar uma única necessidade da alma.
Numa grande alma, tudo é grande.
Partida, hora amarga
Enche-se alma de saudades
E os olhos de lágrimas...
O tédio é a doença dos corações sem sentimentos e das almas pobres.
Não é a nossa condição, mas a índole da nossa alma que nos torna felizes.
A alma é uma coisa que a espada não pode ferir, o fogo não pode destruir, que as águas não podem maltratar, que o vento de meio-dia não pode secar.
A alma é um olho sem pálpebra.
A indiferença é o sono da alma.
O mundo não será feliz a não ser quando todos os homens tiverem alma de artista, isto é, quando todos tirarem prazer do seu trabalho.
Auguste Rodin
Nota: Trecho do texto conhecido com o "Testamento" (1911) de Rodin, reproduzido em "Histoire Générale de L'art Franc̜ais de la Révolution à nos Jours", de André Fontainas e Louis Vauxcelles, 1922 (volume 2, p. 259-261).
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