Frases poéticas (reflexões inspiradoras sobre vários temas)

Teu amor pelas coisas sonhadas era o teu desprezo pelas coisas vividas.

Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar do que amar.

Se perder um amor, não se perca!

E que o amor mais desatinado e tenaz não passava de uma verdade efêmera.

Por que os casais brigam?
Minha esposa sentou-se no sofá, junto a mim, enquanto
eu passava pelos canais.
Ela perguntou, “O que tem na TV?“
Eu disse, “Poeira. “
Aí então, a briga começou...

Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Y
Fase do encantamento - É quando o romantismo
esta à flor da pele. A admiração é muito grande
(o máximo), a sensação dos recém casados é
uma delícia.

Lhe parecia aquilo que era: uma armadilha da felicidade que o entediava e atraía ao mesmo tempo, mas da qual era impossível escapar.

Tens um livro que não lês,
Tens uma flor que desfolhas;
Tens um coração aos pés
E para ele não olhas.

⁠“ Voltei! A saudade de interagir por aqui se tornou uma necessidade! Por isso retornei! É que só faço o movimento do retorno, quando sinto que estou muito melhor do que eu era antes! Experimente fazer igual! Retorne-se!”

"Não há mistério para ser feliz. Agradeça! Agradeça e agradeça. Depois repare a sua sensação. Isso é a felicidade!"

" Há dois caminhos para escolhermos seguir: o de ir e o de ficar. Movimente-se! Vá! Só se saberá aquilo que se tentar".

O mundo parece chato mas eu sei que não é. Sabe por que parece chato? Porque, sempre que a gente olha, o céu está em cima, nunca está embaixo, nunca está de lado. E sei que o mundo é redondo porque disseram, mas só ia parecer redondo se a gente olhasse e às vezes o céu estivesse lá embaixo.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Come, meu filho.

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Essa noite – de ventania – sonhei um sonho tão gratificante. Era um menino de 14 anos e uma menina de 13 que corriam um atrás do outro, se escondendo atrás de árvores, e às gargalhadas, brincando. E eis que de repente eles param e mudos, graves, espantados se olham nos olhos: é que eles sabiam que um dia iriam amar.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Amor... pois de amor andamos todos precisados! Em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para frente...

E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou.
Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste.
Não vejo, sem pensar.
Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter.

(Livro do Desassossego - Bernardo Soares, heterônimo de Fernando Pessoa)

"...nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
senão, amor, eu morro."

Você tem todos os motivos para não amar e apenas um que justifica todo o amor.

"Não é obrigatório ter motivo para estar alegre; o melhor é dispensá-lo e ser alegre sem motivo algum". In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.

Cada vez mais acho tudo uma questão de paciência, de amor criando paciência, de paciência criando amor.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Lembrança da feitura de um romance.

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