Frases para quem levou um fora

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Um desânimo. Uma lerdeza. Um oco. Aquela velha sensação de estar jogando fora a vida. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Uma grande, uma enorme, uma devastadora falta de saco para qualquer pessoa.

Está fora de moda sofrer por amor. Vingança é tendência.

Todos vivemos com a ilusão de que os outros, por fora, nos vejam como nós imaginamos ser por dentro. E não é assim.

OFF PRICE

Que a sorte me livre do mercado
e que me deixe
continuar fazendo (sem o saber)
fora de esquema
meu poema
inesperado

e que eu possa
cada vez mais desaprender
de pensar o pensado
e assim poder
reinventar o certo pelo errado

Pra que é que eu quero quem chora,
se estou tão bem assim,
e o vazio que vai lá lá fora
cai macio dentro de mim?

Imperdoável é deixar a responsabilidade fora de você, enquanto não perdoar coloca a responsabilidade em quem não quer perdoar.

Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim.

Firme e piadista por fora… mas assustadíssima e carentíssima por dentro.

Veja – se não fora pra ser, não vai ser. Acredite em mim. Coisa boba essa sua tentativa de ir além.

Eu quero encontrar alguém
que ao ver que meu amor caiu e se quebrou
não o jogue fora,
mas que, com carinho,
junte os pedacinhos
e me ajude a consertar.

Nada por dentro e por fora além daquele quase-novembro, daquele vento, daquele céu-azul – daquela não-dor, afinal.

Somos meninos brincando no teatro do tempo; todo conhecimento que temos, ainda não nos levou ao subsolo do nosso inconsciente.

Quantos sonhos o mundo já levou de você?

A vida veio e me levou com ela.

Antes de teres apurado a razão que levou alguém a proceder daqueles modos, como podes tu saber, em boa verdade, se alguém procedeu bem ou mal? E só deste jeito, ó caro, não correrás o risco de te pronunciar sobre situações falsas tendo-as como situações verdadeiras.

Gostava tanto do meu pé, que o levou consigo na bunda.

A verdade está em nós, não vem de fora.

Muitos ventos sopram.
Dentro e fora de mim uivam
lobos que não sou.

Noturno

Lá fora o luar continua
E o trem divide o Brasil
Como um meridiano

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

Encontro-me de pé sob um céu estrelado
E sinto como o mundo rasteja
no meu sobretudo, para fora e para dentro,
qual um formigueiro