Frases para Pessoa Mala

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Tive grandes ambições e sonhos dilatados – mas esses também os teve o moço de fretes ou a costureira, porque sonhos tem toda a gente: o que nos diferença é a força de conseguir ou o destino de se conseguir conosco.

Estou ignorando tanta coisa,fingindo não ver,não sentir...
Pra ver se eu consigo me convencer mesmo que não existe.

A vida que se vive é um desentendimento fluido, uma média alegre entre a grandeza que não há e a felicidade que não pode haver.

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a marcará,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.

Fernando Pessoa
Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática, 1944.

Nota: Trecho do poema Tabacaria.

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Não adianta tirar da mente o que não sai do coração.
Você apaga os momentos, mas as lembranças se mantêm
vivas dentro de você

“Para compreender, destruí-me.”

Ninguém pode sonhar por ti.

Falhei em tudo. Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
(Tabacaria)

Quem sou eu para mim? Só uma sensação minha.

Custa tanto ser sincero quando se é inteligente! É como ser honesto quando se é ambicioso.

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

(do poema "Mar Português")

Se de mim não me lembro, como me lembrarei de ti?

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

“Ah! dá nojo ver o mundo
Pensar tão pouco profundo”.

(escrito em 15.11.1908), In Poesia 1902-1917)

(...) Porque enfim
Sempre haverá sol
Ou sombra na cidade
Mas em mim...
Não sei o que há

Este é o dia. Esta é a hora, este o momento, isto é quem somos, e é tudo. Perene flui a interminável hora que nos confessa nulos. No mesmo hausto em que vivemos, morreremos. Colhe o dia, porque és ele.
(Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa in “Odes”)

A literatura, como toda a arte, é uma confissão de que a vida não basta.

Fernando Pessoa
Erostratus. in: Páginas de Estética e de Teoria Literárias. Lisboa: Ática, 1966.

Que sejas meu universo, que sejas tudo o que sinto e o que penso, que de manha seja o primeiro pensamento e a luz em minha janela...

Não sou nada,
Não posso ter nada,
Não quero ter nada,
À parte isso,
Tenho todos os sonhos do mundo.

Sinto, por vezes, um temor espantado das minhas inspirações, dos meus pensamentos, compreendendo quão pouco de mim é meu.


(aforismos e afins)

Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?