Sim. Desbocado, Confessei que não Sei viver sem teus lábios.
Cuidado, frágil. Minha vida, Em tuas mãos. Seja suave.
Desnorteado? Vento tépido, Varrendo pensamentos E o tempo.
Chuva ácida. Nuvens no horizonte, E o sol se escondendo Pra chorar outra vez.
Maria fumaça. Trem vazio, Mente vazia, Janela aberta.
Enfim. Um vazio sem fim, Sem um fim, Vazio.
Ciente. Sem paciência, Sem ciência, Sem paz.
Verão? Na beira do mar, Quase sempre fico A ver navios.
Se estou errado? Não sei ao certo.
Remoendo. Remando, Contra a maré, E de ré.
Capão da Canoa. Água gelada, Sol nas costas, Coração batendo.
Tarde demais? Nem dia, Nem noite, O meu peito.
Real. Antes de sair, Beijo a tua face, Antes de cair.
Permanente? Teus cabelos, Soltos ao vento, Me libertam.
Teto de zinco. Nossa casa de madeira, A chuva falando por nós, Gotas molhando os nós.
Validade? Nascemos sem pedir E, mesmo sofrendo, Pedimos para não ir.
Vi olência. Esse teu cheiro, Um perfume de cio, E eu por um fio.
Pulsar. Bater os olhos Nos teus, faz Bater os meus.
Sem fonia. E esse teu jeito, Desconcertante E sem conserto.
Atire a primeira. Vida. Imaculada? Mas que nada...
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