Frases de Olavo de Carvalho
TODOS os males do mundo político, sem exceção, vêm de grupos revolucionários iluminados que, a pretexto de resolvê-los, concentram cada vez mais poder nas suas mãos.
Não tenho NENHUM interesse por doutrinas filosóficas, políticas ou sociais. Só por análises da realidade. Não troco a obra inteira de Jean-Jacques Rousseau por duas páginas de Eric Voegelin.
O traço mais saliente da miséria cultural de um país é a proliferação endêmica de idéias esquisitas, surgidas de idiossincrasias pessoais ou preconceitos grupais e locais sem nenhuma raiz na História do pensamento, no 'grande diálogo', como o chamava Mortimer Adler.
Uma tese fundamental da minha filosofia é: O mundo é o mediador de toda linguagem. Só compreendemos na linguagem o que compreendemos no mundo, e não ao inverso.
A verdade só se mostra à consciência individual e se dissemina na autêntica interpenetração das consciências, a qual só é viável no diálogo pessoa a pessoa, nunca num discurso coletivo uniforme.
O objetivo da filosofia não é criar filosofias, teorias filosóficas. É criar filósofos, pessoas que amem o conhecimento, a compreensão, a lucidez, a sabedoria.
Marxismo, pragmatismo, nietzscheanismo e freudismo nada nos dizem a respeito da realidade, mas tudo a respeito da mentalidade de seus adeptos. São os quatro pilares do barbarismo contemporâneo.
Reconhecemos uma paixão pela facilidade com que, por ela, nos privamos do resto. Ubi amatur, non laboratur. Aut si laboratur, labor amatur.
Há anos eu descobri que isto é um princípio: jamais aceite explicações sociológicas quando elas estão ali para substituir a verdadeira explicação histórica, que é a narrativa real do que aconteceu, efetivamente como se passou.
Em história, quando você tem de apelar para explicações sociológicas, é porque você não tem a narrativa histórica certa. A explicação sociológica é meramente hipotética.
Alguém me ensinou isto ontem, e jamais o esquecerei: Quando você ganha mais dinheiro, seus problemas financeiros não acabam. Só mudam de escala.
Todo aquele que usa os termos do debate político no sentido atual que têm na mídia, sem levar em conta a história da formação do seu significado, nem portanto as ambiguidades camufladas que ainda carregam, é um charlatão.
Mao Dzedong foi o maior genocida e torturador de todos os tempos, pondo no chinelo Stalin e Hitler. Só cretinos de marca podem imaginar que um movimento revolucionário inspirado nas idéias dele tivesse algo a ver com liberdade e direitos humanos.
O socialismo não funciona pela simples razão de que nele o Estado é ao mesmo tempo o único produtor e o único consumidor.
Se eu fosse receber o "justo valor" de tudo o que produzi, não teria conseguido produzir NADA. Isso vale para todos os seres humanos.
Pouco importando qual seja o modo de produção, para um sujeito ganhar alguma coisa é preciso que alguém ganhe MUITO MAIS.
A lei do sacrifício é universal e irrevogável. TUDO no mundo depende de que alguém dê alguma coisa sem receber nada em troca. Karl Marx nunca entendeu isso, embora com "O Capital" ele jamais ganhasse nem o suficiente para tratar das suas hemorróidas.