Frases de Olavo de Carvalho
Uma identidade nacional é a memória viva dos grandes feitos realizados por um povo. O nacionalismo brasileiro nem liga para isso. Só pensa nos valores materiais e na 'cobiça internacional'.
O fato de alguma coisa ter acontecido a você, mesmo que só a você, já prova que ela é uma possibilidade universalmente humana. Este é um ponto de partida fundamental em qualquer investigação filosófica.
Será que ninguém neste país percebe a diferença entre os que opinam em busca de vantagens grupais e o escritor que só expressa a sua opinião pessoal com sinceridade?
Como não consegue acreditar seriamente que vai alcançar sucesso, o brasileiro acha mais seguro apostar no fracasso alheio.
O consolo do imbecil é imaginar que chamá-lo de imbecil é ofensa, quando na verdade é uma descrição inteiramente objetiva.
Nunca estudei a filosofia de fulano ou beltrano para conhecê-la apenas, mas para ver se com a ajuda dela conseguia apreender algo dos objetos a que se referia. Se não me ajudavam nisso, perdia todo interesse por elas, mesmo porque não estava em busca de um DIPROMA.
Seguir os preceitos da religião sem ter constantemente em vista a perspectiva da morte e a esperança concreta da vida eterna (o que implica o esforço de imaginá-la), é cultuar um Deus reduzido à ordem mundana.
Não há nada mais difícil do que fazer alguém tomar consciência da sua inconsciência progressiva. É como tentar parar uma queda em pleno ar.
Saber o que os filósofos disseram sobre isto ou aquilo é, segundo Aristóteles, o começo da investigação filosófica. No Brasil é a finalidade dela.
O primeiro dever do brasileiro é a imaturidade. O segundo é uma pose de bom moço. O terceiro é o tom de superioridade moral sublime.
Nenhum povo, como o brasileiro, tem o dom de odiar por motivos fúteis, julgar por aparências fortuitas e condenar por mera frescura.
Se no Brasil cada um exigisse de si mesmo um centésimo da perfeição que cobra dos outros, seríamos o povo mais feliz do mundo.
Você quer ler o John Rawls, o Fukuyama ou o Robert Nozick? OK, mas primeiro termine de ler o Eric Voegelin, o Louis Lavelle e o Bernard Lonergan.
Já cheguei à conclusão de que o analfabeto funcional é invencível, pois, se você tenta explicar que a sua opinião não é aquela que ele contestou, ele logo inventa uma terceira e, atribuindo-a a você, passa a atacá-la com ares de superioridade ainda mais sublimes.