A ausência é o remédio do amor.
O amor afirma, o ódio nega. Mas por cada afirmação há milhentas de negação. Assim o amor é pequeno em face do que se odeia. Vê se consegues que isso seja mentira. E terás chegado à verdade.
Aprender música lendo teoria musical é como fazer amor por correspondência.
Até na pessoa mais cansada o amor é como um despertar.
O adultério é a aplicação dos princípios democráticos ao amor.
A distância é o fascínio do amor.
Para se pôr fim a uma guerra, como a um amor, é preciso ver-se de perto.
A música clássica do amor é em tom maior, a romântica em tom menor. O amor moderno é uma fraca melodia, sobreinstrumentada.
Só havia três coisas sagradas na vida: a infância, o amor e a doença. Tudo se podia atraiçoar no mundo, menos uma criança, o ser que nos ama e um enfermo. Em todos esses casos a pessoa está indefesa.
Miguel Torga
TORGA, M., Diário, Coimbra, 27 de outubro de 1974
No amor, o engano vai quase sempre mais longe do que a desconfiança.
O amor ou não desculpa nada ou desculpa tudo.
A medicina é o remédio para todas as dores humanas, apenas o amor é um mal que não tem cura.
Sem o amor-próprio nenhuma vida é possível, nem sequer a mais leve decisão, só desespero e rigidez.
É impossível exprimir a perturbação que o ciúme causa a um coração em que o amor ainda se não tenha declarado.
O verdadeiro amor, como se sabe, é impiedoso.
Não é o amor que se deveria pintar de olhos vendados, mas sim o amor-próprio.
O amor não mata a morte, a morte não mata o amor. No fundo, entendem-se muito bem. Cada um deles explica o outro.
A vida é um calvário. Sobe-se ao amor pela dor, à redenção pelo sofrimento.
Quando o amor nos visita, a amizade despede-se.
Amor e coração nobre são uma única coisa.
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