Frases do Marquês de Maricá

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A verdade é tão simples que não deleita: são os erros e ficções que pela sua variedade nos encantam.

Não emprestes, não disputes, não maldigas, e não terás de te arrepender.

Há verdades que é mais perigoso publicar do que foi difícil descobrir.

O luxo, como o fogo, devora tudo e perece de faminto.

Os mais arrojados em falar são ordinariamente os menos profundos em saber.

Os homens são sempre mais verbosos e fecundos em queixar-se das injúrias do que em agradecer os benefícios.

A sabedoria é geralmente reputada como pobre, porque não se podem ver os seus tesouros.

O homem que despreza a opinião pública é muito tolo ou muito sábio.

A igualdade repugna de tal modo aos homens que o maior empenho de cada um é distinguir-se ou desigualar-se.

Quem não desconfia de si, não merece a confiança dos outros.

Quando a consciência nos acusa, o interesse ordinariamente nos defende.

A ignorância dócil é desculpável, a presumida e refratária é desprezível e intolerável.

Há homens para nada, muitos para pouco, alguns para muito, nenhum para tudo.

A razão destrói nos homens as criações da sua própria imaginação.

O nosso orgulho eleva-nos para que nos precipitemos de mais alto.

É mais fácil cumprir certos deveres, que buscar razões para justificar-nos de o não ter feito.

A imperfeição é a causa necessária da variedade nos indivíduos da mesma espécie. O perfeito é sempre idêntico e não admite diferenças por excesso ou por defeito.

A vida tem uma só entrada: a saída é por cem portas.

Os homens geralmente preferem ser enganados com prazer a ser desenganados com dor e desgosto.

A razão é escrava quando a fé e autoridade são senhoras.