As revoluções, que regeneram as nações velhas, arruinam e fazem degenerar as novas.
Nenhum governo é bom para os homens maus.
Para quem não tem juízo os maiores bens da vida convertem-se em gravíssimos males.
Louvemos a quem nos louva para abonarmos o seu testemunho.
Nunca perdemos de vista o nosso interesse, ainda mesmo quando nos inculcamos desinteressados.
São incalculáveis os benefícios que provêm da noção de incerteza do dia e ano da nossa morte: esta incerteza corresponde a uma espécie de eternidade.
O juízo, por mais vulgar, é menos apreciado que o engenho.
A morte que tira a importância a todos, confere-a a muito poucos.
Onde os homens se persuadem que os governos os devem fazer felizes, e não eles a si próprios, não há governo que os possa contentar nem agradar-lhes.
Os homens em geral ganham muito em não serem perfeitamente conhecidos.
Capitulamos quase sempre com os nossos males, quando os não podemos evitar ou remover.
É tão fácil enganar, quanto é difícil desenganar os homens.
O mundo floresce pela vida, e renova-se pela morte.
Um grande crime glorificado ocasiona e justifica todos os outros crimes e atentados subsequentes.
Pouco espírito inutiliza muito saber.
As verdades mais triviais parecem novas quando se enunciam por um modo mais elegante e desusado.
Somos muitas vezes maldizentes para nos inculcarmos perspicazes.
A beneficência é sempre feliz e oportuna quando a prudência a dirige e recomenda.
Os que mais possuem não são os que melhor digerem.
O tempo pretérito se torna presente pela memória, e o futuro pela nossa imaginação.