Frases do Marquês de Maricá

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A filosofia não entorpece a sensibilidade, quando muito pode chegar a regulá-la.

A harmonia da sociedade, como da natureza, consiste e depende da variedade e antagonismo dos seus elementos e carácteres.

Há muitos homens reputados infelizes na nossa opinião, que todavia são felizes a seu modo, segundo as suas ideias.

Os faladores não nos devem assustar, eles revelam-se: os taciturnos incomodam-nos pelo seu silêncio, e sugerem justas suspeitas de que receiam fazer-se conhecer.

A aura popular é como a fumaça, que desaparece em poucos instantes.

A sabedoria humana, bem ponderada, vale sempre menos do que custa.

Ninguém é grande homem em tudo e em todo o tempo.

Os homens crêem tão pouco na autoridade da própria razão que acabam por justificá-la com a alegação da dos outros.

A morte que desordena muitas coisas, coordena muitas outras.

A incredulidade que é da moda nas pessoas jovens, torna-se o seu tormento na velhice.

A inconstância humana é o produto necessário das variações da natureza, das circunstâncias e dos eventos.

A ignorância, exagerando a nossa pouca ciência, promove a nossa grande vaidade.

Os homens de bem perdem e empobrecem nos mesmos empregos em que os velhacos ganham e se enriquecem.

Os maiores detractores dos governos são aqueles que pretendem governar.

O amor na mocidade é ocupação; na velhice, distração ou alienação.

Os grandes homens em certas relações são pequenos homens em outras.

A velhice reflexiva é um grande armazém de desenganos.

A herança dos sábios tem sempre maior extensão e perpetuidade que a dos ricos: compreende o gênero humano e alcança a mais remota posteridade.

Arguimos a vaidade alheia porque ofende a nossa própria.

As esperanças, quando se frustram, agravam mais os nossos infortúnios.