Frases do Marquês de Maricá

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A vaidade é talvez um grande condimento da felicidade humana.

Os arrufos entre amantes podem ser renovações de amor, mas entre os amigos são deteriorações da amizade.

Como os sábios não adulam os povos, estes também não os promovem.

Sofrei privações na mocidade, e sereis regalados na velhice.

Somos em geral demasiadamente prontos para a censura, e demasiadamente tardos para o louvor: o nosso amor-próprio parece exaltar-se com a censura que fazemos, e humilhar-se com o louvor que damos.

Viver é doce; viver é agro: nesta alternativa se passa a vida.

A vida humana parece de algum modo tríplice, quando reflectimos que vivemos e sentimos em três tempos, no pretérito, presente e no futuro.

A filosofia não entorpece a sensibilidade, quando muito pode chegar a regulá-la.

A harmonia da sociedade, como da natureza, consiste e depende da variedade e antagonismo dos seus elementos e carácteres.

Há muitos homens reputados infelizes na nossa opinião, que todavia são felizes a seu modo, segundo as suas ideias.

Os faladores não nos devem assustar, eles revelam-se: os taciturnos incomodam-nos pelo seu silêncio, e sugerem justas suspeitas de que receiam fazer-se conhecer.

A aura popular é como a fumaça, que desaparece em poucos instantes.

A sabedoria humana, bem ponderada, vale sempre menos do que custa.

Ninguém é grande homem em tudo e em todo o tempo.

Os homens crêem tão pouco na autoridade da própria razão que acabam por justificá-la com a alegação da dos outros.

A morte que desordena muitas coisas, coordena muitas outras.

A incredulidade que é da moda nas pessoas jovens, torna-se o seu tormento na velhice.

A inconstância humana é o produto necessário das variações da natureza, das circunstâncias e dos eventos.

A ignorância, exagerando a nossa pouca ciência, promove a nossa grande vaidade.

Os homens de bem perdem e empobrecem nos mesmos empregos em que os velhacos ganham e se enriquecem.