Os governos tendem à monarquia, como os corpos gravitam para o centro da terra.
Muitos homens são louvados porque são mal conhecidos.
Não se reconhece tanto a ignorância dos homens no que confessam ignorar, como no que blasonam de saber melhor.
Nobre e ilustrada é a ambição que tem por objeto a sabedoria e a virtude.
A ignorância vencível no homem é limitada, a invencível infinita.
Sucede aos homens como às substâncias materiais, as mais leves e menos densas ocupam sempre os lugares superiores.
A sabedoria é sintética; ela expressa-se por máximas, sentenças e aforismos.
Ambos se enganam, o velho quando louva somente o passado, o moço quando só admira o presente.
A preguiça enfada e quebranta mais que o trabalho regular.
O avarento, por um mau cálculo, sofre de presente os males que receia no futuro.
Viver é gozar e sofrer, resistir e batalhar com os homens, as coisas, os eventos e os elementos.
Sem a crença em uma vida futura, a presente seria inexplicável.
É mais seguro escrever do que falar; falando improvisamos, para escrever refletimos.
O mundo intelectual deleita a poucos, o material agrada a todos.
A mocidade é a estação da felicidade sensual, a velhice, a da moral e intelectual.
Os velhos que seguem as modas, presumem rejuvenescer com elas.
Não há inimigo desprezível, nem amigo totalmente inútil.
A força é hostil a si própria, quando a inteligência a não dirige.
A opinião que domina é sempre intolerante, ainda quando se recomenda por muito liberal.
É quando menos se crê em milagres que os povos os exigem dos que governam.