Os homens mais orgulhosos são geralmente os mais irritáveis e vingativos.
É falta de habilidade governar com tirania.
É mais fácil perdoar os danos do nosso interesse que os agravos do nosso amor-próprio.
A obstinação nas disputas é quase sempre efeito do nosso amor-próprio: julgamo-nos humilhados se nos confessamos convencidos.
Podemos reunir todas as virtudes, mas não acumular todos os vícios.
Os bens que a virtude não dá ou não preserva são de pouca duração.
Ninguém quer passar por tolo, antes prefere parecer velhaco.
A morte anula sempre mais planos e projetos do que a vida executa.
Os maus não são exaltados para serem felizes, mas para que caiam de mais alto e sejam esmagados.
O que há de melhor nos grandes empregos é a perspectiva ou a fachada com que tanta gente se embeleza.
Ninguém considera a sua ventura superior ao seu mérito, mas todos se queixam das injustiças dos homens e da fortuna.
Há homens que hoje crêem pouco ou nada, porque já creram muito e demasiado.
Quem não pode ou não sabe acumular, nunca chega a ser sábio nem rico.
A razão dos filósofos é muitas vezes tão extravagante como a imaginação dos poetas.
A riqueza doura a sabedoria e os talentos, mas não os constitui.
Os males da vida são os nossos melhores preceptores, os bens, os nossos maiores aduladores.
Os moços, por falta de experiência, de nada suspeitam, os velhos, por muito experimentados, de tudo desconfiam.
Os homens são geralmente tão avaros do seu dinheiro, como pródigos dos seus conselhos.
Os anarquistas são como os jogadores infelizes ou inábeis, que, baralhando muito as cartas, ou mudando de baralhos, esperam melhorar de fortuna e condição.
Não haveria História mais insípida e insignificante que a dos homens, se todos tivessem juízo.
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