Frases do Marquês de Maricá

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Desprezos há, e de pessoas tais, que honram muito os desprezados.

As crenças religiosas fixam as opiniões dos homens, as teorias filosóficas perturbam-nas e confundem.

A maledicência pode muitas vezes corrigir-nos, a lisonja quase sempre nos corrompe.

Os erros de uns são lições para outros; estes acertam porque aqueles erraram.

A dissimulação algumas vezes denota prudência, mas ordinariamente fraqueza.

A memória dos velhos é menos pronta, porque o seu arquivo é muito extenso.

O homem de palavra é aquele que menos fala.

Há muita gente boa e feliz, porque não tem suficiente liberdade para se fazer má e desgraçada.

Ninguém se conhece tão bem como aquele que mais desconfia de si próprio.

A familiaridade tira o disfarce e descobre os defeitos.

A prudência é uma arma defensiva que supre ou desarma todas as outras.

Quando os tiranos caem, os povos levantam-se.

Há muita gente para quem o receio dos males futuros é mais tormentoso que o sofrimento dos males presentes.

Não há coisa mais fácil que vencer os outros homens, nem mais difícil que vencer-nos a nós mesmos.

A religião amansa os bravos e alenta os fracos.

A experiência que não dói pouco aproveita.

Os abusos, como os dentes, nunca se arrancam sem dores.

Ninguém é mais adulado que os tiranos: o medo faz mais lisonjeiros que o amor.

Ninguém é tão prudente em despender o seu dinheiro, como aquele que melhor conhece as dificuldades de o ganhar honradamente.

O silêncio é o melhor salvo-conduto da mais crassa ignorância como da sabedoria mais profunda.