Frases do Marquês de Maricá

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A maledicência pode muitas vezes corrigir-nos, a lisonja quase sempre nos corrompe.

Os erros de uns são lições para outros; estes acertam porque aqueles erraram.

O homem de palavra é aquele que menos fala.

A memória dos velhos é menos pronta, porque o seu arquivo é muito extenso.

A dissimulação algumas vezes denota prudência, mas ordinariamente fraqueza.

A familiaridade tira o disfarce e descobre os defeitos.

A prudência é uma arma defensiva que supre ou desarma todas as outras.

Há muita gente boa e feliz, porque não tem suficiente liberdade para se fazer má e desgraçada.

Ninguém se conhece tão bem como aquele que mais desconfia de si próprio.

Condenamos por ignorantes as gerações pretéritas, e a mesma sentença nos espera nas gerações futuras.

Nos nossos revezes, queremos antes passar por infelizes, do que por imprudentes, ou inábeis.

O silêncio é o melhor salvo-conduto da mais crassa ignorância como da sabedoria mais profunda.

Há muita gente para quem o receio dos males futuros é mais tormentoso que o sofrimento dos males presentes.

Aprovamos algumas vezes em público por medo, interesse ou civilidade, o que internamente reprovamos por dever, consciência ou razão.

Ordem social é limitação de liberdade; desordem, liberdade ilimitada.

O nosso espírito é essencialmente livre, mas o nosso corpo torna-o frequentes vezes escravo.

A solidão liberta-nos da sujeição das companhias.

Ninguém é tão prudente em despender o seu dinheiro, como aquele que melhor conhece as dificuldades de o ganhar honradamente.

Os abusos, como os dentes, nunca se arrancam sem dores.

Ninguém é mais adulado que os tiranos: o medo faz mais lisonjeiros que o amor.