Frases de Machado de Assis

Cerca de 459 frases de Machado de Assis

Eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881).

A franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia Nacional, 1881.

Tentou refugiar-se no sono. O sono rejeitou-o de si.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

O amor da glória temporal era a perdição das almas, que só devem cobiçar a glória eterna.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Não é em terra que se fazem os marinheiros, mas no oceano, encarando a tempestade.

Machado de Assis
Ressurreição (1872).

Mas não gastes o coração, que há maiores surpresas na vida...

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

Há meses para os infelizes e minutos para os venturosos!

Machado de Assis
ASSIS, M. Contos Sem Data, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1956.

Curiosidade e gratidão; – veja se há duas asas mais próprias para arrojar uma alma no seio de outra alma, – ou de um abismo, que é às vezes a mesma coisa.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

Os corações discretos são raros; a maioria não é de gaviões brancos que, ainda feridos, voam calados, como diz a trova; a maioria é das pegas, que contam tudo ou quase tudo.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

Dê um pouco de poesia à vida, mas não caia no romanesco; o romanesco é pérfido.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

A impunidade é o colchão dos tempos; dormem-se aí sonos deleitosos. Casos há em que se podem roubar milhares de contos de réis... e acordar com eles na mão.

Machado de Assis
Gazeta de Notícias, 17 maio 1896.

O casamento não é uma solução, é um ponto de partida.

Machado de Assis
Helena (1876).

Há no amor um gérmen de ódio que pode vir a desenvolver-se depois.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

Reflete que os movimentos do coração não estão nas mãos da vontade.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

Havia ali a massa de um homem futuro, à espera que os anos, cuja ação é lenta, oportuna e inevitável, lhe dessem flacidez ao caráter e virilidade à razão.

Machado de Assis
Iaiá Garcia

Não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

A emoção era doce e nova, mas a causa dela fugia-me, sem que eu a buscasse, nem suspeitasse.

Machado de Assis
ASSIS, M., Dom Casmurro

Com alguma paciência tudo se alcançará.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

Nesse ramo dos conhecimentos humanos tudo está achado, formulado, rotulado, encaixotado; é só prover os alforjes da memória. (...) Proíbo-te que chegues a outras conclusões que não sejam as já achadas por outros. Foge a tudo que possa cheirar a reflexão, originalidade...

Machado de Assis

Nota: Trechos do conto Teoria do Medalhão.

É certo que receava perder Capitu, se lhe morressem as esperanças todas, mas doía-me vê-la padecer.

Machado de Assis
Dom Casmurro